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1ª Guerra Mundial - Metodologia Ativa

Assinatura do tratado na Sala dos Espelhos do Palácio de Versalhes

Regras


Funcionamento


Narrador

Rodada 1: Reparações e Restrições Militares Iniciais

  • Introdução do Narrador (Ler em voz alta):
    • "Diplomatas, iniciamos esta Conferência de Paz de Paris com dois dos fardos mais pesados legados pela Grande Guerra: o custo astronômico da destruição e a necessidade premente de garantir que tal catástrofe não se repita. Primeiramente, quem arcará com as indenizações financeiras que nações inteiras clamam? A Alemanha e seus aliados devem pagar por todos os danos, incluindo as pensões dos vitoriosos, ou apenas pelos estragos físicos diretos? E quanto é possível exigir sem destruir economias e semear futuras crises?
    • Paralelamente a esta questão financeira, surge a sombra da capacidade militar dos impérios derrotados. Para garantir uma paz duradoura, que restrições devem ser impostas aos exércitos da Alemanha, da Áustria e da Turquia? Até que ponto devem ser desarmados? Estas são as primeiras e cruciais decisões que definirão o tom desta Conferência e, possivelmente, o futuro da Europa."
  • Questões-Chave para Guiar o Debate:
    1. Qual deve ser a base para calcular as reparações devidas pela Alemanha (e, potencialmente, Áustria e Turquia)?
      • Devem cobrir apenas os danos materiais diretos causados em territórios civis invadidos?
      • Ou devem incluir TODOS os custos da guerra incorridos pelos Aliados, incluindo pensões?
      • O conceito de "culpa de guerra" é fundamental para justificar um montante elevado?
    2. Cláusula de Culpa de Guerra (Artigo 231): A Alemanha (e seus aliados) devem ser formalmente declarados os únicos responsáveis por causar todas as perdas e danos da guerra?
      • Quais as implicações morais e legais desta declaração?
      • É uma condição necessária para as reparações ou uma humilhação que dificultará a paz?
    3. Como as reparações devem ser pagas e qual a capacidade real de pagamento da Alemanha (e dos outros derrotados)?
      • É realista esperar que paguem as somas imaginadas? Quais os riscos de impor uma carga insustentável?
      • Serão pagamentos monetários, em bens, ou uma combinação? Que mecanismos garantirão o cumprimento?
    4. Quais restrições militares iniciais devem ser impostas à Alemanha, Áustria e Turquia para garantir a segurança imediata e futura?
      • Qual deve ser o tamanho máximo de seus exércitos?
      • Que tipos de armamentos (marinha, força aérea, tanques) devem ser proibidos ou severamente limitados?
      • A desmilitarização de certas zonas fronteiriças (como a Renânia) deve ser considerada já nesta fase?
  • Questões de Votação (com Opções):
    • Questão 1.1: Base de Cálculo das Reparações Alemãs:
      • Opção A: Danos Diretos Apenas: A Alemanha paga apenas pelos danos materiais diretos causados em territórios civis invadidos (Bélgica, França), conforme interpretação inicial dos 14 Pontos.
      • Opção B: Custos Totais da Guerra (Incluindo Pensões): A Alemanha é responsável por TODOS os custos incorridos pelos governos Aliados devido à guerra, incluindo gastos militares, empréstimos E pensões para veteranos e viúvas.
      • Opção C: Danos Diretos + Contribuição Simbólica: A Alemanha paga pelos danos diretos e uma quantia adicional fixa (mas não ilimitada) como reconhecimento de sua responsabilidade principal, sem incluir pensões Aliadas.
    • Questão 1.2: Cláusula de Culpa de Guerra (Artigo 231):
      • Opção A: Incluir Artigo 231 Explícito: O Tratado deve conter uma cláusula declarando explicitamente a Alemanha e seus aliados como únicos responsáveis por causar todas as perdas e danos da guerra.
      • Opção B: Culpa Implícita/Sem Cláusula Específica: As reparações são exigidas com base na derrota alemã e nos danos causados, mas sem uma cláusula específica que atribua a culpa moral exclusiva e total à Alemanha.
      • Opção C: Responsabilidade Compartilhada: O Tratado reconhece a complexidade das origens da guerra e atribui responsabilidade a múltiplas partes, focando as reparações apenas nos danos materiais.
    • Questão 1.3: Definição do Montante Final das Reparações e Pagamento:
      • Opção A: Fixar Valor Elevado Imediatamente: Tentar definir agora um valor total extremamente alto para as reparações alemãs, mesmo que a capacidade de pagamento seja duvidosa.
      • Opção B: Criar Comissão de Reparações: Estabelecer uma Comissão Interaliada para estudar a capacidade de pagamento alemã e determinar o montante final e o cronograma de pagamentos posteriormente (Ex: em 1921).
      • Opção C: Valor Moderado e Negociado: Definir agora um valor fixo mais moderado, resultado de negociação (mesmo que limitada) e baseado em estimativas econômicas mais realistas.
    • Questão 1.4: Restrições Militares Gerais aos Países Derrotados (Alemanha, Áustria, Turquia):
      • Opção A: Desarmamento Severo e Abrangente: Impor limites drásticos no tamanho dos exércitos (Ex: Alemanha < 100.000; Áustria < 30.000; Turquia < 50.000), proibição total de força aérea, marinha de guerra significativa (submarinos, grandes navios) e tanques. Desmilitarização de zonas fronteiriças chave (como a Renânia). (Reflete a tendência geral e a dureza imposta à Alemanha).
      • Opção B: Desarmamento Moderado para Autodefesa e Ordem Interna: Permitir exércitos maiores, suficientes para manter a ordem interna e uma capacidade defensiva mínima, com algumas limitações em armas ofensivas, mas sem desmilitarização total de zonas críticas. (Reflete uma posição mais branda, que os derrotados defenderiam).
      • Opção C: Desarmamento Condicional e Recíproco (Ideal Wilsoniano): Os países derrotados reduzem seus armamentos significativamente, mas com o compromisso claro dos Aliados de também iniciarem um processo de desarmamento geral supervisionado pela futura Liga das Nações. (Reflete o ideal do Ponto 4 de Wilson, mas pouco aplicado na prática aos vencedores).
  • Ações do Narrador (Rodada 1):
    1. Ler a Introdução.
    2. Anunciar as Questões-Chave da rodada.
    3. Instruir os grupos a irem para a Página/Seção "Rodada 1: Reparações e Restrições Militares Iniciais" de seus documentos e dar tempo de preparação (5 min).
    4. Ordem de Fala Sugerida (Rodada 1): 1. França, 2. Reino Unido, 3. Alemanha, 4. EUA, 5. Itália, 6. Áustria, 7. Turquia. (Esta ordem coloca as nações com as maiores demandas/impactos sobre reparações e militares falando primeiro).
    5. Gerenciar fases de Argumentação (2 min por país) e Réplica (1 min por país + Objeções).
    6. Gerenciar Bilhetes Diplomáticos (2 min).
    7. APRESENTAR AS OPÇÕES DE VOTAÇÃO para as Questões 1.1, 1.2, 1.3 e 1.4.
    8. Atribuir Voto(s) Bônus: Anunciar qual(is) grupo(s) (máx. 2) se destacou(aram) na argumentação e conceder o Ponto de Influência/Voto Consultivo/Extra (conforme sua regra).
    9. CONDUZIR VOTAÇÕES para cada uma das quatro questões (1.1 a 1.4), uma de cada vez. (Votantes: EUA-2, UK-2, Fra-2, Ita-1 + Bônus).
    10. Anunciar e registrar os resultados das votações no "Rascunho do Tratado".
    11. Atualizar Termômetro de Tensão com base nos debates e resultados.
    12. (No final da rodada) Instruir Imprensa a preparar sua Manchete para o início da Rodada 2.
    13. Sinalizar o fim da rodada e a passagem para a Página/Seção da Rodada 2.

Rodada 2: O Destino dos Impérios (Austro-Húngaro, Otomano e Alemão)

  • Introdução do Narrador (Ler em voz alta):
    • "Diplomatas, após as discussões iniciais sobre os fardos financeiros e as primeiras restrições militares, voltamos nosso olhar para a própria estrutura dos grandes impérios derrotados. O Império Austro-Húngaro, outrora um colosso multiétnico, fragmentou-se em suas partes constituintes. O Império Otomano, enfraquecido e ocupado, enfrenta a perspectiva de um desmembramento ainda maior. E o Império Alemão, embora sua pátria central permaneça, viu seu Kaiser fugir e agora busca uma nova identidade política sob o peso da derrota.
    • Nesta rodada, debateremos o futuro político desses antigos impérios: Que nomes e formas de governo surgirão das suas cinzas? Os povos terão o direito de escolher seu próprio sistema, ou os Aliados, como arquitetos da nova ordem, terão a palavra final? Como as decisões tomadas aqui afetarão a identidade e a estabilidade futura dessas nações?"
  • Questões-Chave para Guiar o Debate:
    1. Império Austro-Húngaro: Com a dissolução do império, qual deve ser o destino político da Áustria "remanescente"?
      • Que nome oficial e forma de governo (República? Monarquia Constitucional limitada?) ela deve adotar?
      • Ela terá permissão para se unir à Alemanha (Anschluss), se assim desejar, ou sua independência deve ser garantida e imposta pelos Aliados?
      • Como as decisões sobre o regime político austríaco impactarão as reivindicações territoriais dos novos estados vizinhos (Tchecoslováquia, Polônia, Iugoslávia, Hungria)?
    2. Império Otomano: Qual será o futuro político da Turquia e o status de seu líder tradicional?
      • A Turquia deve manter o Sultanato e o Califado, ou deve ser incentivada (ou forçada) a adotar uma forma de governo mais secular ou republicana, especialmente considerando o movimento nacionalista de Kemal?
      • Quem representa legitimamente a Turquia nesta conferência: o governo do Sultão em Istambul ocupada, ou as forças emergentes na Anatólia?
      • Como a estrutura política interna da Turquia influenciará sua capacidade de aceitar (ou resistir) aos termos de paz territoriais e militares?
    3. Império Alemão: Com a abdicação do Kaiser, qual forma de governo a Alemanha deve consolidar para ser aceita na nova ordem europeia?
      • A nova República de Weimar é considerada um interlocutor estável e legítimo pelos Aliados?
      • Os Aliados devem impor condições sobre a constituição ou o sistema político alemão para garantir que o militarismo prussiano não ressurja?
      • Há preocupações de que a instabilidade política na Alemanha possa levar a regimes extremistas (bolchevismo ou nacionalismo radical)?
  • Questões de Votação (com Opções):
    • Questão 2.1: Futuro Político da Áustria "Remanescente":
      • Opção A: Independência Garantida e Proibição do Anschluss: A Áustria deve ser estabelecida como uma república independente, com sua soberania garantida pelos Aliados, e qualquer forma de união política ou econômica com a Alemanha (Anschluss) deve ser estritamente proibida no tratado. (Reflete a posição francesa e o resultado histórico).
      • Opção B: Autodeterminação Condicionada pela Liga: Permitir que o povo austríaco decida seu futuro político (incluindo a possibilidade de Anschluss) através de um plebiscito supervisionado pela Liga das Nações, mas apenas após um período de estabilização e com o consentimento do Conselho da Liga. (Opção mais alinhada com o ideal de Wilson, mas com controle Aliado).
      • Opção C: República Imposta com Limitações: Os Aliados definem a Áustria como uma república, mas impõem certas limitações constitucionais para prevenir o ressurgimento de ambições imperiais ou alianças com a Alemanha, sem proibir explicitamente o Anschluss a longo prazo, mas dificultando-o.
    • Questão 2.2: Estrutura Política da Turquia Pós-Guerra:
      • Opção A: Manutenção do Sultanato com Reformas e Tutela Aliada: Permitir a continuação do Sultanato e do Califado em Istambul, mas sob forte supervisão e controle Aliado, com a exigência de reformas modernizadoras e aceitação dos termos territoriais impostos (base do Tratado de Sèvres).
      • Opção B: Apoio a um Governo Nacionalista Secular na Anatólia: Reconhecer (ou pelo menos negociar com) as forças nacionalistas emergentes na Anatólia (lideradas por Kemal) como o interlocutor mais viável para uma Turquia redefinida, incentivando uma transição para um sistema mais secular e republicano, mesmo que isso signifique renegociar termos territoriais mais favoráveis à Turquia. (Antecipa a dinâmica de Lausanne).
      • Opção C: Partição e Mandatos com Vácuo Político Controlado: Proceder com o desmembramento planejado do Império Otomano, deixando o futuro político da Anatólia "remanescente" indefinido ou sob ocupação militar Aliada direta até que uma autoridade local "aceitável" surja, ignorando tanto o Sultão quanto Kemal inicialmente.
    • Questão 2.3: Regime Político da Alemanha Pós-Imperial:
      • Opção A: Reconhecimento da República de Weimar com Condições: Reconhecer formalmente a República de Weimar como o governo legítimo da Alemanha, mas exigir que sua constituição inclua garantias explícitas contra o militarismo e que aceite plenamente a responsabilidade de guerra e os termos do tratado. (Reflete a abordagem Aliada de negociar com Weimar, mas impondo termos).
      • Opção B: Intervenção Aliada para "Democratização Forçada": Considerar a República de Weimar fraca e instável. Exigir que os Aliados supervisionem a redação de uma nova constituição alemã e a formação de um governo "confiável", possivelmente com a ameaça de apoiar movimentos separatistas (Renânia, Baviera) se a Alemanha não se "democratizar" conforme os padrões Aliados. (Posição mais intervencionista e radical, defendida por alguns na França).
      • Opção C: Não Interferência no Regime, Foco no Cumprimento do Tratado: Não se intrometer na forma de governo interna da Alemanha, desde que o governo existente (seja ele qual for, desde que não bolchevique) aceite e cumpra rigorosamente todos os termos militares, territoriais e financeiros do Tratado de Paz. (Posição mais pragmática, focada nos resultados).
  • Ações do Narrador (Rodada 2):
    1. Ler a Introdução.
    2. Pedir e anunciar a Manchete da Imprensa (da Rodada 1) e seu efeito.
    3. Revelar e ler 1-2 Cartas de Evento Surpresa e anunciar seus efeitos (escolher cartas relevantes para a situação política interna dos impérios).
    4. Atualizar Termômetro de Tensão.
    5. Anunciar as Questões-Chave da rodada.
    6. Instruir os grupos a irem para a Página/Seção "Rodada 2: O Destino dos Impérios" de seus documentos e dar tempo de preparação (5 min).
    7. Ordem de Fala Sugerida (Rodada 2): 1. EUA (princípios sobre autodeterminação e democracia), 2. França (preocupações com segurança e regimes vizinhos), 3. Reino Unido (estabilidade e equilíbrio), 4. Áustria (seu próprio futuro), 5. Turquia (dualidade Sultão/Kemal), 6. Alemanha (futuro da República), 7. Itália (interesses nos regimes vizinhos).
    8. Gerenciar fases de Argumentação (2 min por país), Réplica (1 min por país + Objeções).
    9. Gerenciar Bilhetes Diplomáticos (2 min).
    10. APRESENTAR AS OPÇÕES DE VOTAÇÃO para as Questões 2.1, 2.2 e 2.3.
    11. Atribuir Voto(s) Bônus.
    12. CONDUZIR VOTAÇÕES para cada uma das três questões, uma de cada vez. (Votantes: EUA-2, UK-2, Fra-2, Ita-1 + Bônus).
    13. Anunciar e registrar os resultados das votações no "Rascunho do Tratado".
    14. Instruir Imprensa a preparar sua Manchete para o início da Rodada 3.
    15. Sinalizar o fim da rodada e a passagem para a Página/Seção da Rodada 3.

Rodada 3: Questões de Fronteiras e Territórios (Redesenhando o Mapa)

  • Introdução do Narrador (Ler em voz alta):
    • "Diplomatas, após debatermos o futuro político dos impérios e as pesadas contas da guerra, mergulhamos agora na tarefa mais visceral e potencialmente explosiva: o redesenho literal do mapa da Europa e do Oriente Médio. Cada linha que vocês traçarem aqui significará a transferência de terras, recursos e, o mais importante, de povos. Desde as ricas províncias industriais da Alemanha, passando pelas complexas fronteiras da Europa Central nascidas do colapso Austro-Húngaro, até a vasta extensão do Império Otomano, cada decisão territorial carrega o peso da história e o potencial para futuras discórdias. Interesses estratégicos, reivindicações históricas, promessas de guerra e o ainda ecoante princípio da autodeterminação colidirão nesta rodada. Preparem-se, pois aqui se define a geografia do poder no mundo pós-guerra."
  • Ações Iniciais do Narrador (Rodada 3 - ANTES da Preparação Interna):
    1. Ler a Introdução.
    2. Pedir e anunciar a Manchete da Imprensa (da Rodada 2) e seu efeito.
    3. Revelar e ler 1-2 Cartas de Evento Surpresa e anunciar seus efeitos (escolher cartas relevantes para questões territoriais).
    4. Atualizar Termômetro de Tensão.
    5. ANUNCIAR FASE DE ACORDOS SECRETOS (BILHETES DIPLOMÁTICOS):
      • "Atenção, delegações! Antes de iniciarmos a preparação formal para os debates desta rodada sobre Fronteiras e Territórios, teremos uma breve janela para diplomacia reservada. Cada país pode enviar UM Bilhete Diplomático para UM outro país. Neste bilhete, vocês podem propor um acordo de voto para uma das questões que serão debatidas (ex: 'França, apoiaremos sua posição na Renânia se vocês apoiarem nossa reivindicação em Fiume'), oferecer apoio em troca de uma concessão futura, ou fazer qualquer outra proposta estratégica. Vocês têm 3 minutos para redigir e entregar seu bilhete ao Narrador, que o encaminhará. O país receptor pode responder brevemente se desejar, também via Narrador."
      • (Narrador gerencia a troca de bilhetes, garantindo um por país e a discrição).
  • Questões-Chave para Guiar o Debate (APÓS a fase de Acordos Secretos):
    1. Fronteiras do Império Alemão: Quais territórios a Alemanha deve ceder na Europa e qual o status de zonas estratégicas como a Renânia e o Sarre?
      • A Alsácia-Lorena deve retornar incondicionalmente à França?
      • A Bacia do Sarre (rica em carvão) deve ser controlada pela França, administrada pela Liga, ou permanecer alemã? Por quanto tempo?
      • A Renânia deve ser apenas desmilitarizada, ou também ocupada por tropas Aliadas e por quanto tempo? A ideia de um Estado Renano independente ainda é considerada?
      • Como definir as fronteiras orientais da Alemanha (Corredor Polonês, Dantzig, Alta Silésia, Memel)? Plebiscitos são a solução?
    2. Desmembramento do Império Austro-Húngaro e Fronteiras da Europa Central/Bálcãs: Como as novas fronteiras dos estados sucessores (Áustria, Hungria, Tchecoslováquia, Polônia, Iugoslávia) e dos vizinhos vitoriosos (Itália, Romênia) devem ser traçadas?
      • O Pacto de Londres (promessas à Itália) deve ser a base para as reivindicações italianas sobre o Tirol do Sul, Ístria e Dalmácia, ou o princípio de nacionalidade deve prevalecer?
      • Qual o destino de Fiume?
      • As fronteiras da Tchecoslováquia, Polônia e Iugoslávia devem priorizar a viabilidade estratégica/econômica ou a homogeneidade étnica? Como lidar com as significativas minorias alemãs e húngaras nesses novos estados?
    3. Partilha do Império Otomano e o Oriente Médio: Qual será o destino final da Anatólia e dos vastos territórios árabes do Império Otomano?
      • A Grécia deve manter sua ocupação de Esmirna e obter territórios na Trácia?
      • As potências Aliadas (UK, França, Itália) estabelecerão zonas de influência ou ocupação direta na Anatólia?
      • Os territórios árabes (Síria, Líbano, Mesopotâmia/Iraque, Palestina) se tornarão Mandatos da Liga? Quem os administrará e com que justificativa (petróleo, estratégia, tutela)?
      • É viável ou desejável criar Estados independentes para Armênios e Curdos, e onde seriam suas fronteiras?
  • Questões de Votação (com Opções):
    • Questão 3.1: Status da Renânia e do Sarre (Alemanha):
      • Opção A: Renânia ocupada por Aliados (15 anos) e permanentemente desmilitarizada; Sarre administrado pela Liga com minas para França (15 anos), seguido de plebiscito. (Reflete o acordo histórico combinado).
      • Opção B: Renânia apenas permanentemente desmilitarizada (sem ocupação de longo prazo); Sarre permanece alemão com entregas obrigatórias de carvão à França. (Opção mais branda para Alemanha).
      • Opção C: Criação de um Estado Renano independente e neutro; Sarre anexado diretamente pela França por 15 anos como compensação. (Opção mais dura, visão inicial francesa).
    • Questão 3.2: Fronteiras Orientais da Alemanha (Corredor Polonês, Dantzig, Alta Silésia):
      • Opção A: Corredor Polonês criado, Dantzig como Cidade Livre (Liga), Alta Silésia dividida após plebiscito supervisionado. (Reflete a complexa solução histórica).
      • Opção B: Polônia recebe acesso ao mar via direitos de trânsito por território alemão, Dantzig permanece alemã; Alta Silésia permanece majoritariamente alemã com garantias para a Polônia. (Opção mais favorável à Alemanha).
      • Opção C: Polônia recebe um Corredor largo, Dantzig é anexada pela Polônia, e a maior parte da Alta Silésia é cedida diretamente à Polônia. (Opção mais favorável à Polônia/França).
    • Questão 3.3: Reivindicações Italianas (Ex-Áustria-Hungria - Tirol do Sul, Ístria, Fiume):
      • Opção A: Itália anexa Trentino, Tirol do Sul (até o Brennero) e Ístria; Fiume torna-se uma Cidade Livre internacional. (Reflete parcialmente o Pacto de Londres e a disputa por Fiume).
      • Opção B: Itália anexa Trentino e partes da Ístria com população italiana; Tirol do Sul e Fiume são sujeitos a plebiscitos ou permanecem com Áustria/Iugoslávia. (Opção mais alinhada com Wilson).
      • Opção C: Itália anexa TUDO reivindicado (Trentino, Tirol do Sul, Ístria, Fiume e partes da Dalmácia), cumprindo integralmente o Pacto de Londres e as ambições nacionalistas. (Posição italiana máxima).
    • Questão 3.4: Divisão dos Territórios Árabes do Império Otomano:
      • Opção A: Sistema de Mandatos (UK/França): Síria e Líbano sob Mandato Francês; Mesopotâmia (Iraque), Palestina e Transjordânia sob Mandato Britânico, conforme acordos como Sykes-Picot. (Reflete a solução histórica).
      • Opção B: Mandatos com Foco na Autonomia Árabe: Estabelecer Mandatos, mas com compromissos claros e prazos para a independência dos estados árabes, e maior participação árabe em suas administrações.
      • Opção C: Criação de Reinos Árabes Independentes: Apoiar a formação imediata de reinos ou estados árabes amplamente independentes (conforme promessas feitas a líderes árabes durante a guerra), com mínima supervisão Aliada.
    • Questão 3.5: Destino da Anatólia e Esmirna (Turquia):
      • Opção A: Partilha Limitada (Sèvres Modificado): Grécia mantém Esmirna e parte da Trácia; França e Itália obtêm zonas de influência econômica na Anatólia; um Estado Armênio limitado é criado; Istambul e Estreitos internacionalizados. (Visão próxima a Sèvres, mas talvez ligeiramente menos dura).
      • Opção B: Integridade da Anatólia Turca (Visão Kemal): Rejeitar ocupação grega de Esmirna e zonas de influência Aliadas na Anatólia; Turquia mantém soberania total sobre a Anatólia e Trácia Oriental (Istambul); questão armênia/curda a ser resolvida internamente pela Turquia. (Antecipa Lausanne).
      • Opção C: Ocupação e Partição Extensiva: Ocupação Aliada de Istambul e dos Estreitos; Grécia anexa Esmirna e Trácia; grandes zonas da Anatólia sob controle direto ou mandato de UK, França e Itália; criação de uma Grande Armênia e um Curdistão. (Visão mais radical de desmembramento).
  • Ações do Narrador (Rodada 3 - APÓS a fase de Acordos Secretos):
    1. Anunciar as Questões-Chave da rodada.
    2. Instruir os grupos a irem para a Página/Seção "Rodada 3: Questões de Fronteiras e Territórios" de seus documentos e dar tempo de preparação (5 min).
    3. Ordem de Fala Sugerida (Rodada 3): 1. França, 2. Alemanha, 3. Itália, 4. EUA, 5. Reino Unido, 6. Áustria, 7. Turquia.
    4. Gerenciar fases de Argumentação (2 min por país), Réplica (1 min por país + Objeções).
    5. APRESENTAR AS OPÇÕES DE VOTAÇÃO para as Questões 3.1, 3.2, 3.3, 3.4 e 3.5.
    6. Atribuir Voto(s) Bônus.
    7. CONDUZIR VOTAÇÕES para cada uma das cinco questões, uma de cada vez. (Votantes: EUA-2, UK-2, Fra-2, Ita-1 + Bônus).
    8. Anunciar e registrar os resultados das votações no "Rascunho do Tratado". (Marcar no Mapa!).
    9. Atualizar Termômetro de Tensão.
    10. Instruir Imprensa a preparar sua Manchete para o início da Rodada 4.
    11. Sinalizar o fim da rodada e a passagem para a Página/Seção da Rodada 4.

