Fazenda de café e a utilização da mão de obra do imigrante. Foto de Frank & Frances Carpenter, c. 1900. Domínio público, Congresso dos Estados Unidos |
01) Contexto
Durante o Segundo Reinado, a economia brasileira passou por um período de significativa transformação impulsionada pela expansão cafeeira. Diversos fatores contribuíram para esse crescimento, entre eles o desenvolvimento da agricultura, a crise da mão de obra escrava devido à pressão inglesa pelo fim do tráfico negreiro e a lei Eusébio de Queiroz, que proibiu o comércio de escravos no país. O esgotamento do tráfico interno e a inviabilidade do uso da mão de obra do Nordeste também foram determinantes.
Para lidar com a falta de mão de obra, o sistema de parceria foi implementado. João Teixeira Soares Vergueiro, com auxílio do Governo Imperial, trouxe famílias alemãs para trabalhar em sua Fazenda Ibicaba, em Limeira. No entanto, o sistema mostrou-se um fracasso, resultando na Revolta dos Colonos, devido às péssimas condições de trabalho e à mentalidade escravista.
No cenário internacional, as condições europeias também influenciaram esse processo. A crise de 1873 e a Segunda Revolução Industrial impactaram o mercado mundial. Além disso, a Unificação da Itália e da Alemanha possibilitou maior mobilidade e fluxo de imigrantes.
A expansão cafeeira ganhou força com o crescimento do consumo de café na Europa. A produção atingiu índices significativos a partir da segunda metade do século XIX. As plantações de café avançaram na Baixada Fluminense, no Vale do Paraíba e no Sul de Minas. Esse crescimento foi possível graças ao aproveitamento de recursos anteriormente estagnados ou subestimados, como terras, comercio de escravos e escravos. Para o escoamento da produção foram utilizadas a princípio as tropas de mulas e com o passar do tempo e o aumento da importância d café, passou a investir e ferrovias.
A expansão cafeeira rumou em direção ao Oeste Paulista, tornando-se principal região produtora e exportadora. Essa Transformação econômica e financeira impulsionada pelo café foi essencial para a reocupação do país após o período de instabilidades. O Café consolidou-se como um dos principais produtos da economia brasileira e desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento do Brasil durante o Segundo Reinado.
02) Industrialização
Durante o Segundo Reinado, o Brasil passou por um processo de industrialização impulsionada por diversos fatores. A disponibilidade de capitais, provenientes principalmente do lucrativo mercado cafeeiro, proporcionou recursos para investimentos em setores industriais. O aumento do meio circulante e o protecionismo da Tarifa Alves Branco também contribuíram para estimular o setor.
Nesse contexto de crescimento industrial, um nome se destacou: Irineu Evangelista de Sousa, conhecido como Barão de Mauá. Ele se tornou um dos principais empresários do período, investindo em diversos setores, como ferrovias, bancos, navegação a vapor, transporte, comunicação, comércio e melhoramentos urbanos. Seus investimentos desempenharam um papel fundamental na modernização do país e no estímulo ao crescimento industrial.
No entanto, o processo de industrialização não esteve isento de desafios e fracassos. A especulação financeira foi um dos problemas enfrentados, levando a algumas crises econômicas. Além disso, a associação com o capital estrangeiro nem sempre trouxe os resultados esperados, gerando dependência e desequilíbrios na economia.
Apesar dos desafios, a industrialização do Brasil no Segundo Reinado representou um importante avanço para o país. Os investimentos realizados em diversos setores impulsionaram a modernização da infraestrutura e da economia nacional. A industrialização trouxe mudanças significativas para o cenário brasileiro, preparando o terreno para o desenvolvimento industrial que seguiria nas décadas seguintes.
Mapa Conceitual - Expansão Cafeeira e Imigração Europeia
01) Contexto
a. Fatores:
- Expansão cafeeira;
- Desenvolvimento da agricultura;
- Crise da mão de obra escrava com a pressão inglesa pelo fim do tráfico e a lei Eusébio de Queiroz;
- Inviabilidade do uso da mão de obra do Nordeste;
- Esgotamento do tráfico interno;
b. Sistema de parceria:
- Vergueiro, com ajuda do Governo Imperial, trouxe famílias alemãs para sua Fazenda Ibicaba em Limeira;
- Fracasso: Revolta dos Colonos contra:
- Péssimas condições de trabalho;
- Mentalidade escravistas;
c. Condições Europeias:
- Crise de 1873;
- Segunda Revolução Industrial;
- Unificação da Itália e da Alemanha;
d. Expansão cafeeira:
- Crescimento do café na Europa;
- Atinge índices apreciáveis a partir da segunda metade do séc. XIX;
- Inicio das plantações na Baixada Fluminense, avançou para o Vale do Paraíba e Sul de Minas;
- Expansão foi possível graças:
- Aproveitamento de recursos estagnados ou subestimadas: terras, escravos, ropas de mulas, estradas para escoamento da produção;
- Rumou em direção ao Oeste Paulista:
- Tornou-se a principal produtora e exportadora;
- Responsável pela reocupação econômico-financeira do Pais;
02) Industrialização
a. Fatores;
- Disponibilidade de capitais;
- Café;
- Ociosos com a extinção do tráfico escravistas;
- Aumento do meio circulante;
- Protecionismo da Tarifa Alves Branco;
- Estabilidade da Balança Comercial;
b. Destaque:
- Irineu Evangelista de Sousa (Barão de Mauá);
c. Investimento:
- Ferrovias;
- Bancos;
- Navegação a vapor;
- Transporte;
- Comunicação;
- Comércio;
- Melhoramentos Urbanos;
- Industrias;
d. Fracasso:
- Especulação financeira;
- Associação com o capital estrangeiro;
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