Rodada 4: Autodeterminação dos Povos (Ideal vs. Realidade)

  • Introdução do Narrador (Ler em voz alta):
    • "Diplomatas, adentramos agora um dos terrenos mais idealistas e, ao mesmo tempo, mais traiçoeiros desta Conferência: o princípio da autodeterminação dos povos. Proclamado com fervor pelo Presidente Wilson, ele acendeu a esperança de milhões, prometendo um mundo onde as nações escolheriam seu próprio destino. Mas o que significa 'autodeterminação' na prática brutal da geopolítica? Os plebiscitos, votações populares, são realmente um termômetro justo da vontade de um povo, ou podem ser manipulados? Este nobre princípio deve ser aplicado universalmente, estendendo-se aos povos dos impérios derrotados e até mesmo às vastas populações coloniais que anseiam por liberdade? E o que acontece quando a autodeterminação colide com promessas de guerra feitas em segredo, ou com os frios cálculos estratégicos das Grandes Potências? Nesta rodada, confrontaremos a lacuna muitas vezes dolorosa entre o ideal proclamado e a realidade imposta."
  • Ações Iniciais do Narrador (Rodada 4 - ANTES da Preparação Interna):
    1. Ler a Introdução.
    2. Pedir e anunciar a Manchete da Imprensa (da Rodada 3) e seu efeito.
    3. Revelar e ler 1-2 Cartas de Evento Surpresa e anunciar seus efeitos (escolher cartas relevantes para questões de nacionalidade, minorias, colônias).
    4. Atualizar Termômetro de Tensão.
    5. ANUNCIAR FASE DE ACORDOS SECRETOS (BILHETES DIPLOMÁTICOS):
      • "Atenção, delegações! Antes da preparação formal para os debates sobre Autodeterminação, teremos novamente uma janela para diplomacia reservada. Cada país pode enviar UM Bilhete Diplomático para UM outro país. Usem este tempo para tentar influenciar posições sobre plebiscitos, o tratamento de minorias, ou o status de territórios específicos. Vocês têm 3 minutos para redigir e entregar seu bilhete ao Narrador."
      • (Narrador gerencia a troca de bilhetes).
  • Questões-Chave para Guiar o Debate (APÓS a fase de Acordos Secretos):
    1. Plebiscitos são justos e eficazes para determinar a soberania em territórios etnicamente mistos ou disputados?
      • Como garantir a imparcialidade de um plebiscito? Quem deve supervisioná-lo?
      • Os resultados devem ser estritamente vinculantes, mesmo que criem fronteiras economicamente inviáveis, dividam comunidades ou gerem novas minorias significativas?
      • Há casos em que considerações históricas ou estratégicas devem se sobrepor ao resultado de um plebiscito (Ex: Sarre, Alta Silésia, Schleswig, Caríntia)?
    2. O princípio da autodeterminação deve ser aplicado universalmente, inclusive aos povos das nações derrotadas e às suas minorias étnicas?
      • Se sim, como justificar a proibição do Anschluss (união Áustria-Alemanha) se ambos os povos o desejarem?
      • Como lidar com as populações alemãs que ficarão sob domínio polonês (Corredor, Alta Silésia) ou tcheco (Sudetos), ou as populações húngaras na Romênia/Tchecoslováquia? Eles têm direito à autodeterminação?
      • A "culpa de guerra" de uma nação anula o direito de seu povo à autodeterminação em questões territoriais?
    3. Como resolver conflitos entre o princípio da autodeterminação e promessas de guerra secretas (como o Pacto de Londres) ou interesses estratégicos/econômicos das Grandes Potências?
      • Qual princípio deve ter precedência: a vontade (declarada ou suposta) dos habitantes de uma região ou os compromissos assumidos entre os Aliados para vencer a guerra (Ex: Tirol do Sul, Ístria, Dalmácia para a Itália)?
      • O desejo de controlar recursos estratégicos ou portos importantes (Fiume) pode justificar a anulação da autodeterminação?
    4. Qual deve ser o status dos povos sob domínio colonial das nações derrotadas (ex-colônias alemãs) e, por extensão, das próprias potências vencedoras?
      • O sistema de Mandatos da Liga das Nações é uma aplicação genuína da autodeterminação progressiva ou uma forma de neocolonialismo?
      • Os povos da África, Ásia e Oriente Médio têm o mesmo direito à autodeterminação que os europeus? Se sim, quando e como esse direito será realizado?
      • As potências vencedoras estão dispostas a discutir a autodeterminação em seus próprios impérios coloniais (Índia, Egito, Indochina, etc.)?
  • Questões de Votação (com Opções):
    • Questão 4.1: Uso e Vinculação de Plebiscitos em Territórios Disputados (Ex: Alta Silésia, Schleswig, Sarre):
      • Opção A: Plebiscitos como Ferramenta Principal e Vinculante: Realizar plebiscitos supervisionados pela Liga em todas as principais áreas etnicamente mistas reivindicadas. Os resultados devem ser o fator decisivo para a atribuição territorial, mesmo que dividam regiões. (Reflete o ideal Wilsoniano e a prática em alguns casos).
      • Opção B: Plebiscitos Consultivos com Considerações Estratégicas: Realizar plebiscitos, mas seus resultados são considerados importantes, porém não estritamente vinculantes. A decisão final sobre a fronteira também levará em conta a viabilidade econômica, a segurança e os interesses estratégicos dos estados envolvidos (especialmente dos Aliados). (Reflete uma abordagem mais pragmática e o que muitas vezes ocorreu).
      • Opção C: Decisão Direta dos Aliados com Plebiscitos Seletivos: As Grandes Potências Aliadas decidem a maioria das fronteiras com base em seus interesses e acordos, usando plebiscitos apenas em casos específicos onde seja conveniente ou para legitimar uma decisão já tomada. (Reflete uma visão mais cínica, mas com elementos de verdade).
    • Questão 4.2: Aplicação da Autodeterminação aos Povos das Nações Derrotadas (Ex: Anschluss, Sudetos):
      • Opção A: Proibição Seletiva em Nome da Segurança e Equilíbrio: A autodeterminação é negada aos povos derrotados (alemães, austríacos) quando sua aplicação (Ex: Anschluss, manutenção dos Sudetos na Alemanha/Áustria) ameaça a segurança dos vencedores (especialmente França) ou o novo equilíbrio de poder. (Reflete a prática histórica e a primazia da segurança sobre o ideal).
      • Opção B: Autodeterminação Limitada com Garantias para Minorias: Permitir alguma expressão da autodeterminação (talvez plebiscitos em certas áreas), mas com a condição de que os direitos das minorias étnicas que permanecerem em outros estados sejam fortemente protegidos pela Liga das Nações.
      • Opção C: Plena Autodeterminação para Todos os Europeus: Insistir que o princípio de autodeterminação seja aplicado consistentemente a todos os povos europeus, incluindo alemães e austríacos, permitindo o Anschluss e plebiscitos nos Sudetos, mesmo que isso altere significativamente o mapa e o poder. (Posição idealista alemã/austríaca).
    • Questão 4.3: Resolução de Conflitos entre Autodeterminação e Acordos/Estratégia (Ex: Pacto de Londres, Fiume):
      • Opção A: Supremacia dos Acordos de Guerra e Interesses Estratégicos: Tratados e promessas feitos durante a guerra (como o Pacto de Londres) e os interesses estratégicos vitais das potências vencedoras (controle de portos, fronteiras seguras) devem ter precedência sobre o princípio de autodeterminação em caso de conflito direto. (Reflete a posição italiana e, em parte, a prática Aliada).
      • Opção B: Renegociação à Luz dos Novos Princípios: Acordos secretos prévios devem ser revistos e, se necessário, modificados para se alinharem melhor com os princípios de autodeterminação e justiça, buscando um compromisso entre as promessas e a vontade popular. (Posição de compromisso, talvez defendida por UK/EUA em alguns casos).
      • Opção C: Primazia Absoluta da Autodeterminação: O princípio da autodeterminação, expressa pela vontade dos habitantes, deve anular quaisquer acordos secretos ou considerações estratégicas que o contradigam. (Posição Wilsoniana mais radical).
    • Questão 4.4: Futuro das Ex-Colônias Alemãs e o Princípio da Autodeterminação Colonial:
      • Opção A: Sistema de Mandatos da Liga (Tutela Indefinida): As ex-colônias alemãs (e territórios otomanos não turcos) serão administradas como Mandatos pelas potências vencedoras sob supervisão teórica da Liga, sem um cronograma definido para a independência, com foco nos "interesses dos habitantes" e na "porta aberta" comercial. (Reflete a solução histórica de Versalhes).
      • Opção B: Mandatos com Compromisso de Independência Progressiva: O sistema de Mandatos é adotado, mas com um compromisso claro da Liga e das potências mandatárias de guiar esses territórios rumo à autonomia e eventual independência em prazos razoáveis, com metas de desenvolvimento. (Reflete uma visão mais progressista dos Mandatos).
      • Opção C: Aplicação Direta da Autodeterminação (Início da Descolonização): O princípio da autodeterminação deve ser estendido aos povos colonizados. As ex-colônias alemãs devem ter a oportunidade (via plebiscitos ou consulta a líderes locais) de escolher seu futuro imediato, seja independência, associação com outra nação, ou um mandato com prazo curto para autogoverno. (Posição mais radical e anti-colonial).
  • Ações do Narrador (Rodada 4):
    1. Ler a Introdução.
    2. Pedir e anunciar a Manchete da Imprensa (da Rodada 3) e seu efeito.
    3. Revelar e ler 1-2 Cartas de Evento Surpresa e anunciar seus efeitos.
    4. Atualizar Termômetro de Tensão.
    5. Anunciar as Questões-Chave da rodada.
    6. Instruir os grupos a irem para a Página/Seção "Rodada 4: Autodeterminação dos Povos" de seus documentos e dar tempo de preparação (5 min).
    7. Ordem de Fala Sugerida (Rodada 4): 1. EUA (defensor do princípio), 2. Alemanha (principal crítico da aplicação seletiva), 3. Áustria (caso emblemático de autodeterminação negada), 4. Itália (uso seletivo do princípio), 5. França (justificativa da aplicação seletiva), 6. Reino Unido (pragmatismo e império), 7. Turquia (autodeterminação para turcos, negação para outros).
    8. Gerenciar fases de Argumentação (2 min por país), Réplica (1 min por país + Objeções).
    9. Gerenciar Bilhetes Diplomáticos (2 min, se mantiver a etapa após os acordos secretos iniciais, ou pode ser suprimida nesta rodada se os acordos iniciais já focaram nisso).
    10. APRESENTAR AS OPÇÕES DE VOTAÇÃO para as Questões 4.1, 4.2, 4.3 e 4.4.
    11. Atribuir Voto(s) Bônus.
    12. CONDUZIR VOTAÇÕES para cada uma das quatro questões, uma de cada vez. (Votantes: EUA-2, UK-2, Fra-2, Ita-1 + Bônus).
    13. Anunciar e registrar os resultados das votações no "Rascunho do Tratado".
    14. Instruir Imprensa a preparar sua Manchete para o início da Rodada 5.
    15. Sinalizar o fim da rodada e a passagem para a Página/Seção da Rodada 5.

Rodada 5: Criação da Liga das Nações (Esperança ou Ilusão?)

  • Introdução do Narrador (Ler em voz alta):
    • "Diplomatas, chegamos a um dos pilares centrais da visão para um novo mundo pós-guerra: a criação da Liga das Nações. Concebida como um fórum permanente para a diplomacia, a prevenção de conflitos e a cooperação internacional, a Liga representa a esperança de que a carnificina que acabamos de testemunhar nunca mais se repita. No entanto, sua forma, seus poderes e quem dela fará parte são questões de intenso debate.
    • Será a Liga um parlamento mundial com poder real para impor a paz, ou um clube de nações com autoridade meramente consultiva? Como suas decisões serão tomadas? Terá ela a força militar para respaldar suas resoluções? E, crucialmente, quem será convidado a se sentar à esta mesa global: todas as nações, apenas os vitoriosos, ou um grupo seleto com condições estritas para os derrotados? O futuro da paz mundial pode depender das respostas que dermos a estas perguntas."
  • Ações Iniciais do Narrador (Rodada 5 - ANTES da Preparação Interna):
    1. Ler a Introdução.
    2. Pedir e anunciar a Manchete da Imprensa (da Rodada 4) e seu efeito.
    3. Revelar e ler 1-2 Cartas de Evento Surpresa e anunciar seus efeitos (escolher cartas relevantes para a Liga, soberania, cooperação internacional).
    4. Atualizar Termômetro de Tensão.
    5. ANUNCIAR FASE DE ACORDOS SECRETOS (BILHETES DIPLOMÁTICOS):
      • "Antes do debate formal sobre a Liga, haverá 3 minutos para Diplomacia Secreta. Cada país pode enviar UM Bilhete Diplomático para UM outro país. Usem este tempo para buscar apoio para suas visões sobre a estrutura e os poderes da Liga, ou para formar blocos de interesse."
      • (Narrador gerencia a troca de bilhetes).
  • Questões-Chave para Guiar o Debate (APÓS a fase de Acordos Secretos):
    1. Qual deve ser a estrutura de poder e o processo decisório da Liga das Nações?
      • A autoridade principal residirá em uma Assembleia Geral (onde todas as nações membros têm voto igual) ou em um Conselho Executivo menor (dominado pelas Grandes Potências)?
      • As decisões importantes (ex: sobre sanções, admissão de novos membros) devem ser tomadas por unanimidade ou por maioria qualificada?
      • Os votos de todas as nações terão o mesmo peso, ou as Grandes Potências terão algum tipo de veto ou voto ponderado no Conselho?
    2. A Liga das Nações deve possuir sua própria força militar para impor a paz e suas resoluções?
      • A Liga deve ser puramente um órgão diplomático e de arbitragem, dependendo da boa vontade dos membros para aplicar sanções?
      • Ou deve ter uma força militar permanente sob seu comando direto para intervir contra agressores?
      • Uma terceira via seria os Estados membros colocarem contingentes de suas forças nacionais à disposição da Liga em caso de crise?
    3. Quem poderá (ou deverá) fazer parte da Liga das Nações e em que condições?
      • A adesão deve ser aberta a todas as nações soberanas que desejarem participar?
      • A participação deve ser restrita inicialmente aos países Aliados e Associados, com os países neutros convidados e os países derrotados excluídos até que provem seu "bom comportamento"?
      • A adesão à Liga deve ser uma condição obrigatória para os países derrotados como parte dos tratados de paz, como forma de mantê-los sob controle e integrados à nova ordem?
  • Questões de Votação (com Opções):
    • Questão 5.1: Estrutura de Poder e Votação na Liga das Nações:
      • Opção A: Assembleia Soberana com Voto Igual e Maioria Qualificada: A Assembleia Geral, onde cada nação membro tem um voto de igual peso, é o órgão supremo. Decisões importantes são tomadas por uma maioria qualificada (ex: 2/3 dos votos). O Conselho Executivo tem funções administrativas e de recomendação. (Reflete uma visão mais democrática e idealista).
      • Opção B: Conselho Executivo Dominante com Veto das Grandes Potências e Unanimidade: O Conselho Executivo (com membros permanentes sendo as Grandes Potências Aliadas) detém o poder real de decisão. Questões substantivas no Conselho exigem voto unânime dos seus membros, efetivamente dando poder de veto às Grandes Potências. A Assembleia tem papel mais consultivo. (Reflete mais a realidade da Liga histórica, com o poder concentrado no Conselho e a regra da unanimidade que muitas vezes paralisava as ações).
      • Opção C: Sistema Híbrido com Poderes Compartilhados: O Conselho Executivo lida com crises de segurança e paz (talvez com alguma forma de voto ponderado ou veto limitado para Grandes Potências), enquanto a Assembleia Geral (voto igual, maioria simples/qualificada) lida com questões gerais de cooperação, admissão de membros e orçamento. (Busca um compromisso).
    • Questão 5.2: Forças Militares da Liga das Nações:
      • Opção A: Sem Força Militar Própria (Foco em Sanções e Diplomacia): A Liga não terá exército próprio. Sua força residirá na pressão moral, sanções econômicas e na cooperação voluntária dos Estados membros para ações militares seletivas, se aprovadas. (Reflete o acordo final Anglo-Americano que moldou a Liga histórica).
      • Opção B: Força Militar Permanente da Liga: Criar um Estado-Maior internacional e uma força militar permanente, recrutada e financiada pelos Estados membros, sob comando direto da Liga, para intervir rapidamente em conflitos e impor suas decisões. (Posição Francesa original, buscando uma Liga com "dentes").
      • Opção C: Forças Nacionais à Disposição da Liga: Os Estados membros se comprometem a designar e treinar contingentes específicos de suas forças armadas nacionais que poderiam ser rapidamente mobilizados e colocados sob um comando unificado da Liga em caso de crise aprovada pelo Conselho/Assembleia. (Um meio-termo).
    • Questão 5.3: Critérios de Adesão à Liga das Nações:
      • Opção A: Adesão Inicial dos Vencedores e Neutros Convidados; Derrotados em Período Probatório: A Liga é fundada pelos Países Aliados e Associados. Nações neutras respeitadas são convidadas a aderir. As nações derrotadas (Alemanha, Áustria, etc.) só poderão solicitar adesão após um período probatório, demonstrando cumprimento do tratado e "bom comportamento" democrático. (Reflete a prática histórica inicial).
      • Opção B: Adesão Universal e Voluntária (Ideal Wilsoniano): A Liga deve ser aberta a todas as nações soberanas e autogovernadas que se comprometam com seus princípios, incluindo as nações derrotadas (após assinarem a paz) e a Rússia (quando tiver um governo estável reconhecido), visando a máxima universalidade desde o início.
      • Opção C: Adesão Seletiva com Condições Rigorosas e Obrigação para Derrotados: Apenas nações "amantes da paz" e com governos "estáveis e democráticos" (a serem julgados pelos fundadores) podem aderir. Para os países derrotados, a adesão (ou a aceitação dos princípios da Liga) pode ser uma condição imposta nos tratados de paz como forma de integrá-los e controlá-los.
  • Ações do Narrador (Rodada 5):
    1. Ler a Introdução.
    2. Pedir e anunciar a Manchete da Imprensa (da Rodada 4) e seu efeito.
    3. Revelar e ler 1-2 Cartas de Evento Surpresa e anunciar seus efeitos.
    4. Atualizar Termômetro de Tensão.
    5. Anunciar as Questões-Chave da rodada.
    6. Instruir os grupos a irem para a Página/Seção "Rodada 5: Criação da Liga das Nações" de seus documentos e dar tempo de preparação (5 min).
    7. Ordem de Fala Sugerida (Rodada 5): 1. EUA (principal proponente), 2. França (visão de segurança), 3. Reino Unido (pragmatismo e soberania), 4. Alemanha (perspectiva do derrotado), 5. Itália (foco no status), 6. Áustria (esperança de proteção), 7. Turquia (ceticismo ou desinteresse).
    8. Gerenciar fases de Argumentação (2 min por país), Réplica (1 min por país + Objeções).
    9. Gerenciar Bilhetes Diplomáticos (2 min, se mantiver).
    10. APRESENTAR AS OPÇÕES DE VOTAÇÃO para as Questões 5.1, 5.2 e 5.3 (anteriormente numeradas como 6.1, 6.2, 6.3).
    11. Atribuir Voto(s) Bônus.
    12. CONDUZIR VOTAÇÕES para cada uma das três questões, uma de cada vez. (Votantes: EUA-2, UK-2, Fra-2, Ita-1 + Bônus).
    13. Anunciar e registrar os resultados das votações no "Rascunho do Tratado".
    14. Instruir Imprensa a preparar sua Manchete para o Ato Final.
    15. Sinalizar o fim da rodada e a passagem para o Ato Final.

França

Seu Papel Geral na Conferência: Você representa a França, uma nação que sofreu perdas humanas e destruição material imensas na Primeira Guerra Mundial, principalmente em seu próprio território. Seu líder, Georges Clemenceau ("O Tigre"), está determinado a garantir que a Alemanha NUNCA MAIS possa ameaçar a França e que pague integralmente pela devastação causada. A segurança e a reconstrução são suas prioridades absolutas.

Personagens:

  • Georges Clemenceau (Porta-voz) – "O Tigre", exige punição severa.
  • Ferdinand Foch (Estrategista Militar) – "A Alemanha deve ser incapaz de guerrear por 50 anos!".
  • Raymond Poincaré (Estrategista Econômico) – Calcula reparações para cobrir reconstrução.
  • André Tardieu (Política Externa) – Articula apoio dos EUA.

FRANÇA

  • Grande Sucesso (Ex: 170-200 pts): "Segurança Eterna e Justiça Plena!"
    • Interpretação: A França conseguiu quase tudo que queria: Alemanha severamente punida nas reparações, militarmente neutralizada, Renânia segura, Sarre produtivo, Alsácia-Lorena de volta, aliados fortes no Leste. A segurança francesa parece garantida para as próximas gerações. Clemenceau é um herói nacional.
  • Sucesso Significativo (Ex: 130-169 pts): "Paz Vitoriosa, Mas Vigilância Necessária."
    • Interpretação: A França alcançou muitos de seus objetivos chave (reparações substanciais, Alsácia-Lorena, enfraquecimento alemão), mas talvez teve que ceder em alguns pontos (extensão da ocupação da Renânia, poder da Polônia). A segurança foi aumentada, mas a Alemanha ainda inspira cautela.
  • Resultado Misto/Compromisso (Ex: 90-129 pts): "Uma Paz Agridoce."
    • Interpretação: A França obteve ganhos importantes (Alsácia-Lorena, algumas reparações), mas teve que fazer concessões significativas em segurança ou no tratamento da Alemanha. Há um sentimento de que a paz poderia ter sido mais dura e segura.
  • Decepção/Fracasso Parcial (Ex: 50-89 pts): "Segurança Ameaçada, Futuro Incerto."
    • Interpretação: A França não conseguiu as garantias de segurança essenciais. A Alemanha pode ter escapado com termos muito brandos nas reparações ou militarmente. O medo de um ressurgimento alemão é palpável.
  • Fracasso Total/Humilhação (Ex: 0-49 pts): "A Tragédia se Repetirá?"
    • Interpretação: Os interesses vitais da França foram ignorados. A Alemanha não foi suficientemente punida ou contida. A França se sente vulnerável e traída pelos Aliados. O sacrifício da guerra parece ter sido em vão.

Rodada 1: Reparações e Restrições Militares Iniciais

  • Seus Argumentos e Contexto Histórico DETALHADOS (França - Rodada 1):
    • Sobre Reparações:
      • "A França foi o principal campo de batalha da Frente Ocidental. Nossas terras mais ricas e industrializadas foram devastadas. Vilarejos inteiros foram apagados do mapa. Minas de carvão inundadas, fábricas destruídas. Milhões de franceses morreram ou foram mutilados para defender a liberdade contra a agressão alemã. A Alemanha INICIOU esta guerra com sua invasão da Bélgica e da França! É uma questão de justiça elementar que a Alemanha, a agressora, pague por CADA centavo da reconstrução e por CADA pensão devida aos nossos heróis e suas famílias. O Artigo 231 (Cláusula de Culpa de Guerra) não é uma mera formalidade, é o reconhecimento da verdade histórica da culpa alemã. Sem isso, como justificar aos nossos cidadãos os sacrifícios que ainda teremos que fazer? A capacidade de pagamento da Alemanha não pode ser nossa principal preocupação; eles devem ser forçados a priorizar suas obrigações para conosco. Se necessário, tomaremos garantias físicas, como o carvão do Sarre ou a ocupação do Ruhr, para assegurar o pagamento."
      • Ponto Histórico Relevante: A França realmente sofreu a maior parte da destruição na Frente Ocidental e tinha uma dívida de guerra enorme. A opinião pública francesa era esmagadoramente a favor de fazer a Alemanha pagar. Clemenceau estava sob intensa pressão interna para obter termos duros.
    • Sobre Restrições Militares:
      • "Duas vezes em menos de 50 anos (1870 e 1914), a Alemanha invadiu a França. Não podemos permitir que isso aconteça uma terceira vez! A segurança da França, e da Europa, exige que a capacidade militar alemã seja permanentemente neutralizada. A Renânia é a porta de entrada para Paris; deve ser uma barreira, não uma plataforma de lançamento para futuras invasões. Um exército alemão de 100.000 homens, sem armas modernas e ofensivas, é o máximo que podemos tolerar. Qualquer coisa a mais é um convite à próxima guerra. Lembrem-se das palavras do Marechal Foch: a Alemanha deve ser incapaz de guerrear por pelo menos 50 anos! As restrições à Áustria e Turquia são igualmente necessárias para a estabilidade regional e para proteger os interesses franceses e de nossos aliados."
      • Ponto Histórico Relevante: O medo francês de uma Alemanha ressurgente era profundo e genuíno. A desmilitarização da Renânia e as limitações ao exército alemão foram exigências centrais da França, vistas como vitais para sua sobrevivência.
  • Mini-Dicionário da Rodada (França - Rodada 1):
    • Reparações: Compensações financeiras ou em bens que um país derrotado é obrigado a pagar aos vencedores para cobrir os danos e custos da guerra.
    • Artigo 231 (Cláusula de Culpa de Guerra): Cláusula do Tratado de Versalhes que formalmente declarava a Alemanha e seus aliados como responsáveis por todas as perdas e danos sofridos pelos Aliados como consequência da guerra "imposta a eles pela agressão da Alemanha e seus aliados".
    • Marco-ouro: Antiga moeda alemã cujo valor era lastreado (garantido) em ouro, considerada mais estável.
    • Vale do Ruhr (ou Bacia do Ruhr): Importante região industrial da Alemanha, rica em carvão e aço.
    • Renânia: Região da Alemanha ao longo do rio Reno, na fronteira com a França, Bélgica e Holanda. Historicamente, uma área de grande importância estratégica e industrial.
    • Estado-Maior: Grupo de oficiais de alta patente responsáveis pelo planejamento e coordenação das operações militares de um exército.
    • Anschluss: Termo alemão para a anexação ou união política, especificamente referindo-se à ideia da união da Áustria com a Alemanha.
  • Questões-Chave para Debate (Comuns a Todos os Países):
    1. Qual deve ser a base para calcular as reparações devidas pela Alemanha (e, potencialmente, Áustria e Turquia)?
      • Devem cobrir apenas os danos materiais diretos causados em territórios civis invadidos?
      • Ou devem incluir TODOS os custos da guerra incorridos pelos Aliados, incluindo pensões?
      • O conceito de "culpa de guerra" é fundamental para justificar um montante elevado?
    2. Cláusula de Culpa de Guerra (Artigo 231): A Alemanha (e seus aliados) devem ser formalmente declarados os únicos responsáveis por causar todas as perdas e danos da guerra?
      • Quais as implicações morais e legais desta declaração?
      • É uma condição necessária para as reparações ou uma humilhação que dificultará a paz?
    3. Como as reparações devem ser pagas e qual a capacidade real de pagamento da Alemanha (e dos outros derrotados)?
      • É realista esperar que paguem as somas imaginadas? Quais os riscos de impor uma carga insustentável?
      • Serão pagamentos monetários, em bens, ou uma combinação? Que mecanismos garantirão o cumprimento?
    4. Quais restrições militares iniciais devem ser impostas à Alemanha, Áustria e Turquia para garantir a segurança imediata e futura?
      • Qual deve ser o tamanho máximo de seus exércitos?
      • Que tipos de armamentos (marinha, força aérea, tanques) devem ser proibidos ou severamente limitados?
      • A desmilitarização de certas zonas fronteiriças (como a Renânia) deve ser considerada já nesta fase?
  • Seus Objetivos DETALHADOS (França - Rodada 1):
    • Sobre Reparações (Questões 1.1, 1.2, 1.3):
      • Primários:
        1. Impor o Artigo 231 (Cláusula de Culpa de Guerra) à Alemanha: Estabelecer formalmente a responsabilidade TOTAL da Alemanha por iniciar a guerra e por todos os danos causados.
        2. Exigir Reparações Financeiras MÁXIMAS da Alemanha: O valor deve cobrir não apenas a reconstrução das cidades e indústrias francesas destruídas, mas também os custos totais da guerra para a França, incluindo as pensões.
        3. Estabelecer Mecanismos de Garantia de Pagamento: Criar uma Comissão de Reparações com poderes para fiscalizar a economia alemã. Manter a ameaça de ocupar territórios industriais alemães (Vale do Ruhr) se houver inadimplência.
      • Secundários:
        1. Garantir que a França receba a maior parcela das reparações.
        2. Exigir parte das reparações em bens estratégicos (carvão, maquinário).
        3. Usar reparações para enfraquecer a economia alemã a longo prazo.
    • Sobre Restrições Militares (Questão 1.4):
      • Primários:
        1. Desmilitarização TOTAL e PERMANENTE da Renânia: Idealmente com ocupação Aliada por pelo menos 15 anos.
        2. Redução Drástica do Exército Alemão: Limite de 100.000 homens, voluntários, sem Estado-Maior.
        3. Proibição Completa de Armas Ofensivas Alemãs: Sem tanques, aviões militares, submarinos, navios de guerra pesados, artilharia de longo alcance.
      • Secundários:
        1. Insistir na entrega/destruição da Marinha Alemã.
        2. Obter controle/supervisão da produção de material bélico alemão permitido.
        3. Aplicar restrições militares severas também à Áustria e Turquia.

Rodada 2: O Destino dos Impérios (Austro-Húngaro, Otomano e Alemão)

  • Seus Argumentos e Contexto Histórico DETALHADOS (França - Rodada 2):
    • Sobre o Império Austro-Húngaro (Futuro da Áustria):
      • "A desintegração da Áustria-Hungria é um fato, mas o futuro da Áustria 'alemã' é de vital importância para a segurança francesa. Qualquer união entre Áustria e Alemanha (Anschluss) é absolutamente inaceitável. Isso criaria uma 'Grande Alemanha' ainda mais poderosa e ameaçadora em nossas fronteiras. A independência da Áustria deve ser garantida e imposta, e ela deve ser uma república estável, mas sem força para se tornar um satélite alemão. Apoiamos o surgimento de estados sucessores fortes como a Tchecoslováquia e a Polônia, que podem atuar como contrapesos."
      • Ponto Histórico Relevante: A França foi a principal opositora do Anschluss, vendo-o como uma ameaça direta à sua segurança e ao equilíbrio de poder.
    • Sobre o Império Otomano (Futuro Político da Turquia):
      • "O Império Otomano provou ser um aliado infiel da Alemanha e uma fonte de instabilidade. Seu desmembramento é necessário. O governo do Sultão em Istambul, sob nossa influência, é o interlocutor que devemos reconhecer para impor os termos de paz. Qualquer movimento nacionalista radical na Anatólia (como o de Kemal) que desafie os acordos e ameace nossos interesses (como na Cilícia, nossa zona de influência) deve ser contido. Uma Turquia enfraquecida e sob tutela Aliada, talvez com o Sultão mantendo uma figura simbólica, é preferível a uma Turquia ressurgente e hostil."
      • Ponto Histórico Relevante: A França tinha interesses coloniais na Síria e Líbano (ex-otomanos) e uma zona de influência na Cilícia. Inicialmente, apoiou o governo do Sultão e Sèvres, mas depois teve que negociar com Kemal.
    • Sobre o Império Alemão (Regime Político Alemão):
      • "A abdicação do Kaiser foi um passo necessário, mas a nova República de Weimar ainda inspira desconfiança. Precisamos de garantias de que a Alemanha será genuinamente democrática e pacífica, e que o militarismo prussiano será erradicado. Os Aliados devem ter o direito de supervisionar essa transição e, se necessário, apoiar movimentos que garantam uma Alemanha descentralizada e menos poderosa (como na Renânia ou Baviera). Não podemos confiar apenas nas boas intenções de um governo alemão enfraquecido; precisamos de salvaguardas concretas em sua estrutura política."
      • Ponto Histórico Relevante: Havia um forte desejo na França de ver a Alemanha não apenas derrotada, mas transformada internamente para não representar mais uma ameaça, incluindo ideias de desmembramento ou federalização forçada.
  • Mini-Dicionário da Rodada (França - Rodada 2):
    • Anschluss: União política da Áustria com a Alemanha.
    • Estado Sucessor: Novo país formado a partir do território de um império dissolvido (Ex: Tchecoslováquia da Áustria-Hungria).
    • Sultanato: Forma de governo monárquico liderada por um Sultão (Império Otomano).
    • Califado: Liderança religiosa do Sultão Otomano sobre o mundo muçulmano sunita.
    • República de Weimar: O governo democrático alemão estabelecido após 1918.
    • Militarismo Prussiano: Tradição militarista e autoritária associada ao antigo Reino da Prússia, dominante no Império Alemão.
    • Federalização: Sistema de governo onde o poder é dividido entre um governo central e governos regionais (estados).
  • Questões-Chave para Debate (Comuns a Todos os Países):
    1. Império Austro-Húngaro: Com a dissolução do império, qual deve ser o destino político da Áustria "remanescente"? (Nome, forma de governo? Anschluss permitido/proibido? Impacto nos vizinhos?)
    2. Império Otomano: Qual será o futuro político da Turquia e o status de seu líder tradicional? (Sultanato/Califado vs. República? Quem representa a Turquia: Sultão ou Kemal? Influência na aceitação dos termos?)
    3. Império Alemão: Com a abdicação do Kaiser, qual forma de governo a Alemanha deve consolidar para ser aceita na nova ordem europeia? (República de Weimar é legítima? Aliados devem impor condições constitucionais? Risco de extremismo?)
  • Seus Objetivos DETALHADOS (França - Rodada 2):
    • Sobre o Império Austro-Húngaro (Questão 2.1 - Futuro da Áustria):
      • Primários:
        1. PROIBIR CATEGORICAMENTE o Anschluss (união da Áustria com a Alemanha) e garantir a independência formal da Áustria como uma república separada.
        2. Assegurar que a Áustria seja militarmente fraca e incapaz de se alinhar com a Alemanha de forma ameaçadora.
        3. Apoiar a consolidação de Estados sucessores fortes e aliados da França (Tchecoslováquia, Polônia, Iugoslávia) nas fronteiras da antiga Áustria-Hungria.
      • Secundários:
        1. Limitar qualquer influência italiana excessiva sobre a Áustria ou nos Bálcãs.
        2. Garantir que a Áustria não se torne um foco de instabilidade ou irredentismo alemão.
    • Sobre o Império Otomano (Questão 2.2 - Futuro Político da Turquia):
      • Primários:
        1. Apoiar a manutenção de um governo turco (idealmente o do Sultão) que seja submisso aos Aliados e aceite os termos de desmembramento do Império (conforme Sèvres).
        2. Conter o movimento nacionalista de Mustafa Kemal, visto como uma ameaça aos interesses Aliados e aos acordos de partilha.
        3. Assegurar o controle francês sobre seus Mandatos designados (Síria, Líbano) e sua zona de influência na Cilícia.
      • Secundários:
        1. Considerar a abolição do Califado se isso enfraquecer a unidade pan-islâmica e a influência turca.
        2. Garantir a internacionalização ou controle Aliado dos Estreitos Turcos.
    • Sobre o Império Alemão (Questão 2.3 - Regime Político Alemão):
      • Primários:
        1. Exigir que a Alemanha adote e mantenha uma estrutura política republicana e democrática estável, mas com garantias constitucionais contra o ressurgimento do militarismo.
        2. Manter a opção de apoiar movimentos separatistas ou federalistas dentro da Alemanha (Renânia, Baviera) para enfraquecer o poder central alemão.
        3. Assegurar que o governo alemão que assinar o tratado tenha legitimidade e capacidade para impor seus termos internamente, mesmo que impopulares.
      • Secundários:
        1. Monitorar de perto e opor-se a qualquer sinal de retorno de figuras ou ideologias do antigo regime imperial alemão.
        2. Usar a instabilidade política alemã como justificativa para manter a pressão e as garantias de segurança

Rodada 3: Questões de Fronteiras e Territórios (Redesenhando o Mapa)

  • Seus Argumentos e Contexto Histórico DETALHADOS (França - Rodada 3):
    • Sobre as Fronteiras do Império Alemão:
      • "A Alsácia-Lorena, arrancada de nós em 1871, deve retornar incondicionalmente à mãe pátria francesa – isso é justiça, não negociação! A Bacia do Sarre, com seu carvão vital, deve ser controlada pela França por no mínimo 15 anos para compensar a destruição deliberada de nossas minas pela Alemanha. A Renânia deve ser, no mínimo, permanentemente desmilitarizada e ocupada por tropas Aliadas para garantir nossa fronteira; idealmente, um Estado Renano independente serviria como uma barreira protetora. No Leste, uma Polônia forte e com acesso seguro ao mar (via Dantzig e um Corredor Polonês substancial) e com a rica Alta Silésia é crucial como aliada contra futuras agressões alemãs e contra a ameaça bolchevique."
      • Ponto Histórico Relevante: A França obteve a Alsácia-Lorena, o controle das minas do Sarre por 15 anos (com administração da Liga), a desmilitarização da Renânia com ocupação, e apoiou fortemente a Polônia.
    • Sobre o Desmembramento do Império Austro-Húngaro:
      • "Apoiamos o surgimento de nações independentes e aliadas como a Tchecoslováquia e o fortalecimento da Romênia e da Iugoslávia, desde que isso contribua para cercar e conter a Alemanha e a Áustria. A proibição do Anschluss é uma necessidade absoluta para a segurança francesa. As reivindicações italianas no Tirol são aceitáveis, mas Fiume é uma questão complexa que não deve desestabilizar os Bálcãs ou fortalecer excessivamente a Itália em detrimento de nossos outros aliados potenciais na região."
      • Ponto Histórico Relevante: A França queria uma "Pequena Entente" de aliados no Leste e se opunha firmemente ao Anschluss.
    • Sobre a Partilha do Império Otomano:
      • "A França tem interesses históricos e culturais significativos no Levante. Nossos Mandatos sobre a Síria e o Líbano devem ser confirmados. Apoiamos uma partilha do Império Otomano que enfraqueça a Turquia, garanta nossos interesses e os de nossos aliados (como a Grã-Bretanha), e talvez crie zonas de influência para potências como a Itália na Anatólia, desde que não conflitem com nossos objetivos primários na região."
      • Ponto Histórico Relevante: A França recebeu os mandatos da Síria e Líbano conforme o Acordo Sykes-Picot e tinha interesses na Cilícia.
  • Mini-Dicionário da Rodada (França - Rodada 3):
    • Alsácia-Lorena: Região historicamente disputada entre França e Alemanha, anexada pela Alemanha em 1871.
    • Bacia do Sarre: Região alemã rica em carvão na fronteira com a França.
    • Renânia: Região alemã ao longo do rio Reno, fronteira com a França.
    • Corredor Polonês: Faixa de terra proposta para dar à Polônia acesso ao Mar Báltico, dividindo a Alemanha.
    • Dantzig (Gdańsk): Importante cidade portuária no Báltico, reivindicada pela Polônia.
    • Alta Silésia: Região industrial rica em carvão, com população mista alemã e polonesa.
    • Anschluss: União política da Áustria com a Alemanha.
    • Tirol do Sul: Região alpina de maioria alemã, reivindicada pela Itália.
    • Fiume (Rijeka): Cidade portuária no Adriático, reivindicada pela Itália e Iugoslávia.
    • Levante: Termo histórico para a região do Mediterrâneo Oriental (Síria, Líbano, Palestina, etc.).
    • Cilícia: Região no sul da Anatólia onde a França tinha interesses.
    • Mandato: Administração de um território ex-inimigo por uma potência vencedora.
  • Questões-Chave para Debate (Comuns a Todos os Países):
    1. Fronteiras do Império Alemão: Quais territórios a Alemanha deve ceder na Europa e qual o status de zonas estratégicas como a Renânia e o Sarre? (Alsácia-Lorena? Sarre? Renânia ocupada/desmilitarizada/independente? Corredor Polonês/Dantzig/Alta Silésia/Memel? Plebiscitos?)
    2. Desmembramento do Império Austro-Húngaro e Fronteiras da Europa Central/Bálcãs: Como as novas fronteiras dos estados sucessores (Áustria, Hungria, Tchecoslováquia, Polônia, Iugoslávia) e dos vizinhos vitoriosos (Itália, Romênia) devem ser traçadas? (Pacto de Londres vs. Nacionalidade? Fiume? Minorias?)
    3. Partilha do Império Otomano e o Oriente Médio: Qual será o destino final da Anatólia e dos vastos territórios árabes do Império Otomano? (Grécia em Esmirna? Zonas de influência na Anatólia? Mandatos árabes? Armênia/Curdistão?)
  • Seus Objetivos DETALHADOS (França - Rodada 3):
    • Sobre as Fronteiras do Império Alemão (Questão 3.1):
      • Primários:
        1. Recuperar a Alsácia-Lorena de forma incondicional e imediata.
        2. Obter o controle econômico total das minas de carvão da Bacia do Sarre por 15 anos, com administração da Liga, seguido de plebiscito (Opção A da votação).
        3. Garantir a desmilitarização permanente da Renânia E sua ocupação por tropas Aliadas por 15 anos (Opção A da votação), ou, idealmente, a criação de um Estado Renano independente (Opção C, se houver apoio).
      • Secundários:
        1. Apoiar a criação de um Corredor Polonês substancial com Dantzig como Cidade Livre (Opção A da votação) ou, preferencialmente, Dantzig diretamente para a Polônia (Opção C).
        2. Apoiar a cessão da maior parte da Alta Silésia à Polônia (Opção B da votação), ou no mínimo garantir um plebiscito favorável.
        3. Apoiar a cessão de Eupen-Malmedy à Bélgica e Memel à Lituânia.
    • Sobre o Desmembramento do Império Austro-Húngaro (Questão 3.2):
      • Primários:
        1. PROIBIR o Anschluss (união Áustria-Alemanha) de forma explícita e definitiva (Opção A da votação sobre Anschluss em rodada anterior, mas reafirmar aqui).
        2. Apoiar a criação de uma Tchecoslováquia grande e estrategicamente viável como aliada, mesmo que inclua minorias alemãs (Sudetos).
        3. Assegurar que as fronteiras da Polônia com os territórios ex-austro-húngaros (Galícia) sejam favoráveis à Polônia.
      • Secundários:
        1. Apoiar as reivindicações territoriais da Romênia (Transilvânia) e da Iugoslávia contra a Hungria e a Áustria, para criar um bloco de aliados.
        2. Mediar as reivindicações italianas (Tirol do Sul, Ístria) de forma a não alienar a Itália, mas sem comprometer a estabilidade dos Bálcãs ou o poder da Iugoslávia como contrapeso.
    • Sobre a Partilha do Império Otomano (Questão 3.3):
      • Primários:
        1. Garantir o estabelecimento dos Mandatos Franceses sobre a Síria e o Líbano, conforme o Acordo Sykes-Picot.
        2. Assegurar uma zona de influência econômica francesa na Cilícia (sul da Anatólia).
        3. Apoiar um enfraquecimento geral da Turquia que impeça seu ressurgimento como ameaça aos interesses franceses ou britânicos no Mediterrâneo Oriental.
      • Secundários:
        1. Apoiar (com menos entusiasmo que o UK) a internacionalização dos Estreitos Turcos.
        2. Considerar o apoio à criação de um Estado Armênio (se viável e não conflitar com outros interesses).
        3. Coordenar com o Reino Unido a partilha do Oriente Médio para evitar conflitos diretos entre os Aliados.


Rodada 4: Autodeterminação dos Povos (Ideal vs. Realidade)

  • Seus Argumentos e Contexto Histórico DETALHADOS (França - Rodada 4):
    • Sobre Plebiscitos (Questão 4.1):
      • "Plebiscitos podem ser uma ferramenta útil, mas apenas quando servem à justiça e à estabilidade. No caso da Alsácia-Lorena, não há necessidade de plebiscito; é território francês roubado que retorna à pátria! No Sarre, um plebiscito após 15 anos sob administração da Liga (e controle econômico francês) é aceitável. Em outras áreas, como a Alta Silésia, um plebiscito deve ser cuidadosamente supervisionado para garantir um resultado favorável à nossa aliada, a Polônia, ou que pelo menos não fortaleça excessivamente a Alemanha. A 'vontade popular' pode ser facilmente manipulada pela propaganda alemã."
      • Ponto Histórico Relevante: A França resistiu a plebiscitos em áreas que considerava inquestionavelmente suas (Alsácia-Lorena) e buscou influenciar os resultados onde eles ocorreram (Sarre, Silésia).
    • Sobre Aplicação Universal aos Derrotados (Questão 4.2):
      • "O princípio da autodeterminação não pode ser uma carta branca para a Alemanha se reagrupar e se fortalecer! Permitir o Anschluss (união Áustria-Alemanha) seria um desastre para a segurança francesa, criando uma superpotência germânica em nossas fronteiras. Da mesma forma, populações alemãs em novos estados como a Tchecoslováquia (Sudetos) ou a Polônia devem aceitar sua nova cidadania; a desintegração desses estados para satisfazer minorias alemãs é inaceitável. A Alemanha perdeu a guerra que ela iniciou; a segurança dos vencedores e a estabilidade da nova ordem têm precedência sobre as aspirações irredentistas alemãs."
      • Ponto Histórico Relevante: A França foi a principal opositora do Anschluss e apoiou a integridade territorial de seus novos aliados no Leste, mesmo que isso significasse minorias alemãs significativas dentro deles.
    • Sobre Conflitos com Acordos/Estratégia (Questão 4.3):
      • "Os acordos feitos entre os Aliados durante a guerra, como o Pacto de Londres com a Itália, ou os arranjos estratégicos necessários para a segurança, como a criação de uma Polônia forte, devem ser respeitados. O ideal da autodeterminação não pode anular compromissos solenes ou necessidades vitais de segurança. Se houver conflito, o realismo e a segurança devem prevalecer. Não podemos permitir que a aplicação dogmática de um princípio leve ao caos ou ao enfraquecimento de nossos aliados."
      • Ponto Histórico Relevante: A França, embora não fosse parte do Pacto de Londres, entendia a lógica da política de poder e das alianças estratégicas.
    • Sobre Colônias (Questão 4.4):
      • "Os mandatos sobre as ex-colônias alemãs e territórios otomanos são uma responsabilidade que as potências civilizadas assumem para guiar esses povos rumo a um futuro melhor, não uma forma de exploração. A França tem uma longa 'missão civilizatória' e administrará seus mandatos (Togo, Camarões, Síria, Líbano) com justiça e visando o progresso. Falar em independência imediata para esses territórios é prematuro e irresponsável. Quanto ao nosso próprio império colonial, isso é um assunto interno francês e não está em discussão aqui."
      • Ponto Histórico Relevante: A França via os mandatos como uma extensão de seu império e de sua "missão civilizatória", sem qualquer intenção real de conceder independência a curto ou médio prazo.
  • Mini-Dicionário da Rodada (França - Rodada 4):
    • Plebiscito: Votação popular direta sobre uma questão política.
    • Alsácia-Lorena: Região reivindicada pela França.
    • Bacia do Sarre: Região alemã rica em carvão.
    • Alta Silésia: Região industrial com população mista alemã/polonesa.
    • Anschluss: União política Áustria-Alemanha.
    • Sudetos (Sudetenland): Regiões de língua alemã na Tchecoslováquia.
    • Irredentismo: Desejo de um país de anexar territórios com base em laços étnicos.
    • Mandato: Administração de um território ex-inimigo por uma potência vencedora.
    • "Missão Civilizatória": Justificativa usada por potências coloniais para dominar outros povos, alegando levar progresso e civilização.
  • Questões-Chave para Debate (Comuns a Todos os Países):
    1. Plebiscitos são justos e eficazes para determinar a soberania em territórios etnicamente mistos ou disputados? (Imparcialidade? Vinculação dos resultados? Sobreposição por história/estratégia?)
    2. O princípio da autodeterminação deve ser aplicado universalmente, inclusive aos povos das nações derrotadas e às suas minorias étnicas? (Anschluss? Sudetos/Tirol? Culpa de guerra anula autodeterminação?)
    3. Como resolver conflitos entre o princípio da autodeterminação e promessas de guerra secretas (Pacto de Londres) ou interesses estratégicos/econômicos das Grandes Potências? (Qual princípio prevalece? Fiume? Corredor Polonês?)
    4. Qual deve ser o status dos povos sob domínio colonial das nações derrotadas (ex-colônias alemãs) e, por extensão, das próprias potências vencedoras? (Mandatos são tutela ou neocolonialismo? Direito igual à autodeterminação?)
  • Seus Objetivos DETALHADOS (França - Rodada 4):
    • Sobre Plebiscitos (Questão 4.1):
      • Primários:
        1. Utilizar plebiscitos seletivamente, apenas onde o resultado for previsivelmente favorável aos interesses franceses ou de seus aliados (Ex: apoiar plebiscito na Alta Silésia se houver chance de ir para a Polônia).
        2. Rejeitar a necessidade de plebiscito na Alsácia-Lorena (retorno incondicional) e argumentar por controle francês direto ou da Liga no Sarre antes de qualquer consulta popular.
        3. Defender que os resultados de plebiscitos podem ser considerados consultivos se ameaçarem a segurança ou a estabilidade (Opção B da votação).
      • Secundários:
        1. Questionar a imparcialidade de plebiscitos em áreas com forte presença alemã.
        2. Priorizar fronteiras estratégicas sobre resultados de plebiscitos se necessário.
    • Sobre Aplicação Universal aos Derrotados (Questão 4.2):
      • Primários:
        1. OPOR-SE VIGOROSAMENTE ao Anschluss Áustria-Alemanha, argumentando que viola a segurança francesa e o equilíbrio europeu (Opção A da votação).
        2. Defender a integridade territorial dos novos estados aliados (Polônia, Tchecoslováquia), mesmo que isso signifique que populações alemãs (Sudetos, Corredor) fiquem sob seu domínio.
        3. Argumentar que a Alemanha, como agressora, perdeu o direito moral de invocar a autodeterminação para expandir seu território ou evitar perdas justas.
      • Secundários:
        1. Limitar qualquer discussão sobre direitos excessivos para minorias alemãs em outros países que possa levar à instabilidade ou irredentismo.
    • Sobre Conflitos com Acordos/Estratégia (Questão 4.3):
      • Primários:
        1. Defender que interesses estratégicos vitais para a segurança da França e de seus aliados devem ter precedência sobre a aplicação literal da autodeterminação em casos específicos.
        2. Apoiar a validade de acordos feitos entre Aliados durante a guerra (como Sykes-Picot, que beneficia a França) mesmo que não totalmente alinhados com a autodeterminação.
        3. Posicionar-se pela Opção A (Supremacia dos Acordos/Estratégia) na votação, ou B como compromisso.
      • Secundários:
        1. Mediar (ou explorar) conflitos entre outros (Itália vs. EUA sobre Fiume) para fortalecer a posição francesa.
    • Sobre Colônias (Questão 4.4):
      • Primários:
        1. Garantir a transferência das ex-colônias alemãs (Togo, Camarões) para a França como Mandatos da Liga das Nações.
        2. Defender o sistema de Mandatos como uma "tutela" responsável e de longo prazo, sem cronograma definido para independência (Opção A da votação).
        3. REJEITAR qualquer discussão sobre autodeterminação para as colônias do próprio Império Francês, tratando-as como assuntos internos.
      • Secundários:
        1. Coordenar com o Reino Unido a partilha dos mandatos para evitar competição excessiva.
        2. Promover a imagem da França como uma potência colonial benevolente e civilizadora.


Rodada 5: Criação da Liga das Nações (Esperança ou Ilusão?)

  • Seus Argumentos e Contexto Histórico DETALHADOS (França - Rodada 5):
    • "A ideia de uma Liga das Nações para prevenir futuras guerras é, em princípio, louvável, especialmente para a França, que tanto sofreu. No entanto, não podemos ser ingênuos. Uma Liga baseada apenas em palavras e boa vontade não deterá um agressor determinado. Para que a Liga seja mais do que um sonho idealista, ela PRECISA ter 'dentes' – ou seja, poder real para impor suas decisões e garantir a segurança coletiva. Isso significa, idealmente, uma força militar internacional sob seu comando, ou no mínimo, mecanismos robustos para sanções e intervenção coordenada. A França vê a Liga como uma ferramenta adicional para sua segurança, mas NUNCA como um substituto para alianças militares fortes e um exército alemão permanentemente enfraquecido. Devemos garantir que a estrutura da Liga, especialmente seu Conselho Executivo, nos dê o poder de veto e a influência necessários para proteger nossos interesses vitais. A Alemanha só deve ser admitida muito mais tarde, quando provar que abandonou completamente suas ambições agressivas."
    • Ponto Histórico Relevante: A França, liderada por figuras como Léon Bourgeois, foi uma das primeiras proponentes de uma organização internacional, mas sua visão incluía mecanismos de segurança muito mais fortes (como um exército internacional) do que a versão final da Liga, que foi largamente moldada pela visão anglo-americana de soberania nacional e repulsa a compromissos militares automáticos.
  • Mini-Dicionário da Rodada (França - Rodada 5):
    • Liga das Nações (Sociedade das Nações): Uma organização internacional proposta após a Primeira Guerra Mundial com os seguintes objetivos principais:
      1. Prevenir futuras guerras: Através da diplomacia, negociação, arbitragem (resolver disputas por um juiz neutro) e mediação (ajudar partes em conflito a encontrar uma solução).
      2. Promover a Segurança Coletiva: A ideia de que um ataque a um membro seria considerado um ataque a todos, e os outros membros agiriam em conjunto para proteger o agredido (Ex: Artigo X do Pacto da Liga).
      3. Supervisionar o Desarmamento: Incentivar a redução dos armamentos nacionais.
      4. Resolver Disputas Internacionais: Oferecer um fórum para que os países discutissem e resolvessem seus problemas pacificamente.
      5. Promover Cooperação: Em áreas como saúde, trabalho, questões sociais e econômicas.
      6. Muitos alunos podem confundir com a ONU. Uma diferença chave é que a Liga não tinha sua própria força militar e dependia da vontade dos seus membros para impor decisões, o que se mostrou uma fraqueza fatal.
    • Pacto da Liga: O documento fundamental que estabelecia a Liga das Nações, seus objetivos, estrutura e regras (era parte do Tratado de Versalhes).
    • Conselho Executivo (da Liga): Órgão menor dentro da Liga, composto pelas Grandes Potências (membros permanentes) e outros membros rotativos, com poder de tomar decisões importantes.
    • Assembleia Geral (da Liga): Órgão onde todos os Estados membros eram representados, geralmente com um voto cada.
    • Sanções: Punições (geralmente econômicas ou diplomáticas) aplicadas a um país que viola as regras da Liga ou ameaça a paz.
    • Soberania Nacional: O princípio de que cada Estado tem autoridade suprema sobre seu próprio território e assuntos, sem interferência externa.
  • Questões-Chave para Debate (Comuns a Todos os Países):
    1. Qual deve ser a estrutura de poder e o processo decisório da Liga das Nações? (Assembleia soberana ou Conselho dominante? Voto igual ou ponderado? Unanimidade ou maioria?)
    2. A Liga das Nações deve possuir sua própria força militar para impor a paz e suas resoluções? (Órgão diplomático apenas? Força militar permanente? Forças nacionais à disposição?)
    3. Quem poderá (ou deverá) fazer parte da Liga das Nações e em que condições? (Adesão universal? Restrita a vencedores/neutros? Condições para derrotados?)
  • Seus Objetivos DETALHADOS (França - Rodada 5):
    • Sobre Estrutura de Poder e Votação (Questão 5.1):
      • Primários:
        1. Garantir que o Conselho Executivo da Liga tenha o poder decisório principal e que a França, como Grande Potência, seja um membro permanente com poder de veto (ou que decisões importantes exijam unanimidade dos membros permanentes) (Opção B da votação).
        2. Resistir a uma Assembleia Geral excessivamente poderosa onde nações menores possam bloquear as ações das Grandes Potências.
      • Secundários:
        1. Assegurar que a sede da Liga seja em Genebra (Suíça), mas com forte influência francesa.
        2. Definir procedimentos que permitam à Liga agir rapidamente em caso de ameaça à segurança francesa.
    • Sobre Forças Militares da Liga (Questão 5.2):
      • Primários:
        1. DEFENDER VIGOROSAMENTE a criação de uma FORÇA MILITAR PERMANENTE da Liga, ou, no mínimo, um sistema robusto onde os Estados membros sejam OBRIGADOS a fornecer contingentes militares significativos sob um comando unificado da Liga (Opção B ou C da votação, com preferência para B).
        2. Argumentar que sem um braço militar, a Liga será ineficaz e incapaz de garantir a segurança coletiva, especialmente contra uma Alemanha ressurgente.
      • Secundários:
        1. Propor a criação de um Estado-Maior internacional permanente para planejar e coordenar as ações militares da Liga.
        2. Insistir em mecanismos de inspeção para verificar o cumprimento do desarmamento (especialmente alemão) pela Liga.
    • Sobre Critérios de Adesão (Questão 5.3):
      • Primários:
        1. Garantir que a Alemanha seja EXCLUÍDA da Liga inicialmente e só possa ser admitida após um longo período probatório e demonstração inequívoca de cumprimento de TODOS os termos do tratado e de abandono de qualquer política agressiva (Opção A da votação).
        2. Apoiar a admissão de aliados da França (Polônia, Tchecoslováquia, etc.) como membros fundadores ou o mais rápido possível.
      • Secundários:
        1. Ser cético quanto à admissão da Rússia Soviética até que seu regime mude.
        2. Usar os critérios de admissão para manter a influência francesa e dos Aliados dentro da Liga.

Reino Unido

Seu Papel Geral na Conferência: Você representa o Reino Unido, uma potência vitoriosa que busca manter o equilíbrio de poder na Europa, proteger e expandir seu vasto Império (especialmente no Oriente Médio), garantir sua supremacia naval e restaurar o vital comércio europeu. Seu líder, David Lloyd George, é um negociador astuto e pragmático, tentando encontrar um meio-termo entre a punição da Alemanha e a necessidade de estabilidade continental para evitar o caos ou o fortalecimento excessivo de outra potência (como a França).

  • David Lloyd George (Porta-voz) – Balança entre vingança e pragmatismo.
  • Winston Churchill (Estrategista Militar) – "Tememos uma Alemanha humilhada se aliando à Rússia soviética!".
  • John Maynard Keynes (Estrategista Econômico) – "Reparações altas levarão ao colapso econômico!".
  • Arthur Balfour (Política Externa) – Foco na Palestina (Declaração Balfour).

Medindo o seu Sucessor

  • Grande Sucesso (Ex: 160-190 pts): "Império Fortalecido, Equilíbrio Mantido!"
    • Interpretação: O UK destruiu a marinha alemã, expandiu o Império com mandatos estratégicos (petróleo!), evitou a hegemonia francesa e uma Alemanha totalmente caótica. O comércio tem boas perspectivas. Lloyd George é celebrado.
  • Sucesso Significativo (Ex: 120-159 pts): "Interesses Britânicos Protegidos, Europa Instável."
    • Interpretação: Ganhos imperiais e navais foram assegurados, mas o equilíbrio na Europa é frágil (talvez a França muito forte, ou a Alemanha muito ressentida/instável). Preocupações com o futuro do comércio.
  • Resultado Misto/Compromisso (Ex: 80-119 pts): "Paz Funcional, Mas Imperfeita."
    • Interpretação: O UK conseguiu alguns objetivos chave, mas teve que ceder em outros (talvez menos mandatos, ou termos para a Alemanha que preocupam Keynes). A posição global britânica está segura, mas não ideal.
  • Decepção/Fracasso Parcial (Ex: 40-79 pts): "Oportunidades Perdidas, Equilíbrio Ameaçado."
    • Interpretação: A França pode ter se tornado muito dominante, ou a Alemanha foi tratada de forma a garantir instabilidade. Interesses imperiais chave podem ter sido comprometidos.
  • Fracasso Total/Humilhação (Ex: 0-39 pts): "Declínio Imperial à Vista?"
    • Interpretação: A supremacia naval não está garantida, o Império não se expandiu como esperado, e a Europa está um caos ou sob domínio de outra potência. A posição do UK no mundo enfraqueceu.

Rodada 1: Reparações e Restrições Militares Iniciais

  • Seus Argumentos e Contexto Histórico DETALHADOS (Reino Unido - Rodada 1):
    • Sobre Reparações:
      • "O povo britânico exige que a Alemanha pague pelos imensos sacrifícios feitos, e isso inclui os custos das pensões de nossos bravos soldados, viúvas e órfãos. É uma questão de justiça fiscal e política interna. No entanto, somos uma nação comerciante. Arruinar completamente a Alemanha, como alguns parecem desejar, seria um tiro no próprio pé, destruindo um mercado importante e potencialmente empurrando-a para o bolchevismo ou o caos, o que ameaçaria toda a Europa. Nosso economista, John Maynard Keynes, nos alerta sobre os perigos de exigências excessivas. Precisamos de reparações substanciais, mas que permitam alguma recuperação alemã para que o comércio europeu possa ser restabelecido. Um equilíbrio delicado deve ser encontrado."
      • Ponto Histórico Relevante: Lloyd George enfrentava pressão pública por termos duros ("Hang the Kaiser!"), mas também estava ciente dos riscos econômicos de uma Alemanha destruída e da necessidade de restaurar o comércio. A inclusão das pensões nas reparações foi uma forma de aumentar a parcela britânica.
    • Sobre Restrições Militares:
      • "A principal ameaça alemã ao Império Britânico sempre foi sua Marinha. Portanto, o desmantelamento completo da frota de guerra alemã, especialmente seus submarinos, é uma prioridade inegociável para garantir nossa supremacia naval. Quanto ao exército alemão, ele deve ser significativamente reduzido para que não possa mais ameaçar seus vizinhos, mas não a ponto de criar um vácuo de poder na Europa Central que possa ser preenchido pelo bolchevismo ou levar à desintegração total da Alemanha, o que seria perigoso. Uma ocupação permanente da Renânia ou sua independência, como deseja a França, fortaleceria excessivamente Paris e perturbaria o equilíbrio de poder que sempre defendemos. Uma desmilitarização e ocupação temporária são aceitáveis. Restrições semelhantes devem ser consideradas para Áustria e Turquia, mas sempre visando a estabilidade regional."
      • Ponto Histórico Relevante: A destruição da Marinha Alemã era um objetivo central britânico. Havia um medo real do contágio bolchevique na Alemanha e uma política tradicional de evitar que uma única potência dominasse o continente europeu.
  • Mini-Dicionário da Rodada (Reino Unido - Rodada 1):
    • Reparações: Compensações financeiras/bens exigidas de um país derrotado.
    • Artigo 231 (Cláusula de Culpa de Guerra): Cláusula que declara a Alemanha responsável pela guerra.
    • Pensões de Guerra: Pagamentos a soldados feridos, viúvas e órfãos de guerra.
    • Bolchevismo: Ideologia comunista russa, vista como uma ameaça revolucionária.
    • Supremacia Naval: Domínio dos mares por uma marinha de guerra.
    • Renânia: Região fronteiriça alemã com a França.
    • Equilíbrio de Poder: Política que visa impedir que uma única nação se torne muito mais poderosa que as outras.
  • Questões-Chave para Debate (Comuns a Todos os Países):
    1. Qual deve ser a base para calcular as reparações devidas pela Alemanha (e, potencialmente, Áustria e Turquia)? (Danos diretos? Custos totais/pensões? Culpa de guerra?)
    2. Cláusula de Culpa de Guerra (Artigo 231): A Alemanha (e seus aliados) devem ser formalmente declarados os únicos responsáveis por causar todas as perdas e danos da guerra? (Implicações morais/legais? Condição para reparações?)
    3. Como as reparações devem ser pagas e qual a capacidade real de pagamento da Alemanha (e dos outros derrotados)? (Riscos de carga insustentável? Dinheiro/bens? Garantias?)
    4. Quais restrições militares iniciais devem ser impostas à Alemanha, Áustria e Turquia? (Tamanho dos exércitos? Armamentos proibidos? Desmilitarização de zonas?)
  • Seus Objetivos DETALHADOS (Reino Unido - Rodada 1):
    • Sobre Reparações (Questões 1.1, 1.2, 1.3):
      • Primários:
        1. Garantir que os custos das pensões de guerra britânicas sejam incluídos no cálculo total das reparações a serem pagas pela Alemanha.
        2. Assegurar que o Reino Unido receba uma parcela substancial e justa das reparações totais.
        3. Evitar que as reparações sejam tão excessivas a ponto de destruir completamente a economia alemã, o que prejudicaria a recuperação do comércio britânico e europeu e poderia levar à instabilidade (bolchevismo).
      • Secundários:
        1. Apoiar (com ressalvas) o Artigo 231 como base legal para justificar as reparações, mas sem o mesmo fervor moral da França.
        2. Buscar um equilíbrio entre as exigências francesas e a capacidade de pagamento alemã, talvez apoiando a criação de uma Comissão de Reparações para definir o valor final depois.
        3. Considerar o recebimento de parte da frota mercante alemã ou outros bens como forma de pagamento.
    • Sobre Restrições Militares (Questão 1.4):
      • Primários:
        1. Desmantelamento COMPLETO da Marinha de Guerra Alemã, especialmente seus submarinos, para garantir a supremacia naval britânica.
        2. Redução significativa do exército alemão, mas OPOR-SE à sua aniquilação total ou a medidas que levem ao caos interno na Alemanha.
        3. OPOR-SE à ocupação permanente ou independência da Renânia (proposta francesa), aceitando apenas desmilitarização e uma ocupação Aliada temporária (máximo 15 anos) como compromisso.
      • Secundários:
        1. Garantir o fim do poder aéreo militar alemão e a proibição de armas ofensivas.
        2. Assegurar que a Alemanha mantenha capacidade mínima para ordem interna (contra comunismo).
        3. Aplicar restrições militares à Áustria e Turquia que sirvam aos interesses de estabilidade regional e do Império Britânico (ex: controle dos Estreitos Turcos).

Rodada 2: O Destino dos Impérios (Austro-Húngaro, Otomano e Alemão)

  • Seus Argumentos e Contexto Histórico DETALHADOS (Reino Unido - Rodada 2):
    • Sobre o Império Austro-Húngaro (Futuro da Áustria):
      • "A dissolução da Áustria-Hungria cria um vácuo de poder na Europa Central que precisa ser gerenciado com cuidado. Apoiamos o surgimento de novos estados nacionais com base na autodeterminação, desde que sejam viáveis e contribuam para a estabilidade. Quanto à Áustria, sua independência da Alemanha é preferível para manter o equilíbrio de poder. Um Anschluss criaria uma Alemanha excessivamente grande e dominante. Uma república austríaca estável, embora pequena, é o melhor cenário, contanto que não se torne um foco de agitação ou irredentismo."
      • Ponto Histórico Relevante: O UK via com preocupação um Anschluss, pois alteraria o equilíbrio europeu. Apoiou a independência austríaca.
    • Sobre o Império Otomano (Futuro Político da Turquia):
      • "O Império Otomano precisa ser reestruturado. Nossos interesses vitais no Oriente Médio (Mesopotâmia/Iraque, Palestina, rotas para a Índia, petróleo) devem ser assegurados através do sistema de Mandatos. Apoiamos um governo em Istambul que aceite essa nova realidade. O Califado é uma questão complexa; sua abolição pode ter repercussões no mundo muçulmano, incluindo no nosso Império. O movimento de Kemal na Anatólia é preocupante se ameaçar os acordos sobre os Estreitos ou nossos Mandatos, mas uma Turquia totalmente caótica também não nos serve. Precisamos de estabilidade nos Estreitos e acesso ao Mar Negro."
      • Ponto Histórico Relevante: O UK tinha enormes interesses estratégicos no Oriente Médio e no controle dos Estreitos. A questão do Califado era sensível devido à grande população muçulmana no Império Britânico.
    • Sobre o Império Alemão (Regime Político Alemão):
      • "É crucial que a Alemanha estabeleça um governo estável e responsável, capaz de assinar e cumprir o tratado de paz. A República de Weimar parece ser a melhor opção disponível, contanto que demonstre um rompimento claro com o militarismo do passado. Não temos interesse em desmembrar a Alemanha internamente, pois isso poderia levar ao caos e ao bolchevismo. Uma Alemanha unida, mas democrática e pacífica, é preferível para a estabilidade econômica e política da Europa. Devemos, no entanto, ser vigilantes contra qualquer tentativa de ressurgimento autoritário ou militarista."
      • Ponto Histórico Relevante: O UK preferia uma Alemanha unificada (mas enfraquecida) a uma Alemanha fragmentada, temendo que o caos pudesse levar ao comunismo ou a uma instabilidade que prejudicasse a retomada do comércio.
  • Mini-Dicionário da Rodada (Reino Unido - Rodada 2):
    • Anschluss: União política Áustria-Alemanha.
    • Mandatos: Administração de territórios ex-inimigos por potências vencedoras, sob supervisão teórica da Liga.
    • Estreitos Turcos (Bósforo e Dardanelos): Vias navegáveis estratégicas controlando acesso ao Mar Negro.
    • Califado: Liderança religiosa/política do Sultão Otomano.
    • República de Weimar: Governo democrático alemão pós-1918.
    • Bolchevismo: Ideologia comunista russa.
    • Equilíbrio de Poder: Política para impedir que uma nação domine outras.
  • Questões-Chave para Debate (Comuns a Todos os Países):
    1. Império Austro-Húngaro: Com a dissolução do império, qual deve ser o destino político da Áustria "remanescente"? (Nome, forma de governo? Anschluss permitido/proibido? Impacto nos vizinhos?)
    2. Império Otomano: Qual será o futuro político da Turquia e o status de seu líder tradicional? (Sultanato/Califado vs. República? Quem representa a Turquia: Sultão ou Kemal? Influência na aceitação dos termos?)
    3. Império Alemão: Com a abdicação do Kaiser, qual forma de governo a Alemanha deve consolidar para ser aceita na nova ordem europeia? (República de Weimar é legítima? Aliados devem impor condições constitucionais? Risco de extremismo?)
  • Seus Objetivos DETALHADOS (Reino Unido - Rodada 2):
    • Sobre o Império Austro-Húngaro (Questão 2.1 - Futuro da Áustria):
      • Primários:
        1. Garantir a independência da Áustria e OPOR-SE ao Anschluss com a Alemanha para manter o equilíbrio de poder na Europa.
        2. Apoiar o estabelecimento de uma República Austríaca estável, capaz de governar e evitar o caos ou a influência bolchevique.
        3. Assegurar que a reorganização da Europa Central não crie um vácuo de poder excessivo ou estados inviáveis que levem à instabilidade.
      • Secundários:
        1. Mediar disputas entre a Áustria e seus novos vizinhos (Itália, Tchecoslováquia, Iugoslávia) para evitar conflitos.
        2. Verificar se os interesses econômicos britânicos na região são protegidos.
    • Sobre o Império Otomano (Questão 2.2 - Futuro Político da Turquia):
      • Primários:
        1. Assegurar um regime em Istambul que aceite os termos Aliados, incluindo a perda dos territórios árabes (que se tornarão Mandatos britânicos e franceses) e o controle internacional ou Aliado dos Estreitos.
        2. Manter a estabilidade na região dos Estreitos e garantir o livre acesso britânico ao Mar Negro.
        3. Avaliar cuidadosamente as implicações da abolição ou manutenção do Califado para a estabilidade no Império Britânico (Índia muçulmana).
      • Secundários:
        1. Conter a influência do movimento nacionalista de Kemal se ele ameaçar diretamente os interesses britânicos (especialmente em Mosul/Iraque ou nos Estreitos).
        2. Proteger os interesses das minorias cristãs remanescentes no Império Otomano.
    • Sobre o Império Alemão (Questão 2.3 - Regime Político Alemão):
      • Primários:
        1. Apoiar a consolidação da República de Weimar como um governo democrático e estável, capaz de assinar e cumprir o tratado.
        2. OPOR-SE a tentativas de desmembrar a Alemanha (exceto as perdas territoriais já acordadas), temendo que isso leve ao caos, ao bolchevismo ou a um ressentimento ainda maior.
        3. Exigir que o novo regime alemão rompa claramente com o militarismo prussiano do passado, mas sem intervenção direta na sua constituição.
      • Secundários:
        1. Garantir que a Alemanha permaneça uma entidade política e econômica unificada o suficiente para poder pagar reparações (moderadas) e retomar o comércio.
        2. Monitorar e desencorajar o surgimento de movimentos extremistas (de direita ou esquerda) que possam desestabilizar a República.

Rodada 3: Questões de Fronteiras e Territórios (Redesenhando o Mapa)

  • Seus Argumentos e Contexto Histórico DETALHADOS (Reino Unido - Rodada 3):
    • Sobre as Fronteiras do Império Alemão:
      • "A Alsácia-Lorena deve, por justiça, retornar à França. Quanto ao Sarre, uma administração da Liga com benefícios econômicos para a França por um período limitado parece um compromisso razoável, evitando anexação direta. A Renânia deve ser desmilitarizada para segurança, e uma ocupação Aliada temporária (15 anos) é aceitável, mas nos opomos à criação de um Estado Renano independente, que seria artificial e uma fonte de instabilidade, além de fortalecer excessivamente a França. No Leste, a Polônia precisa de acesso ao mar, mas um Corredor que divida drasticamente a Alemanha ou a entrega de Dantzig (uma cidade predominantemente alemã) diretamente à Polônia é perigoso. Uma Cidade Livre para Dantzig e um plebiscito na Alta Silésia são soluções mais equilibradas."
      • Ponto Histórico Relevante: O UK buscou um equilíbrio, apoiando a segurança francesa, mas temendo o enfraquecimento excessivo da Alemanha ou a hegemonia francesa.
    • Sobre o Desmembramento do Império Austro-Húngaro:
      • "Apoiamos a criação de estados nacionais como Tchecoslováquia e Iugoslávia, mas suas fronteiras devem ser desenhadas com cuidado para evitar futuros conflitos étnicos. O Anschluss Áustria-Alemanha é indesejável, pois alteraria o equilíbrio de poder. As reivindicações italianas devem ser consideradas, mas não à custa de criar grande instabilidade nos Bálcãs ou de alienar completamente a nova Iugoslávia. O Pacto de Londres é um fator, mas não o único."
      • Ponto Histórico Relevante: O UK estava preocupado com a estabilidade na Europa Central e nos Bálcãs e tentou mediar entre as demandas italianas e os novos estados.
    • Sobre a Partilha do Império Otomano:
      • "Nossos interesses estratégicos no Oriente Médio são primordiais: o controle da Mesopotâmia (Iraque) pelo seu petróleo e a segurança da Palestina e Transjordânia para as rotas para a Índia. Os Mandatos sob a Liga são a forma apropriada de administrar esses territórios. Os Estreitos Turcos devem ser internacionalizados ou controlados pelos Aliados para garantir a livre navegação. Apoiamos a Grécia em Esmirna, mas com cautela para não inflamar demais a situação na Anatólia. A questão armênia é complexa, mas um Estado independente pode ser inviável sem grande apoio externo."
      • Ponto Histórico Relevante: O UK foi o principal arquiteto da partilha do Oriente Médio, visando seus interesses petrolíferos e estratégicos.
  • Mini-Dicionário da Rodada (Reino Unido - Rodada 3):
    • (Usar o mesmo dicionário da França, adicionando termos se necessário, como "Mesopotâmia", "Palestina")
    • Mesopotâmia: Região histórica correspondente em grande parte ao atual Iraque, rica em petróleo.
    • Palestina/Transjordânia: Territórios no Oriente Médio que se tornariam Mandatos Britânicos.
    • Estreitos Turcos (Bósforo e Dardanelos): Passagens marítimas estratégicas.
  • Questões-Chave para Debate (Comuns a Todos os Países):
    1. Fronteiras do Império Alemão: Quais territórios a Alemanha deve ceder na Europa e qual o status de zonas estratégicas como a Renânia e o Sarre? (Alsácia-Lorena? Sarre? Renânia ocupada/desmilitarizada/independente? Corredor Polonês/Dantzig/Alta Silésia/Memel? Plebiscitos?)
    2. Desmembramento do Império Austro-Húngaro e Fronteiras da Europa Central/Bálcãs: Como as novas fronteiras dos estados sucessores (Áustria, Hungria, Tchecoslováquia, Polônia, Iugoslávia) e dos vizinhos vitoriosos (Itália, Romênia) devem ser traçadas? (Pacto de Londres vs. Nacionalidade? Fiume? Minorias?)
    3. Partilha do Império Otomano e o Oriente Médio: Qual será o destino final da Anatólia e dos vastos territórios árabes do Império Otomano? (Grécia em Esmirna? Zonas de influência na Anatólia? Mandatos árabes? Armênia/Curdistão?)
  • Seus Objetivos DETALHADOS (Reino Unido - Rodada 3):
    • Sobre as Fronteiras do Império Alemão (Questão 3.1):
      • Primários:
        1. Apoiar a devolução da Alsácia-Lorena à França.
        2. Concordar com a desmilitarização permanente da Renânia e uma ocupação Aliada temporária (15 anos) (Opção A da votação), mas OPOR-SE à criação de um Estado Renano independente (Opção C).
        3. Buscar uma solução de compromisso para o Corredor Polonês e Dantzig (Dantzig como Cidade Livre - Opção A da votação), evitando o isolamento completo da Prússia Oriental ou a anexação direta de Dantzig pela Polônia (Opção C).
      • Secundários:
        1. Apoiar um plebiscito na Alta Silésia (Opção A da votação) como a solução mais justa e equilibrada.
        2. Concordar com a administração do Sarre pela Liga, com benefícios para a França (Opção A da votação), mas não anexação direta.
    • Sobre o Desmembramento do Império Austro-Húngaro (Questão 3.2):
      • Primários:
        1. OPOR-SE ao Anschluss Áustria-Alemanha para manter o equilíbrio de poder (Opção A da votação sobre Anschluss).
        2. Apoiar a criação de estados sucessores viáveis (Tchecoslováquia, Iugoslávia), mas mediando as reivindicações italianas para evitar instabilidade excessiva (equilibrar Pacto de Londres com autodeterminação).
        3. Buscar uma solução de compromisso para Fiume (Cidade Livre - Opção C da votação), resistindo à anexação italiana direta.
      • Secundários:
        1. Garantir que as novas fronteiras não prejudiquem rotas comerciais ou interesses econômicos britânicos.
        2. Manter boas relações tanto com a Itália quanto com a Iugoslávia, se possível.
    • Sobre a Partilha do Império Otomano (Questão 3.3):
      • Primários:
        1. Assegurar o estabelecimento dos Mandatos Britânicos sobre a Mesopotâmia (Iraque), Palestina e Transjordânia (Opção A da votação sobre territórios árabes).
        2. Garantir a internacionalização ou o controle Aliado dos Estreitos Turcos (Bósforo e Dardanelos) para livre navegação.
        3. Apoiar a Grécia em Esmirna, mas com cautela, e evitar uma partilha da Anatólia que leve ao caos total ou a um fortalecimento excessivo de outra potência na região.
      • Secundários:
        1. Implementar a Declaração Balfour na Palestina dentro do quadro do Mandato.
        2. Coordenar com a França a divisão do Oriente Médio (Sykes-Picot), mas defendendo os interesses britânicos (especialmente petróleo).
        3. Avaliar a viabilidade de um Estado Armênio, mas sem comprometer recursos britânicos significativos.

Rodada 4: Autodeterminação dos Povos (Ideal vs. Realidade)

  • Seus Argumentos e Contexto Histórico DETALHADOS (Reino Unido - Rodada 4):
    • Sobre Plebiscitos (Questão 4.1):
      • "Plebiscitos podem ser uma ferramenta útil para resolver disputas territoriais complexas e etnicamente mistas, como na Alta Silésia ou Schleswig, desde que sejam conduzidos de forma justa e seus resultados contribuam para a estabilidade. No entanto, não devem ser a única consideração; fatores econômicos e estratégicos também são importantes. Em alguns casos, uma decisão direta dos Aliados, buscando um equilíbrio, pode ser mais eficaz do que um plebiscito decisivo."
      • Ponto Histórico Relevante: O UK apoiou plebiscitos em alguns casos (Schleswig, Silésia), mas sempre ponderando os resultados com seus interesses estratégicos.
    • Sobre Aplicação Universal aos Derrotados (Questão 4.2):
      • "O princípio da autodeterminação é nobre, mas sua aplicação universal e irrestrita pode ser perigosa. O Anschluss Áustria-Alemanha, por exemplo, embora talvez desejado por alguns, alteraria drasticamente o equilíbrio de poder na Europa e é, portanto, indesejável. Populações alemãs em novos estados devem ter seus direitos de minoria protegidos, mas a revisão constante de fronteiras com base em queixas étnicas levaria ao caos. A estabilidade da nova ordem é prioritária."
      • Ponto Histórico Relevante: O UK opôs-se ao Anschluss e priorizou a estabilidade dos novos estados, mesmo que isso significasse minorias insatisfeitas.
    • Sobre Conflitos com Acordos/Estratégia (Questão 4.3):
      • "Os compromissos assumidos durante a guerra, como o Pacto de Londres, e os interesses estratégicos vitais do Império Britânico (como no Oriente Médio ou o equilíbrio naval) não podem ser simplesmente descartados em nome de um princípio abstrato. A autodeterminação deve ser equilibrada com o realismo político e as necessidades de segurança. Uma solução para Fiume, por exemplo, deve considerar tanto as aspirações italianas quanto a viabilidade da Iugoslávia e a estabilidade do Adriático."
      • Ponto Histórico Relevante: O UK tentou mediar a questão de Fiume e respeitar o Pacto de Londres até certo ponto, mas também estava ciente dos problemas que ele criava com os EUA e a Iugoslávia.
    • Sobre Colônias (Questão 4.4):
      • "O sistema de Mandatos da Liga das Nações para as ex-colônias alemãs e territórios otomanos é uma abordagem responsável. Esses territórios não estão, em sua maioria, preparados para a autogestão imediata. As potências mandatárias, como a Grã-Bretanha, atuarão como tutoras, guiando esses povos rumo a um eventual autogoverno, enquanto garantem a estabilidade e a 'porta aberta' para o comércio. Falar em independência imediata é irrealista. Quanto ao Império Britânico, suas diversas partes já estão em diferentes estágios de desenvolvimento constitucional; a autodeterminação é um processo evolutivo, não uma revolução."
      • Ponto Histórico Relevante: O UK foi um dos principais beneficiários do sistema de Mandatos e não tinha intenção de aplicar a autodeterminação de forma a desmantelar seu próprio império.
  • Mini-Dicionário da Rodada (Reino Unido - Rodada 4):
    • Plebiscito: Votação popular.
    • Anschluss: União Áustria-Alemanha.
    • Pacto de Londres (1915): Acordo secreto prometendo territórios à Itália.
    • Fiume (Rijeka): Cidade portuária disputada.
    • Mandato: Administração de território ex-inimigo por vencedor, sob supervisão da Liga.
    • "Porta Aberta": Política de acesso comercial igualitário.
    • Autogoverno: Capacidade de um povo de se governar independentemente.
    • Commonwealth (Império Britânico): Termo que começava a ser usado para descrever o Reino Unido e seus Domínios autônomos (Canadá, Austrália, etc.).
  • Questões-Chave para Debate (Comuns a Todos os Países):
    1. Plebiscitos são justos e eficazes para determinar a soberania em territórios etnicamente mistos ou disputados? (Imparcialidade? Vinculação dos resultados? Sobreposição por história/estratégia?)
    2. O princípio da autodeterminação deve ser aplicado universalmente, inclusive aos povos das nações derrotadas e às suas minorias étnicas? (Anschluss? Sudetos/Tirol? Culpa de guerra anula autodeterminação?)
    3. Como resolver conflitos entre o princípio da autodeterminação e promessas de guerra secretas (Pacto de Londres) ou interesses estratégicos/econômicos das Grandes Potências? (Qual princípio prevalece? Fiume? Corredor Polonês?)
    4. Qual deve ser o status dos povos sob domínio colonial das nações derrotadas (ex-colônias alemãs) e, por extensão, das próprias potências vencedoras? (Mandatos são tutela ou neocolonialismo? Direito igual à autodeterminação?)
  • Seus Objetivos DETALHADOS (Reino Unido - Rodada 4):
    • Sobre Plebiscitos (Questão 4.1):
      • Primários:
        1. Apoiar o uso de plebiscitos como uma ferramenta útil, mas não a única nem sempre decisiva, para resolver disputas territoriais (Opção B da votação).
        2. Garantir que os plebiscitos sejam supervisionados de forma a garantir resultados estáveis e que não prejudiquem os interesses estratégicos britânicos ou o equilíbrio geral.
      • Secundários:
        1. Usar plebiscitos para legitimar transferências territoriais que já são consideradas desejáveis (Schleswig para Dinamarca).
        2. Resistir a plebiscitos em áreas onde o resultado possa ser caótico ou fortalecer excessivamente uma potência rival.
    • Sobre Aplicação Universal aos Derrotados (Questão 4.2):
      • Primários:
        1. OPOR-SE ao Anschluss Áustria-Alemanha com base na manutenção do equilíbrio de poder (Opção A da votação).
        2. Defender a proteção dos direitos das minorias nos novos estados, mas sem endossar revisões fronteiriças constantes que levariam à instabilidade.
        3. Argumentar que a estabilidade da nova ordem europeia tem precedência sobre a aplicação irrestrita da autodeterminação aos derrotados.
      • Secundários:
        1. Mediar entre as demandas extremas da França e as reações alemãs/austríacas.
        2. Evitar criar precedentes que possam ser usados contra os interesses do Império Britânico no futuro.
    • Sobre Conflitos com Acordos/Estratégia (Questão 4.3):
      • Primários:
        1. Buscar um equilíbrio pragmático entre honrar acordos prévios (Pacto de Londres) e aplicar a autodeterminação, visando a solução menos instável (Opção B da votação).
        2. Garantir que os interesses estratégicos britânicos (rotas navais, acesso a recursos, equilíbrio no Adriático) sejam protegidos, mesmo que isso signifique modificar ou reinterpretar promessas.
      • Secundários:
        1. Mediar o conflito entre Itália e EUA sobre Fiume, buscando uma solução de compromisso (Cidade Livre?).
        2. Evitar que o Pacto de Londres leve a um fortalecimento excessivo da Itália ou a uma alienação completa da Iugoslávia.
    • Sobre Colônias (Questão 4.4):
      • Primários:
        1. Defender vigorosamente o Sistema de Mandatos da Liga das Nações como a forma apropriada de administrar as ex-colônias alemãs e territórios otomanos, com o Reino Unido como principal potência mandatária em áreas chave (Opção A da votação).
        2. Argumentar que os Mandatos são uma "tutela" em nome da civilização, visando o bem-estar dos povos nativos e a "porta aberta" comercial, sem um cronograma definido para independência.
        3. REJEITAR qualquer aplicação do princípio de autodeterminação que ameace a integridade do Império Britânico ou implique independência imediata para suas colônias.
      • Secundários:
        1. Garantir que os Domínios Britânicos (Canadá, Austrália, etc.) também recebam mandatos, se desejarem.
        2. Resistir a qualquer supervisão excessiva da Liga sobre a administração dos mandatos britânicos.

Rodada 5: Criação da Liga das Nações (Esperança ou Ilusão?)

  • Seus Argumentos e Contexto Histórico DETALHADOS (Reino Unido - Rodada 5):
    • "A Grã-Bretanha apoia o nobre ideal de uma Liga das Nações como um fórum para a diplomacia e a prevenção de conflitos futuros. Acreditamos que ela pode desempenhar um papel útil na mediação de disputas e na promoção da cooperação internacional. No entanto, somos uma potência global com um vasto Império, e nossa soberania e capacidade de defender nossos interesses não podem ser subjugadas por uma organização internacional. A Liga não deve ter poder militar próprio que possa nos obrigar a entrar em guerras contra nossa vontade ou interferir na administração do Império Britânico. A segurança coletiva é um objetivo desejável, mas a Marinha Real continuará sendo a principal guardiã da paz e dos interesses britânicos. Quanto à adesão, a Liga deve ser inclusiva a longo prazo para ser eficaz, mas a admissão da Alemanha deve ser gradual e condicionada."
    • Ponto Histórico Relevante: O Reino Unido apoiou a Liga, mas figuras como Lloyd George e os conservadores eram céticos quanto a compromissos militares automáticos (Artigo X) e queriam proteger a autonomia do Império. Eles favoreceram uma Liga sem força militar própria, focada em diplomacia e sanções.
  • Mini-Dicionário da Rodada (Reino Unido - Rodada 5):
    • Liga das Nações (Sociedade das Nações): Organização internacional proposta para:
      1. Prevenir guerras: Através de diplomacia, arbitragem, mediação.
      2. Promover Segurança Coletiva: Ataque a um = ataque a todos (Artigo X).
      3. Supervisionar Desarmamento.
      4. Resolver Disputas.
      5. Promover Cooperação (saúde, trabalho, etc.).
    • Pacto da Liga: Documento fundamental da Liga.
    • Conselho Executivo (da Liga): Órgão menor com Grandes Potências.
    • Assembleia Geral (da Liga): Todos os membros representados.
    • Soberania Nacional: Autoridade suprema de um Estado.
    • Artigo X (do Pacto): Comprometia os membros a respeitar e preservar a integridade territorial e independência política uns dos outros contra agressão externa.
    • Domínios Britânicos: Nações semi-independentes dentro do Império Britânico (Canadá, Austrália, etc.).
  • Questões-Chave para Debate (Comuns a Todos os Países):
    1. Qual deve ser a estrutura de poder e o processo decisório da Liga das Nações? (Assembleia soberana ou Conselho dominante? Voto igual ou ponderado? Unanimidade ou maioria?)
    2. A Liga das Nações deve possuir sua própria força militar para impor a paz e suas resoluções? (Órgão diplomático apenas? Força militar permanente? Forças nacionais à disposição?)
    3. Quem poderá (ou deverá) fazer parte da Liga das Nações e em que condições? (Adesão universal? Restrita a vencedores/neutros? Condições para derrotados?)
  • Seus Objetivos DETALHADOS (Reino Unido - Rodada 5):
    • Sobre Estrutura de Poder e Votação (Questão 5.1):
      • Primários:
        1. Apoiar uma estrutura onde o Conselho Executivo (com o Reino Unido como membro permanente com poder de veto efetivo via regra da unanimidade) tenha a principal responsabilidade pela paz e segurança (Opção B da votação).
        2. Garantir que as decisões importantes que afetem os interesses vitais britânicos ou do Império exijam o consentimento britânico.
      • Secundários:
        1. Conceder à Assembleia Geral um papel importante em debates e recomendações, mas não poder decisório supremo sobre questões de segurança.
        2. Apoiar a representação separada dos Domínios Britânicos na Assembleia, aumentando a influência do bloco da Commonwealth.
    • Sobre Forças Militares da Liga (Questão 5.2):
      • Primários:
        1. OPOR-SE VIGOROSAMENTE à criação de uma força militar permanente da Liga ou de um Estado-Maior internacional com poderes executivos.
        2. Defender que a Liga dependa de sanções econômicas, pressão moral e da cooperação voluntária dos Estados membros para quaisquer ações militares (Opção A da votação).
      • Secundários:
        1. Considerar a Opção C (Forças Nacionais à Disposição) apenas se os compromissos forem estritamente voluntários e não automáticos.
        2. Argumentar que uma força militar da Liga seria impraticável, cara e uma ameaça à soberania nacional.
    • Sobre Critérios de Adesão (Questão 5.3):
      • Primários:
        1. Apoiar a adesão inicial dos Aliados e nações neutras convidadas.
        2. Concordar com a exclusão inicial da Alemanha e seus ex-aliados, com a possibilidade de adesão futura após um período probatório e demonstração de cumprimento do tratado (Opção A da votação).
      • Secundários:
        1. Ser cauteloso quanto à admissão da Rússia Soviética.
        2. Ver a futura admissão da Alemanha como um passo para a normalização e o equilíbrio europeu, mas apenas quando for seguro.

Itália

Seu Papel Geral na Conferência: Você representa a Itália, uma nação que entrou na guerra ao lado dos Aliados após receber promessas territoriais significativas (Pacto de Londres). Seu objetivo principal é ver essas promessas cumpridas, anexar territórios adicionais como Fiume (Rijeka) com base no nacionalismo, e ser tratada com o respeito e o status de uma das "Quatro Grandes" potências vencedoras, apesar de se sentir frequentemente menosprezada. A opinião pública italiana não aceitará uma "Vitória Mutilada".

  • Vittorio Orlando (Porta-voz) – Abandona a conferência se não ouvido.
  • Gabriele D’Annunzio (Estrategista Militar) – "Ou nos dão Fiume, ou a tomaremos!".
  • Francesco Saverio Nitti (Estrategista Econômico) – "Sem reparações, a dívida italiana será impagável!".
  • Sidney Sonnino (Política Externa) – Foco nos Bálcãs.

Medindo o seu Sucessor:

  • Grande Sucesso (Ex: 100-120 pts): "Itália Redimida! Pacto Honrado e Fiume Nossa!"
    • Interpretação: A Itália conseguiu TODOS os territórios do Pacto de Londres, anexou Fiume, recebeu reparações e é tratada como Grande Potência. Orlando é um herói, a "Vitória Mutilada" foi evitada.
  • Sucesso Significativo (Ex: 75-99 pts): "Ganhos Importantes, Mas Alguma Amargura."
    • Interpretação: A maior parte do Pacto de Londres foi cumprida (Tirol, Ístria), mas talvez Fiume tenha se tornado Cidade Livre ou a Dalmácia foi perdida. Reparações e status razoáveis.
  • Resultado Misto/Compromisso (Ex: 50-74 pts): "Vitória Mutilada Parcialmente Evitada."
    • Interpretação: Ganhou Trentino/Tirol, mas Fiume e/ou Dalmácia foram perdidas. Insatisfação nacionalista considerável, mas alguns ganhos tangíveis.
  • Decepção/Fracasso Parcial (Ex: 25-49 pts): "A Traição de Versalhes!"
    • Interpretação: Poucos ganhos territoriais significativos além do mínimo. Fiume perdida. O Pacto de Londres foi largamente ignorado. Sentimento forte de "Vitória Mutilada".
  • Fracasso Total/Humilhação (Ex: 0-24 pts): "Sacrifício em Vão!"
    • Interpretação: A Itália foi completamente ignorada, não recebendo quase nada do que foi prometido ou reivindicado. Crise política interna iminente.

Rodada 1: Reparações e Restrições Militares Iniciais

  • Seus Argumentos e Contexto Histórico DETALHADOS (Itália - Rodada 1):
    • Sobre Reparações:
      • "A Itália suportou um fardo imenso na guerra, especialmente na brutal frente alpina contra a Áustria-Hungria. Nossa economia está exaurida, nossa dívida é gigantesca. É absolutamente essencial que recebamos uma parcela significativa das reparações a serem pagas não apenas pela Alemanha, mas crucialmente pela Áustria (ou seus estados sucessores). Apoiamos o princípio de que os agressores devem pagar todos os custos da guerra, incluindo nossas pensões e os custos de reconstrução de nossas regiões fronteiriças. Qualquer valor menor seria uma injustiça e levaria a Itália à instabilidade social e financeira. O governo não sobreviveria a uma paz que não trouxesse compensações econômicas substanciais."
      • Ponto Histórico Relevante: A Itália saiu da guerra economicamente enfraquecida e com altas expectativas de ganhos (tanto territoriais quanto financeiros). Francesco Saverio Nitti, ministro da fazenda, alertava para a crise se as reparações não fossem significativas.
    • Sobre Restrições Militares:
      • "A principal ameaça histórica à Itália veio do Império Austro-Húngaro. Portanto, é vital que a Áustria (e seus remanescentes) seja completamente desarmada e impedida de qualquer ressurgimento militar. A antiga frota austro-húngara no Adriático deve ser entregue aos Aliados, com a Itália recebendo uma parte considerável. Quanto à Alemanha, apoiamos as medidas mais duras propostas pela França para enfraquecê-la; uma Alemanha militarmente impotente beneficia a segurança de toda a Europa, incluindo a Itália. Não temos objeções a um desarmamento severo da Turquia, especialmente se isso abrir oportunidades para a influência italiana no Mediterrâneo Oriental."
      • Ponto Histórico Relevante: O foco militar italiano era a Áustria e o controle do Adriático. Eles viam com bons olhos o enfraquecimento geral das Potências Centrais.
  • Mini-Dicionário da Rodada (Itália - Rodada 1):
    • Reparações: Compensações financeiras/bens exigidas de um país derrotado.
    • Artigo 231 (Cláusula de Culpa de Guerra): Cláusula que declara a Alemanha responsável pela guerra.
    • Pacto de Londres (1915): Acordo secreto que prometeu territórios à Itália em troca de sua entrada na guerra ao lado dos Aliados.
    • Fiume (Rijeka): Cidade portuária no Adriático, etnicamente mista, reivindicada fervorosamente pela Itália.
    • "Vitória Mutilada": Expressão italiana para descrever a sensação de que, apesar de estar do lado vencedor, a Itália não recebeu todas as recompensas territoriais e o status que merecia.
    • Adriático: Mar situado entre a península Itálica e a península Balcânica.
  • Questões-Chave para Debate (Comuns a Todos os Países):
    1. Qual deve ser a base para calcular as reparações devidas pela Alemanha (e, potencialmente, Áustria e Turquia)? (Danos diretos? Custos totais/pensões? Culpa de guerra?)
    2. Cláusula de Culpa de Guerra (Artigo 231): A Alemanha (e seus aliados) devem ser formalmente declarados os únicos responsáveis por causar todas as perdas e danos da guerra? (Implicações morais/legais? Condição para reparações?)
    3. Como as reparações devem ser pagas e qual a capacidade real de pagamento da Alemanha (e dos outros derrotados)? (Riscos de carga insustentável? Dinheiro/bens? Garantias?)
    4. Quais restrições militares iniciais devem ser impostas à Alemanha, Áustria e Turquia? (Tamanho dos exércitos? Armamentos proibidos? Desmilitarização de zonas?)
  • Seus Objetivos DETALHADOS (Itália - Rodada 1):
    • Sobre Reparações (Questões 1.1, 1.2, 1.3):
      • Primários:
        1. Garantir que a Itália receba uma parcela substancial e "justa" das reparações pagas tanto pela Alemanha quanto, crucialmente, pela Áustria (ou seus estados sucessores).
        2. Apoiar o princípio de reparações elevadas (incluindo custos totais de guerra e pensões) para maximizar o montante total a ser dividido entre os Aliados.
        3. Utilizar as reparações para ajudar a pagar a enorme dívida de guerra italiana e financiar a reconstrução das áreas afetadas pelo conflito.
      • Secundários:
        1. Apoiar a inclusão do Artigo 231 (Cláusula de Culpa) para fortalecer a base legal das exigências.
        2. Buscar o recebimento de bens específicos como forma de pagamento (Ex: navios da antiga frota austro-húngara, recursos naturais da Áustria).
        3. Argumentar que a estabilidade econômica da Itália, um dos "Quatro Grandes", é essencial para a estabilidade da Europa.
    • Sobre Restrições Militares (Questão 1.4):
      • Primários:
        1. Assegurar o desarmamento completo e a impotência militar da Áustria, garantindo que ela nunca mais possa ameaçar a Itália.
        2. Obter o desmantelamento e a entrega (parcial à Itália) da antiga frota de guerra Austro-Húngara.
        3. Apoiar as medidas mais severas propostas pela França para o desarmamento da Alemanha, como forma de enfraquecer um potencial rival e como moeda de troca para apoio francês às reivindicações italianas.
      • Secundários:
        1. Garantir que a Itália tenha um papel na supervisão do desarmamento austríaco.
        2. Apoiar restrições à marinha turca que possam beneficiar a influência italiana no Mediterrâneo.
        3. Não se opor a uma pequena força militar alemã/austríaca para ordem interna, desde que não represente ameaça externa.

Rodada 2: O Destino dos Impérios (Austro-Húngaro, Otomano e Alemão)

  • Seus Argumentos e Contexto Histórico DETALHADOS (Itália - Rodada 2):
    • Sobre o Império Austro-Húngaro (Futuro da Áustria):
      • "A Áustria-Hungria, nossa inimiga histórica, finalmente ruiu! Apoiamos o direito dos povos eslavos (Iugoslávia) e outros (Tchecoslováquia, Polônia) à independência, DESDE QUE isso não prejudique as justas reivindicações territoriais da Itália (Trentino, Tirol do Sul, Ístria, Dalmácia), prometidas no Pacto de Londres. Uma Áustria pequena e republicana é aceitável, contanto que seja permanentemente fraca e incapaz de ameaçar nossas novas fronteiras. O Anschluss com a Alemanha deve ser evitado, pois criaria uma potência germânica ainda maior em nossa vizinhança."
      • Ponto Histórico Relevante: A Itália queria uma Áustria fraca e se opunha ao Anschluss, pois isso fortaleceria a Alemanha em sua fronteira norte.
    • Sobre o Império Otomano (Futuro Político da Turquia):
      • "O colapso otomano abre oportunidades para a Itália expandir sua influência no Mediterrâneo Oriental e na Anatólia, conforme promessas e interesses estratégicos. Apoiamos um governo turco que aceite a partilha de seu império e reconheça as zonas de influência italianas (ex: região de Adália/Antália). A manutenção do Sultão pode ser útil se ele for complacente. O movimento de Kemal é uma ameaça se ele se opuser aos nossos ganhos. O Dodecaneso deve ser formalmente nosso."
      • Ponto Histórico Relevante: A Itália tinha ambições na Anatólia (Acordo de St. Jean de Maurienne, embora não totalmente ratificado) e já ocupava o Dodecaneso.
    • Sobre o Império Alemão (Regime Político Alemão):
      • "A forma de governo da Alemanha é menos importante para nós do que a garantia de que ela seja permanentemente enfraquecida e incapaz de dominar a Europa ou apoiar uma Áustria revanchista. Uma república pode ser aceitável, mas se a Alemanha se mostrar instável ou agressiva, medidas mais drásticas, como o apoio a estados alemães do sul mais independentes, poderiam ser consideradas. O principal é que a Alemanha cumpra o tratado e pague suas reparações, das quais queremos nossa parte."
      • Ponto Histórico Relevante: O interesse italiano na política interna alemã era secundário, focado em como isso afetaria o equilíbrio de poder geral e a posição da Áustria.
  • Mini-Dicionário da Rodada (Itália - Rodada 2):
    • Anschluss: União Áustria-Alemanha.
    • Pacto de Londres (1915): Acordo secreto prometendo territórios à Itália.
    • Fiume (Rijeka): Cidade portuária reivindicada pela Itália.
    • Dalmácia: Região costeira no Adriático, parte prometida à Itália.
    • Anatólia: Parte asiática da Turquia.
    • Dodecaneso: Grupo de ilhas no Mar Egeu sob ocupação italiana.
    • Revanchista: Que busca vingança por perdas passadas.
  • Questões-Chave para Debate (Comuns a Todos os Países):
    1. Império Austro-Húngaro: Com a dissolução do império, qual deve ser o destino político da Áustria "remanescente"? (Nome, forma de governo? Anschluss permitido/proibido? Impacto nos vizinhos?)
    2. Império Otomano: Qual será o futuro político da Turquia e o status de seu líder tradicional? (Sultanato/Califado vs. República? Quem representa a Turquia: Sultão ou Kemal? Influência na aceitação dos termos?)
    3. Império Alemão: Com a abdicação do Kaiser, qual forma de governo a Alemanha deve consolidar para ser aceita na nova ordem europeia? (República de Weimar é legítima? Aliados devem impor condições constitucionais? Risco de extremismo?)
  • Seus Objetivos DETALHADOS (Itália - Rodada 2):
    • Sobre o Império Austro-Húngaro (Questão 2.1 - Futuro da Áustria):
      • Primários:
        1. Garantir que a nova Áustria seja pequena, republicana e militarmente fraca, incapaz de ameaçar as fronteiras italianas ou buscar a restauração do antigo império.
        2. OPOR-SE VIGOROSAMENTE ao Anschluss (união Áustria-Alemanha) para evitar o surgimento de uma superpotência germânica na fronteira norte da Itália.
        3. Assegurar que a estrutura política da Áustria não impeça a anexação italiana dos territórios prometidos (Tirol do Sul, Trentino, Ístria).
      • Secundários:
        1. Apoiar a independência de outros estados sucessores (Tchecoslováquia, Iugoslávia) apenas na medida em que isso não conflite com os ganhos territoriais italianos.
        2. Minimizar qualquer papel político futuro da dinastia Habsburgo.
    • Sobre o Império Otomano (Questão 2.2 - Futuro Político da Turquia):
      • Primários:
        1. Apoiar um governo turco (Sultão ou outro) que aceite a partilha do Império Otomano e reconheça as zonas de influência e reivindicações territoriais italianas na Anatólia e no Mediterrâneo Oriental (Dodecaneso).
        2. Desconfiar do movimento nacionalista de Kemal se ele se opuser aos interesses italianos ou à presença Aliada.
        3. Garantir que a Itália seja tratada como uma potência com interesses legítimos na redefinição política do espaço otomano.
      • Secundários:
        1. Buscar o reconhecimento formal da soberania italiana sobre o Dodecaneso.
        2. Manter a opção de intervir militarmente para proteger os interesses italianos na Anatólia se o governo central turco entrar em colapso ou se tornar hostil.
    • Sobre o Império Alemão (Questão 2.3 - Regime Político Alemão):
      • Primários:
        1. Assegurar que qualquer regime político na Alemanha seja obrigado a aceitar e cumprir integralmente os termos do Tratado de Paz, incluindo o pagamento de reparações (das quais a Itália espera uma parte).
        2. Apoiar medidas que impeçam o ressurgimento do militarismo alemão, independentemente da forma de governo.
        3. Garantir que a Alemanha não possa apoiar uma Áustria revanchista ou tentativas de Anschluss.
      • Secundários:
        1. Não ter forte preferência pela forma exata de governo na Alemanha (república, etc.), desde que seja fraca e pacífica.
        2. Observar as posições de França e UK sobre a Alemanha para alinhar-se taticamente.


Rodada 3: Questões de Fronteiras e Territórios (Redesenhando o Mapa)

  • Seus Argumentos e Contexto Histórico DETALHADOS (Itália - Rodada 3):
    • Sobre as Fronteiras do Império Alemão:
      • "O destino da Alemanha nos afeta menos diretamente do que o da Áustria-Hungria. No entanto, apoiamos medidas que enfraqueçam permanentemente o bloco germânico. Apoiamos a França em suas justas reivindicações sobre Alsácia-Lorena e o Sarre. Uma Polônia forte também é do nosso interesse, pois limita o poder alemão no leste. Quanto à Renânia, concordamos com a necessidade de garantias de segurança para a França."
      • Ponto Histórico Relevante: O foco principal da Itália eram os territórios da Áustria-Hungria, mas um enfraquecimento geral da Alemanha era visto como positivo.
    • Sobre o Desmembramento do Império Austro-Húngaro:
      • "Este é o ponto CRUCIAL para a Itália! O Pacto de Londres de 1915, assinado com a Grã-Bretanha e a França, nos prometeu Trentino, Tirol do Sul até o Brennero, Trieste, Ístria e partes significativas da Dalmácia em troca de nossa entrada na guerra. Sofremos perdas terríveis para alcançar a vitória, e essas promessas DEVEM ser cumpridas integralmente! Fiume (Rijeka), embora não explicitamente no Pacto, é uma cidade de maioria italiana e vital para nossos interesses no Adriático; sua anexação é uma questão de honra nacional. A autodeterminação não pode ser usada seletivamente por Wilson para nos negar o que nos é devido. A nova Iugoslávia não pode emergir às custas dos sacrifícios italianos."
      • Ponto Histórico Relevante: As reivindicações italianas baseadas no Pacto de Londres e a questão de Fiume foram alguns dos pontos mais contenciosos da conferência, levando a confrontos diretos com Wilson e à ameaça de Orlando de se retirar.
    • Sobre a Partilha do Império Otomano:
      • "A Itália, como grande potência mediterrânea, tem interesses legítimos na partilha do Império Otomano. Buscamos o reconhecimento de nossa soberania sobre as ilhas do Dodecaneso (já ocupadas por nós) e uma zona de influência ou mandato no sul da Anatólia (região de Adália/Antália), conforme acordos anteriores com os Aliados. Não permitiremos que França e Grã-Bretanha dividam todo o Oriente Médio entre si, ignorando a Itália."
      • Ponto Histórico Relevante: A Itália tinha ambições coloniais e de influência no Mediterrâneo Oriental, buscando compensações pela sua participação na guerra.
  • Mini-Dicionário da Rodada (Itália - Rodada 3):
    • Pacto de Londres (1915): Acordo secreto que detalhava os ganhos territoriais prometidos à Itália.
    • Trentino e Tirol do Sul (Alto Ádige): Regiões alpinas de língua italiana e alemã, respectivamente, parte da Áustria-Hungria, reivindicadas pela Itália.
    • Trieste e Ístria: Regiões no norte do Adriático, com populações italianas e eslavas, reivindicadas pela Itália.
    • Dalmácia: Costa oriental do Adriático, com cidades de legado veneziano/italiano, mas população majoritariamente eslava, reivindicada pela Itália.
    • Fiume (Rijeka): Cidade portuária no Adriático, crucial e disputada.
    • "Vitória Mutilada": Sentimento italiano de que as recompensas territoriais não foram proporcionais aos sacrifícios.
    • Dodecaneso: Grupo de ilhas no Mar Egeu.
    • Anatólia: Parte asiática da Turquia.
  • Questões-Chave para Debate (Comuns a Todos os Países):
    1. Fronteiras do Império Alemão: Quais territórios a Alemanha deve ceder na Europa e qual o status de zonas estratégicas como a Renânia e o Sarre? (Alsácia-Lorena? Sarre? Renânia ocupada/desmilitarizada/independente? Corredor Polonês/Dantzig/Alta Silésia/Memel? Plebiscitos?)
    2. Desmembramento do Império Austro-Húngaro e Fronteiras da Europa Central/Bálcãs: Como as novas fronteiras dos estados sucessores (Áustria, Hungria, Tchecoslováquia, Polônia, Iugoslávia) e dos vizinhos vitoriosos (Itália, Romênia) devem ser traçadas? (Pacto de Londres vs. Nacionalidade? Fiume? Minorias?)
    3. Partilha do Império Otomano e o Oriente Médio: Qual será o destino final da Anatólia e dos vastos territórios árabes do Império Otomano? (Grécia em Esmirna? Zonas de influência na Anatólia? Mandatos árabes? Armênia/Curdistão?)
  • Seus Objetivos DETALHADOS (Itália - Rodada 3):
    • Sobre as Fronteiras do Império Alemão (Questão 3.1):
      • Primários:
        1. Apoiar as principais reivindicações francesas (Alsácia-Lorena, Sarre, Renânia enfraquecida) para garantir o apoio francês às reivindicações italianas contra a Áustria.
        2. Assegurar que o enfraquecimento da Alemanha não leve a um fortalecimento excessivo de outras potências que possam rivalizar com a Itália no futuro.
      • Secundários:
        1. Não ter grande interesse direto nas fronteiras orientais da Alemanha, exceto se afetarem o equilíbrio geral de poder de forma desfavorável à Itália.
    • Sobre o Desmembramento do Império Austro-Húngaro (Questão 3.2):
      • Primários:
        1. GARANTIR a anexação pela Itália de Trentino, Tirol do Sul até o Brennero, Trieste e Ístria, conforme o Pacto de Londres (Opção C da votação sobre reivindicações italianas é o ideal).
        2. ANEXAR a cidade de Fiume (Rijeka), seja por negociação, pressão ou apoio a ações nacionalistas (Opção A da votação sobre Fiume).
        3. Obter partes significativas da Dalmácia e ilhas estratégicas no Adriático.
      • Secundários:
        1. OPOR-SE à formação de uma Iugoslávia excessivamente grande ou poderosa que possa ameaçar os interesses italianos no Adriático.
        2. Resistir à aplicação do princípio de autodeterminação de Wilson onde ele contradiz as promessas do Pacto de Londres ou as reivindicações nacionalistas italianas.
        3. Defender a proibição do Anschluss Áustria-Alemanha (Opção A da votação).
    • Sobre a Partilha do Império Otomano (Questão 3.3):
      • Primários:
        1. Obter o reconhecimento formal da soberania italiana sobre as Ilhas do Dodecaneso.
        2. Garantir uma zona de influência econômica e possivelmente um Mandato italiano no sul da Anatólia (região de Adália/Antália).
        3. Ser tratada como uma potência com direitos iguais aos de França e Reino Unido na partilha dos espólios otomanos.
      • Secundários:
        1. Apoiar (com cautela) as reivindicações gregas em Esmirna se isso não conflitar diretamente com as ambições italianas na Anatólia.
        2. Buscar concessões comerciais e direitos de exploração de recursos nas áreas de influência.


Rodada 4: Autodeterminação dos Povos (Ideal vs. Realidade)

  • Seus Argumentos e Contexto Histórico DETALHADOS (Itália - Rodada 4):
    • Sobre Plebiscitos (Questão 4.1):
      • "Plebiscitos? Para Fiume, certamente! A população italiana de Fiume clama por união com a Itália! Mas para o Tirol do Sul, que é estrategicamente vital para nossa defesa e onde a presença italiana é histórica, ou para a Ístria e Dalmácia, prometidas a nós, um plebiscito seria uma farsa para nos negar o que é nosso por direito. Os plebiscitos só são justos quando confirmam as aspirações italianas."
      • Ponto Histórico Relevante: A Itália usou o argumento da "italianidade" para Fiume, mas rejeitou plebiscitos em áreas como o Tirol do Sul.
    • Sobre Aplicação Universal aos Derrotados (Questão 4.2):
      • "O princípio da autodeterminação é interessante, mas não pode ser aplicado de forma a prejudicar os vencedores que tanto sacrificaram! A Áustria, nossa ex-inimiga, não pode simplesmente decidir se unir à Alemanha e criar uma ameaça ainda maior em nossa fronteira. Quanto às minorias, os territórios que reivindicamos têm laços históricos e culturais com a Itália que transcendem a mera contagem étnica do momento."
      • Ponto Histórico Relevante: A Itália opôs-se ao Anschluss e tinha uma visão particular sobre a "italianidade" dos territórios reivindicados.
    • Sobre Conflitos com Acordos/Estratégia (Questão 4.3):
      • "O Pacto de Londres é um acordo SAGRADO, assinado em tempos de guerra, que selou nossa aliança! Negar sua validade agora, em nome de um princípio vago como a autodeterminação (que o próprio Presidente Wilson parece aplicar seletivamente), é uma traição! Nossos ganhos no Adriático, nossa fronteira segura nos Alpes – tudo isso foi prometido e deve ser entregue. A estratégia e a palavra dada têm precedência sobre ideais abstratos."
      • Ponto Histórico Relevante: Este foi o cerne da posição italiana: a santidade do Pacto de Londres.
    • Sobre Colônias (Questão 4.4):
      • "A Itália, como Grande Potência, também tem direito a uma parte justa dos espólios coloniais. Se França e Grã-Bretanha estão expandindo seus impérios através de Mandatos, por que a Itália deveria ser excluída? Buscamos Mandatos na África ou na Anatólia como reconhecimento de nosso status e contribuição para a vitória. O sistema de Mandatos parece ser a nova forma de administrar territórios, e queremos nossa participação."
      • Ponto Histórico Relevante: A Itália tinha ambições coloniais e se sentiu desprestigiada na partilha dos mandatos.
  • Mini-Dicionário da Rodada (Itália - Rodada 4):
    • Fiume (Rijeka): Cidade portuária crucial, reivindicada pela Itália.
    • Tirol do Sul (Alto Ádige): Região alpina de maioria alemã, anexada pela Itália.
    • Ístria e Dalmácia: Regiões costeiras do Adriático com populações italianas e eslavas.
    • Pacto de Londres (1915): Acordo secreto que prometeu territórios à Itália.
    • Autodeterminação: Princípio do direito dos povos de escolherem seu destino.
    • Mandato: Administração de território ex-inimigo por vencedor.
    • Anatólia: Parte asiática da Turquia.
  • Questões-Chave para Debate (Comuns a Todos os Países):
    1. Plebiscitos são justos e eficazes para determinar a soberania em territórios etnicamente mistos ou disputados? (Imparcialidade? Vinculação dos resultados? Sobreposição por história/estratégia?)
    2. O princípio da autodeterminação deve ser aplicado universalmente, inclusive aos povos das nações derrotadas e às suas minorias étnicas? (Anschluss? Sudetos/Tirol? Culpa de guerra anula autodeterminação?)
    3. Como resolver conflitos entre o princípio da autodeterminação e promessas de guerra secretas (Pacto de Londres) ou interesses estratégicos/econômicos das Grandes Potências? (Qual princípio prevalece? Fiume? Corredor Polonês?)
    4. Qual deve ser o status dos povos sob domínio colonial das nações derrotadas (ex-colônias alemãs) e, por extensão, das próprias potências vencedoras? (Mandatos são tutela ou neocolonialismo? Direito igual à autodeterminação?)
  • Seus Objetivos DETALHADOS (Itália - Rodada 4):
    • Sobre Plebiscitos (Questão 4.1):
      • Primários:
        1. EXIGIR um plebiscito para Fiume, confiante de um resultado favorável à Itália (ou usar a "vontade popular" como argumento mesmo sem plebiscito).
        2. REJEITAR a ideia de plebiscitos no Tirol do Sul, Ístria ou Dalmácia, argumentando que são territórios italianos por direito histórico ou promessa do Pacto de Londres.
        3. Apoiar a Opção C (Decisão Direta dos Aliados) na votação, se isso garantir os ganhos italianos, ou A apenas para Fiume.
      • Secundários:
        1. Questionar a validade de qualquer plebiscito que possa ser desfavorável aos interesses italianos.
    • Sobre Aplicação Universal aos Derrotados (Questão 4.2):
      • Primários:
        1. Argumentar que a autodeterminação NÃO se aplica a populações alemãs no Tirol do Sul (território estrategicamente vital para a Itália).
        2. OPOR-SE ao Anschluss Áustria-Alemanha, pois criaria uma fronteira muito mais perigosa para a Itália (Opção A da votação).
        3. Ser indiferente à aplicação do princípio a outras minorias alemãs, desde que não afete a Itália.
      • Secundários:
        1. Usar a questão da autodeterminação para justificar a desintegração da Áustria-Hungria, da qual a Itália se beneficiou.
    • Sobre Conflitos com Acordos/Estratégia (Questão 4.3):
      • Primários:
        1. DEFENDER que o Pacto de Londres e os interesses estratégicos italianos DEVEM TER PRECEDÊNCIA ABSOLUTA sobre o princípio de autodeterminação em caso de conflito (Opção A da votação).
        2. Insistir que Fiume é um interesse estratégico e nacional vital que não pode ser sacrificado por "princípios abstratos".
      • Secundários:
        1. Denunciar a intransigência de Wilson como uma tentativa de minar os justos ganhos da Itália.
    • Sobre Colônias (Questão 4.4):
      • Primários:
        1. Exigir que a Itália receba Mandatos significativos na África (expansão da Líbia/Somália) e/ou uma zona de influência/mandato na Anatólia como reconhecimento de seu status de Grande Potência.
        2. Apoiar o Sistema de Mandatos (Opção A da votação), desde que a Itália seja uma beneficiária justa.
        3. Argumentar que a Itália também tem uma "missão civilizatória" e capacidade de administrar territórios.
      • Secundários:
        1. Opor-se a um monopólio franco-britânico sobre os mandatos.
        2. Não se preocupar com cronogramas de independência para os mandatos.

Rodada 5: Criação da Liga das Nações (Esperança ou Ilusão?)

  • Seus Argumentos e Contexto Histórico DETALHADOS (Itália - Rodada 5):
    • "A Itália, como uma das Quatro Grandes Potências vitoriosas, espera desempenhar um papel central na nova Liga das Nações. Vemos a Liga principalmente como um fórum para consolidar o status e os ganhos das potências vencedoras e para garantir que a nova ordem internacional respeite nossos interesses. Apoiamos a ideia de segurança coletiva, desde que ela não seja usada para questionar nossos justos ganhos territoriais ou nossa esfera de influência no Adriático e no Mediterrâneo. Um assento permanente no Conselho Executivo é um direito inegável da Itália. Quanto aos poderes militares, somos pragmáticos: se a Liga tiver força, que ela sirva aos interesses dos Aliados; se não tiver, confiaremos em nossas próprias forças e alianças."
    • Ponto Histórico Relevante: A Itália estava mais focada em seus ganhos territoriais e em ser reconhecida como Grande Potência do que nos aspectos idealistas da Liga. Queria um lugar de destaque, mas temia que a Liga pudesse ser usada contra seus interesses (Ex: na questão de Fiume).
  • Mini-Dicionário da Rodada (Itália - Rodada 5):
    • Liga das Nações (Sociedade das Nações): Organização internacional proposta para:
      1. Prevenir guerras: Através de diplomacia, arbitragem, mediação.
      2. Promover Segurança Coletiva: Ataque a um = ataque a todos (Artigo X).
      3. Supervisionar Desarmamento.
      4. Resolver Disputas.
      5. Promover Cooperação (saúde, trabalho, etc.).
    • Pacto da Liga: Documento fundamental da Liga.
    • Conselho Executivo (da Liga): Órgão menor com Grandes Potências.
    • Assembleia Geral (da Liga): Todos os membros representados.
    • Status de Grande Potência: Reconhecimento de um país como um dos principais atores no cenário internacional.
    • Esfera de Influência: Região onde uma potência externa tem considerável poder ou interesse, mesmo sem soberania formal.
  • Questões-Chave para Debate (Comuns a Todos os Países):
    1. Qual deve ser a estrutura de poder e o processo decisório da Liga das Nações? (Assembleia soberana ou Conselho dominante? Voto igual ou ponderado? Unanimidade ou maioria?)
    2. A Liga das Nações deve possuir sua própria força militar para impor a paz e suas resoluções? (Órgão diplomático apenas? Força militar permanente? Forças nacionais à disposição?)
    3. Quem poderá (ou deverá) fazer parte da Liga das Nações e em que condições? (Adesão universal? Restrita a vencedores/neutros? Condições para derrotados?)
  • Seus Objetivos DETALHADOS (Itália - Rodada 5):
    • Sobre Estrutura de Poder e Votação (Questão 5.1):
      • Primários:
        1. GARANTIR um assento permanente para a Itália no Conselho Executivo da Liga, com os mesmos direitos e poder de veto (ou influência via unanimidade) que França e Reino Unido (Opção B da votação).
        2. Assegurar que o Conselho Executivo, onde a Itália terá voz forte, seja o principal órgão decisório sobre questões de paz e segurança.
      • Secundários:
        1. Limitar o poder da Assembleia Geral em questões que possam contrariar os interesses das Grandes Potências.
        2. Usar sua posição no Conselho para proteger os ganhos territoriais italianos de qualquer revisão futura pela Liga.
    • Sobre Forças Militares da Liga (Questão 5.2):
      • Primários:
        1. Adotar uma posição pragmática: se a Liga tiver uma força militar, a Itália deve ter participação proporcional em seu comando e composição, e ela deve ser usada para defender os interesses dos Aliados.
        2. Se não houver força militar da Liga (Opção A da votação), focar em fortalecer as próprias forças armadas italianas e alianças bilaterais.
      • Secundários:
        1. Evitar compromissos militares automáticos via Liga que possam arrastar a Itália para conflitos distantes ou indesejados.
        2. Ser cético quanto à viabilidade de uma força militar verdadeiramente internacional e eficaz.
    • Sobre Critérios de Adesão (Questão 5.3):
      • Primários:
        1. Apoiar a exclusão inicial da Alemanha e da Áustria da Liga, como forma de consolidar a vitória Aliada e garantir que os tratados sejam cumpridos (Opção A da votação).
        2. Garantir que a admissão futura de ex-inimigos seja condicionada à aceitação plena dos termos de paz e ao consentimento das Grandes Potências (incluindo a Itália).
      • Secundários:
        1. Ver a Iugoslávia (se admitida) com desconfiança e buscar limitar sua influência na Liga em questões adriáticas.
        2. Não ter forte oposição à entrada de nações neutras, desde que não desafiem o status quo favorável à Itália.

EUA

Seu Papel Geral na Conferência: Você representa os Estados Unidos da América, uma nação que entrou na guerra tardiamente mas com poder decisivo. Seu líder, Presidente Woodrow Wilson, chegou a Paris como um idealista, trazendo seus "14 Pontos" como base para uma paz justa, duradoura e uma nova ordem mundial baseada na diplomacia aberta e na Liga das Nações. Seu objetivo é moldar a paz segundo esses princípios, mas você enfrenta o pragmatismo e os interesses nacionais das potências europeias, além de uma crescente oposição política em casa que pode dificultar a ratificação de qualquer tratado.

Seu Sucesso em pontos:

  • Grande Sucesso (Ex: 110-130 pts): "A Liga Nasce, Paz Justa (Quase) Alcançada!"
    • Interpretação: A Liga das Nações foi criada com seus princípios centrais intactos (Artigo X). Os 14 Pontos foram largamente respeitados na definição de fronteiras e reparações (moderadas). Wilson é o arquiteto da nova paz.
  • Sucesso Significativo (Ex: 80-109 pts): "Liga Criada, Mas Compromissos Dolorosos."
    • Interpretação: A Liga foi estabelecida, mas Wilson teve que ceder em pontos importantes (reparações mais altas, algumas fronteiras não ideais, Artigo X enfraquecido) para garantir o apoio Aliado.
  • Resultado Misto/Compromisso (Ex: 50-79 pts): "Liga Frágil, Paz Imperfeita."
    • Interpretação: A Liga existe, mas muitos dos ideais de Wilson foram sacrificados. O tratado contém muitas sementes de conflito futuro. A "nova diplomacia" parece distante.
  • Decepção/Fracasso Parcial (Ex: 25-49 pts): "O Sonho Desfeito."
    • Interpretação: A Liga foi criada, mas é uma sombra do que Wilson queria, ou os termos do tratado são tão punitivos e injustos que contradizem todos os seus princípios.
  • Fracasso Total/Humilhação (Ex: 0-24 pts): "Velha Diplomacia Triunfa, Liga Morta."
    • Interpretação: A Liga não foi criada ou é totalmente ineficaz. A política de poder e os interesses nacionais egoístas dominaram completamente. A missão de Wilson falhou. (Historicamente, a não ratificação pelo Senado dos EUA foi um golpe duro, mesmo que a Liga tenha sido criada).

Rodada 1: Reparações e Restrições Militares Iniciais

  • Seus Argumentos e Contexto Histórico DETALHADOS (EUA - Rodada 1):
    • Sobre Reparações:
      • "Os Estados Unidos entraram nesta guerra não por ganhos materiais, mas para 'tornar o mundo seguro para a democracia' e estabelecer uma 'paz sem vitória' que seja justa e duradoura. Portanto, nossa visão sobre reparações é de moderação. A Alemanha deve, certamente, reparar os danos diretos causados pela sua invasão em nações como a Bélgica e a França. No entanto, exigir que ela pague pelos custos totais da guerra de todos os Aliados, incluindo pensões, ou impor uma 'Cláusula de Culpa de Guerra' (Artigo 231) que a humilhe desnecessariamente, é semear os ventos de futuras tempestades. Uma carga financeira esmagadora sobre a Alemanha pode levar ao seu colapso econômico, ao caos social e talvez à expansão do bolchevismo, o que prejudicaria a recuperação de toda a Europa e do comércio mundial. Devemos ser firmes, mas justos, e pensar nas consequências de longo prazo."
      • Ponto Histórico Relevante: Wilson inicialmente defendia reparações limitadas aos danos civis. A pressão de UK/França e a questão das dívidas de guerra Aliadas aos EUA forçaram-no a ceder em muitos pontos, embora ele permanecesse desconfortável com a dureza excessiva.
    • Sobre Restrições Militares:
      • "O militarismo agressivo foi uma das causas desta terrível guerra. Portanto, é essencial que a capacidade militar da Alemanha seja significativamente reduzida para que ela não possa mais ameaçar a paz. Apoiamos restrições severas ao seu exército, marinha e força aérea. No entanto, o Quarto dos nossos 14 Pontos clama por 'garantias adequadas dadas e recebidas de que os armamentos nacionais serão reduzidos ao nível mais baixo compatível com a segurança doméstica'. Isso implica um movimento em direção ao desarmamento GERAL, não apenas uma punição unilateral. Devemos ter cuidado para não impor condições tão humilhantes ou impraticáveis que apenas alimentem o revanchismo alemão. A desmilitarização de zonas como a Renânia pode ser necessária, mas a ocupação prolongada ou a criação de estados-fantoche são contrárias aos nossos princípios de soberania."
      • Ponto Histórico Relevante: Wilson apoiava o desarmamento alemão, mas o via no contexto de uma futura redução geral de armamentos. Ele frequentemente tentou mediar entre as posições extremas de França e Alemanha.
  • Mini-Dicionário da Rodada (EUA - Rodada 1):
    • 14 Pontos: Proposta de paz de Wilson (janeiro de 1918) delineando seus objetivos para um mundo pós-guerra justo, incluindo autodeterminação, diplomacia aberta e a Liga das Nações.
    • Reparações: Compensações financeiras/bens exigidas de um país derrotado.
    • Artigo 231 (Cláusula de Culpa de Guerra): Cláusula que declara a Alemanha responsável pela guerra.
    • Bolchevismo: Ideologia comunista russa, vista como uma ameaça.
    • Revanchismo: Desejo de vingança, especialmente por perdas territoriais ou humilhação.
    • Renânia: Região fronteiriça alemã com a França.
    • Soberania: Autoridade suprema de um Estado dentro de seu território.
    • Dívidas de Guerra Aliadas: Dinheiro que UK e França deviam aos EUA por empréstimos durante a guerra.
  • Questões-Chave para Debate (Comuns a Todos os Países):
    1. Qual deve ser a base para calcular as reparações devidas pela Alemanha (e, potencialmente, Áustria e Turquia)? (Danos diretos? Custos totais/pensões? Culpa de guerra?)
    2. Cláusula de Culpa de Guerra (Artigo 231): A Alemanha (e seus aliados) devem ser formalmente declarados os únicos responsáveis por causar todas as perdas e danos da guerra? (Implicações morais/legais? Condição para reparações?)
    3. Como as reparações devem ser pagas e qual a capacidade real de pagamento da Alemanha (e dos outros derrotados)? (Riscos de carga insustentável? Dinheiro/bens? Garantias?)
    4. Quais restrições militares iniciais devem ser impostas à Alemanha, Áustria e Turquia? (Tamanho dos exércitos? Armamentos proibidos? Desmilitarização de zonas?)
  • Seus Objetivos DETALHADOS (EUA - Rodada 1):
    • Sobre Reparações (Questões 1.1, 1.2, 1.3):
      • Primários:
        1. Promover que as reparações alemãs sejam baseadas primariamente em danos materiais diretos causados a civis e propriedades, e não nos custos totais da guerra ou pensões Aliadas.
        2. Resistir ou suavizar a inclusão de uma "Cláusula de Culpa de Guerra" (Artigo 231) que atribua responsabilidade moral exclusiva à Alemanha, vendo-a como desnecessariamente provocativa.
        3. Garantir que o montante final das reparações seja realista e não destrua a capacidade econômica da Alemanha de se recuperar, para evitar instabilidade futura e permitir que ela participe da economia mundial (e pague suas obrigações indiretamente).
      • Secundários:
        1. Mediar as exigências extremas da França e a resistência alemã, buscando um compromisso.
        2. Considerar (com relutância, devido à pressão interna e dos Aliados) a criação de uma Comissão de Reparações para determinar o valor final mais tarde, adiando uma decisão potencialmente divisiva.
        3. Lembrar aos Aliados que sua capacidade de pagar as dívidas de guerra aos EUA depende, em parte, da recuperação econômica europeia, incluindo a da Alemanha.
    • Sobre Restrições Militares (Questão 1.4):
      • Primários:
        1. Apoiar restrições militares significativas e verificáveis à Alemanha (exército, marinha, força aérea, armas ofensivas) para garantir a segurança e prevenir futuras agressões.
        2. Enquadrar o desarmamento alemão como um primeiro passo em direção a uma futura redução geral de armamentos por todas as nações (Ponto 4 dos 14 Pontos), mesmo que a reciprocidade imediata seja improvável.
        3. Mediar as exigências francesas sobre a Renânia, buscando uma solução que garanta a segurança francesa (desmilitarização) sem violar excessivamente a soberania alemã ou criar ressentimento extremo (evitar ocupação permanente ou independência forçada).
      • Secundários:
        1. Garantir que as restrições à Áustria e Turquia sejam proporcionais e visem a estabilidade regional, não a punição excessiva.
        2. Evitar que a questão do desarmamento se torne um obstáculo intransponível para a criação da Liga das Nações.
        3. Manter a credibilidade dos EUA como uma potência que busca uma paz justa e baseada em princípios, não apenas nos interesses dos vencedores.

Rodada 2: O Destino dos Impérios (Austro-Húngaro, Otomano e Alemão)

  • Seus Argumentos e Contexto Histórico DETALHADOS (EUA - Rodada 2):
    • Sobre o Império Austro-Húngaro (Futuro da Áustria):
      • "A dissolução do Império Austro-Húngaro deve dar lugar a novos estados baseados no princípio da autodeterminação dos povos (Ponto 10 dos 14 Pontos). Apoiamos o direito da Polônia, Tchecoslováquia e dos povos iugoslavos à independência e a fronteiras seguras e justas. Quanto à Áustria 'alemã', seu povo também tem direito à autodeterminação. Se desejarem formar uma república independente, devemos apoiar. Se desejarem se unir à Alemanha (Anschluss), este é um assunto que deve ser considerado seriamente à luz do mesmo princípio, embora reconheçamos as preocupações de segurança de seus vizinhos. A imposição externa de um regime ou a proibição absoluta da vontade popular é contrária aos nossos ideais."
      • Ponto Histórico Relevante: Wilson defendia a autodeterminação, mas na prática teve que ceder à pressão francesa e de outros Aliados para proibir o Anschluss.
    • Sobre o Império Otomano (Futuro Político da Turquia):
      • "O Ponto 12 de nossos 14 Pontos é claro: as porções turcas do atual Império Otomano devem ter sua soberania assegurada. No entanto, as outras nacionalidades que estiveram sob domínio turco devem ter garantia de segurança e oportunidade de desenvolvimento autônomo. Apoiamos a emergência de uma Armênia independente e a autonomia para os povos árabes, preferencialmente através de Mandatos da Liga das Nações que visem sua eventual independência, não a anexação colonial. A forma de governo interna da Turquia é uma questão para o povo turco, mas esperamos que seja um regime que respeite os direitos das minorias e os acordos internacionais."
      • Ponto Histórico Relevante: Os EUA apoiaram a ideia de uma Armênia independente (embora o mandato americano tenha sido recusado pelo Senado) e o sistema de Mandatos para os territórios árabes.
    • Sobre o Império Alemão (Regime Político Alemão):
      • "A Alemanha precisa de um governo estável e democrático que rompa com o autoritarismo e o militarismo do passado imperial. A República de Weimar parece ser um passo nessa direção. Não buscamos impor uma constituição à Alemanha, pois isso violaria sua soberania. No entanto, esperamos que o novo regime alemão se comprometa com os princípios democráticos e com o cumprimento pacífico do tratado de paz. Um retorno ao militarismo ou a queda no extremismo (seja bolchevique ou nacionalista radical) seria uma ameaça à paz europeia que tanto lutamos para alcançar."
      • Ponto Histórico Relevante: Os EUA preferiam ver uma Alemanha democrática e estável, mas não intervieram diretamente na sua forma de governo, focando mais nos termos do tratado.
  • Mini-Dicionário da Rodada (EUA - Rodada 2):
    • Autodeterminação: Princípio que defende o direito de um povo de escolher seu próprio destino político.
    • 14 Pontos: Proposta de paz de Wilson, base para a nova ordem mundial.
    • Anschluss: União Áustria-Alemanha.
    • Mandatos: Administração de territórios ex-inimigos por vencedores, sob supervisão teórica da Liga.
    • Soberania: Autoridade suprema de um Estado.
    • República de Weimar: Governo democrático alemão pós-1918.
    • Militarismo: Crença na importância e no poderio militar como pilar do Estado.
  • Questões-Chave para Debate (Comuns a Todos os Países):
    1. Império Austro-Húngaro: Com a dissolução do império, qual deve ser o destino político da Áustria "remanescente"? (Nome, forma de governo? Anschluss permitido/proibido? Impacto nos vizinhos?)
    2. Império Otomano: Qual será o futuro político da Turquia e o status de seu líder tradicional? (Sultanato/Califado vs. República? Quem representa a Turquia: Sultão ou Kemal? Influência na aceitação dos termos?)
    3. Império Alemão: Com a abdicação do Kaiser, qual forma de governo a Alemanha deve consolidar para ser aceita na nova ordem europeia? (República de Weimar é legítima? Aliados devem impor condições constitucionais? Risco de extremismo?)
  • Seus Objetivos DETALHADOS (EUA - Rodada 2):
    • Sobre o Império Austro-Húngaro (Questão 2.1 - Futuro da Áustria):
      • Primários:
        1. Defender o direito da Áustria à autodeterminação, incluindo a consideração de sua forma de governo (República é preferível) e, idealmente, a possibilidade de o povo austríaco decidir sobre o Anschluss através de um plebiscito justo (embora reconhecendo as fortes objeções Aliadas).
        2. Apoiar a criação de estados sucessores independentes e viáveis (Tchecoslováquia, Polônia, Iugoslávia) com base na autodeterminação, com fronteiras que respeitem as nacionalidades.
        3. Mediar entre as demandas da Áustria e as de seus vizinhos (especialmente Itália) para evitar injustiças flagrantes.
      • Secundários:
        1. Garantir que a Áustria não se torne um foco de instabilidade ou um Estado-fantoche de outra potência.
        2. Promover regimes democráticos nos novos estados.
    • Sobre o Império Otomano (Questão 2.2 - Futuro Político da Turquia):
      • Primários:
        1. Assegurar a soberania para as porções turcas do Império Otomano, conforme o Ponto 12.
        2. Promover a autonomia e o desenvolvimento seguro para as nacionalidades não turcas (armênios, árabes), idealmente através de Mandatos da Liga que visem à futura independência.
        3. Apoiar a emergência de um governo turco estável e representativo (seja qual for sua forma – Sultão reformado ou novo regime) que respeite os direitos das minorias e os acordos.
      • Secundários:
        1. Advogar pela criação de uma Armênia independente e viável.
        2. Garantir a internacionalização ou o livre acesso aos Estreitos Turcos.
        3. Evitar que a partilha do Império Otomano se torne apenas uma apropriação colonial por UK e França.
    • Sobre o Império Alemão (Questão 2.3 - Regime Político Alemão):
      • Primários:
        1. Encorajar e reconhecer a República de Weimar como um passo em direção a uma Alemanha democrática e pacífica.
        2. Opor-se à intervenção direta dos Aliados na definição da constituição alemã ou no desmembramento interno forçado da Alemanha (além das perdas territoriais já discutidas).
        3. Insistir que o novo regime alemão renuncie formalmente ao militarismo agressivo do passado e se comprometa com os princípios da Liga das Nações.
      • Secundários:
        1. Buscar garantias de que o governo alemão será estável o suficiente para cumprir os termos do tratado de paz.
        2. Alertar contra medidas que possam desestabilizar a Alemanha a ponto de favorecer o extremismo (bolchevismo ou nacionalismo radical).

Rodada 3: Questões de Fronteiras e Territórios (Redesenhando o Mapa)

  • Seus Argumentos e Contexto Histórico DETALHADOS (EUA - Rodada 3):
    • Sobre as Fronteiras do Império Alemão:
      • "A devolução da Alsácia-Lorena à França é uma questão de justiça, corrigindo um erro histórico. No entanto, outras transferências de território alemão devem ser feitas com extrema cautela e, sempre que possível, baseadas no princípio da autodeterminação ou em plebiscitos justos. A criação de um Corredor Polonês é uma necessidade para dar à Polônia acesso ao mar (Ponto 13), mas Dantzig, uma cidade predominantemente alemã, deveria idealmente ser uma Cidade Livre sob a Liga, não anexada. A Renânia deve ser desmilitarizada, mas uma ocupação prolongada ou a criação de um estado fantoche são contrárias à soberania e semeiam ressentimento."
      • Ponto Histórico Relevante: Wilson apoiou a Alsácia-Lorena para a França e um acesso polonês ao mar, mas relutou em transferências de território puramente punitivas e defendia plebiscitos.
    • Sobre o Desmembramento do Império Austro-Húngaro:
      • "Este é o campo onde o princípio da autodeterminação (Ponto 10) deve ser aplicado com mais vigor para criar estados nacionais viáveis e justos: Tchecoslováquia, Polônia (em suas partes ex-austríacas), Iugoslávia. No entanto, as reivindicações italianas baseadas no Pacto de Londres secreto colidem frontalmente com este princípio, especialmente em Fiume e partes da Dalmácia, que são etnicamente eslavas, e no Tirol do Sul, que é alemão. Não podemos endossar trocas de povos como se fossem gado. O Anschluss Áustria-Alemanha é uma questão complexa: se ambos os povos desejam democraticamente, proibir é negar a autodeterminação, mas reconhecemos as preocupações de segurança."
      • Ponto Histórico Relevante: Wilson teve seu maior confronto com a Itália sobre Fiume e a Dalmácia, defendendo a autodeterminação iugoslava contra o Pacto de Londres.
    • Sobre a Partilha do Império Otomano:
      • "As porções turcas do Império Otomano devem ter sua soberania assegurada (Ponto 12). As outras nacionalidades, como os armênios e os árabes, merecem autonomia e segurança. Apoiamos a criação de uma Armênia independente e o sistema de Mandatos da Liga para os territórios árabes, com o objetivo claro de prepará-los para a independência, não para a exploração colonial. Qualquer arranjo nos Estreitos Turcos deve garantir a livre passagem para todas as nações."
      • Ponto Histórico Relevante: Os EUA defenderam uma Armênia independente (embora o mandato americano tenha sido rejeitado) e viam os Mandatos como uma tutela temporária.
  • Mini-Dicionário da Rodada (EUA - Rodada 3):
    • Autodeterminação: Princípio do direito dos povos de escolherem seu próprio destino político.
    • Plebiscito: Votação popular direta sobre uma questão política.
    • 14 Pontos: Proposta de paz de Wilson.
    • Pacto de Londres (1915): Acordo secreto prometendo territórios à Itália.
    • Fiume (Rijeka): Cidade portuária disputada.
    • Dantzig (Gdańsk): Cidade portuária no Báltico.
    • Corredor Polonês: Faixa de terra para acesso polonês ao mar.
    • Anschluss: União Áustria-Alemanha.
    • Mandato: Administração de um território ex-inimigo por uma potência vencedora, sob supervisão da Liga.
    • Estreitos Turcos: Bósforo e Dardanelos.
  • Questões-Chave para Debate (Comuns a Todos os Países):
    1. Fronteiras do Império Alemão: Quais territórios a Alemanha deve ceder na Europa e qual o status de zonas estratégicas como a Renânia e o Sarre? (Alsácia-Lorena? Sarre? Renânia ocupada/desmilitarizada/independente? Corredor Polonês/Dantzig/Alta Silésia/Memel? Plebiscitos?)
    2. Desmembramento do Império Austro-Húngaro e Fronteiras da Europa Central/Bálcãs: Como as novas fronteiras dos estados sucessores (Áustria, Hungria, Tchecoslováquia, Polônia, Iugoslávia) e dos vizinhos vitoriosos (Itália, Romênia) devem ser traçadas? (Pacto de Londres vs. Nacionalidade? Fiume? Minorias?)
    3. Partilha do Império Otomano e o Oriente Médio: Qual será o destino final da Anatólia e dos vastos territórios árabes do Império Otomano? (Grécia em Esmirna? Zonas de influência na Anatólia? Mandatos árabes? Armênia/Curdistão?)
  • Seus Objetivos DETALHADOS (EUA - Rodada 3):
    • Sobre as Fronteiras do Império Alemão (Questão 3.1):
      • Primários:
        1. Apoiar a devolução da Alsácia-Lorena à França (Ponto 8).
        2. Promover soluções baseadas em plebiscitos justos para áreas etnicamente mistas como a Alta Silésia (Opção A da votação) e o Sarre (administração da Liga com plebiscito futuro - Opção A).
        3. Apoiar a criação de um Corredor Polonês com Dantzig como Cidade Livre sob a Liga (Ponto 13 e Opção A da votação), como um compromisso para o acesso polonês ao mar.
      • Secundários:
        1. Apoiar a desmilitarização da Renânia, mas ser cético quanto à ocupação Aliada de longo prazo ou à criação de um Estado Renano independente (Opção B ou A, mas não C da votação).
        2. Garantir que as perdas territoriais alemãs não sejam tão severas a ponto de tornar o país economicamente inviável ou excessivamente ressentido.
    • Sobre o Desmembramento do Império Austro-Húngaro (Questão 3.2):
      • Primários:
        1. Defender vigorosamente o princípio da autodeterminação na definição das fronteiras dos novos estados (Tchecoslováquia, Polônia, Iugoslávia, Áustria, Hungria), baseando-se em linhas étnicas o máximo possível (Ponto 10).
        2. OPOR-SE às reivindicações italianas sobre Fiume e partes da Dalmácia por violarem a autodeterminação dos povos eslavos (Opção B ou C da votação sobre Fiume).
        3. Questionar a entrega do Tirol do Sul (de maioria alemã) à Itália, embora reconhecendo a complexidade devido ao Pacto de Londres (idealmente Opção B da votação sobre reivindicações italianas).
      • Secundários:
        1. Considerar a questão do Anschluss Áustria-Alemanha primariamente sob a ótica da autodeterminação, mas estar disposto a aceitar uma proibição se for consenso entre os Aliados por razões de segurança (Opção A ou B da votação sobre Anschluss).
        2. Garantir a viabilidade econômica e o acesso a rotas comerciais para os novos estados sem litoral.
    • Sobre a Partilha do Império Otomano (Questão 3.3):
      • Primários:
        1. Assegurar a soberania turca sobre as regiões predominantemente turcas da Anatólia e Trácia Oriental (Ponto 12).
        2. Promover a autonomia e a segurança para as nacionalidades não turcas, especialmente apoiando a criação de um Estado Armênio independente e viável.
        3. Apoiar o sistema de Mandatos da Liga para os territórios árabes (Síria, Mesopotâmia, Palestina), com o objetivo claro de prepará-los para a independência, não para exploração colonial (Opção B da votação sobre territórios árabes).
      • Secundários:
        1. Garantir a internacionalização e a livre passagem pelos Estreitos Turcos (Bósforo e Dardanelos) para todas as nações.
        2. Opor-se a zonas de influência ou anexações diretas por potências europeias na Anatólia.
        3. Mediar entre os interesses de UK e França no Oriente Médio para garantir a aplicação dos princípios da Liga.


Rodada 4: Autodeterminação dos Povos (Ideal vs. Realidade)

  • Seus Argumentos e Contexto Histórico DETALHADOS (EUA - Rodada 4):
    • Sobre Plebiscitos (Questão 4.1):
      • "Acreditamos firmemente que os plebiscitos, quando conduzidos de forma livre e justa sob supervisão internacional (idealmente da Liga das Nações), são a melhor ferramenta para determinar a vontade dos povos em territórios disputados. Eles devem ser o mecanismo principal para resolver questões como a da Alta Silésia, Schleswig e outras áreas etnicamente complexas. Embora os resultados devam ser respeitados, entendemos que em alguns casos podem surgir complexidades que exigem soluções de compromisso para garantir a viabilidade e a paz."
      • Ponto Histórico Relevante: Wilson era um grande defensor dos plebiscitos como aplicação da autodeterminação.
    • Sobre Aplicação Universal aos Derrotados (Questão 4.2):
      • "O princípio da autodeterminação deve, idealmente, ser aplicado a todos os povos, incluindo os das nações derrotadas. A proibição do Anschluss Áustria-Alemanha, se ambos os povos o desejarem democraticamente, é difícil de justificar sob este princípio puro, embora reconheçamos as profundas preocupações de segurança de nações como a França. Da mesma forma, a transferência de grandes populações alemãs para outros estados sem seu consentimento (Sudetos, Tirol do Sul) é problemática. Devemos buscar um equilíbrio entre o princípio e a necessidade de uma paz estável, talvez com fortes garantias para os direitos das minorias."
      • Ponto Histórico Relevante: Wilson enfrentou enorme pressão para ceder na aplicação da autodeterminação aos derrotados quando isso conflitava com os interesses estratégicos dos Aliados.
    • Sobre Conflitos com Acordos/Estratégia (Questão 4.3):
      • "Acordos secretos feitos em tempos de guerra, como o Pacto de Londres, que prometem territórios sem considerar a vontade dos habitantes, são relíquias de uma velha diplomacia que buscamos superar (Ponto 1 dos 14 Pontos). O princípio da autodeterminação deve ter precedência sobre tais acordos. Em casos como Fiume, a vontade da população local e as necessidades da região devem ser os guias, não pactos secretos que trocam povos como peões. Interesses estratégicos não podem justificar a violação flagrante dos direitos dos povos."
      • Ponto Histórico Relevante: O confronto de Wilson com a Itália sobre Fiume e o Pacto de Londres foi um dos momentos mais tensos da conferência.
    • Sobre Colônias (Questão 4.4):
      • "O Ponto 5 de nossos 14 Pontos clama por um 'ajuste livre, aberto e absolutamente imparcial de todas as reivindicações coloniais', levando em conta os 'interesses das populações concernidas'. O sistema de Mandatos da Liga das Nações é um passo nessa direção, se for genuinamente uma tutela visando o desenvolvimento e eventual autogoverno desses povos, e não uma nova forma de imperialismo. A 'porta aberta' para o comércio deve ser garantida em todos os mandatos. Acreditamos que a autodeterminação é um direito universal que, com o tempo, deve se estender a todos os povos."
      • Ponto Histórico Relevante: Os EUA viam os Mandatos com mais idealismo do que UK/França, embora na prática o sistema tenha tido muitas falhas em promover a independência rapidamente.
  • Mini-Dicionário da Rodada (EUA - Rodada 4):
    • Autodeterminação: Direito dos povos de escolherem seu próprio destino político.
    • Plebiscito: Votação popular direta.
    • 14 Pontos: Proposta de paz de Wilson.
    • Anschluss: União Áustria-Alemanha.
    • Pacto de Londres (1915): Acordo secreto prometendo territórios à Itália.
    • Fiume (Rijeka): Cidade portuária disputada.
    • Sudetos (Sudetenland) / Tirol do Sul: Regiões com população alemã fora da Alemanha/Áustria.
    • Mandato: Administração de território ex-inimigo, sob supervisão da Liga.
    • "Porta Aberta": Política de acesso comercial igualitário.
    • Tutela: Orientação e proteção dada a alguém considerado incapaz de se autogerir.
  • Questões-Chave para Debate (Comuns a Todos os Países):
    1. Plebiscitos são justos e eficazes para determinar a soberania em territórios etnicamente mistos ou disputados? (Imparcialidade? Vinculação dos resultados? Sobreposição por história/estratégia?)
    2. O princípio da autodeterminação deve ser aplicado universalmente, inclusive aos povos das nações derrotadas e às suas minorias étnicas? (Anschluss? Sudetos/Tirol? Culpa de guerra anula autodeterminação?)
    3. Como resolver conflitos entre o princípio da autodeterminação e promessas de guerra secretas (Pacto de Londres) ou interesses estratégicos/econômicos das Grandes Potências? (Qual princípio prevalece? Fiume? Corredor Polonês?)
    4. Qual deve ser o status dos povos sob domínio colonial das nações derrotadas (ex-colônias alemãs) e, por extensão, das próprias potências vencedoras? (Mandatos são tutela ou neocolonialismo? Direito igual à autodeterminação?)
  • Seus Objetivos DETALHADOS (EUA - Rodada 4):
    • Sobre Plebiscitos (Questão 4.1):
      • Primários:
        1. Defender o uso de plebiscitos justos e supervisionados pela Liga como o principal método para determinar a soberania em territórios etnicamente disputados (Opção A da votação).
        2. Insistir que os resultados dos plebiscitos sejam o fator preponderante na decisão final, minimizando a influência de considerações puramente estratégicas ou históricas que contradigam a vontade popular.
      • Secundários:
        1. Propor mecanismos claros para a organização e supervisão imparcial dos plebiscitos.
        2. Argumentar que a aceitação dos resultados dos plebiscitos é essencial para a legitimidade da nova ordem.
    • Sobre Aplicação Universal aos Derrotados (Questão 4.2):
      • Primários:
        1. Argumentar pela aplicação mais consistente possível do princípio da autodeterminação a TODOS os povos europeus, incluindo alemães e austríacos, mesmo que isso signifique considerar o Anschluss ou ajustes fronteiriços nos Sudetos/Tirol (Opção C da votação é o ideal, B como compromisso).
        2. Defender que a "culpa de guerra" não deve anular o direito fundamental de um povo à autodeterminação em questões de soberania territorial.
      • Secundários:
        1. Se a aplicação plena for impossível devido à oposição Aliada, lutar por fortes garantias internacionais para os direitos das minorias alemãs/austríacas que ficarem sob domínio estrangeiro.
        2. Tentar mediar para evitar soluções excessivamente punitivas que gerem irredentismo.
    • Sobre Conflitos com Acordos/Estratégia (Questão 4.3):
      • Primários:
        1. Insistir que o princípio da autodeterminação deve ter precedência sobre acordos secretos prévios (como o Pacto de Londres) que foram feitos sem o consentimento dos povos envolvidos (Opção C da votação).
        2. OPOR-SE firmemente à anexação de Fiume pela Itália e a outras reivindicações baseadas puramente no Pacto de Londres que violem a clara vontade da maioria da população local.
      • Secundários:
        1. Buscar soluções de compromisso que respeitem a autodeterminação o máximo possível, mesmo que exijam a renegociação de acordos anteriores (Opção B da votação).
        2. Criticar a "velha diplomacia" de poder e acordos secretos, defendendo a transparência da "nova diplomacia".
    • Sobre Colônias (Questão 4.4):
      • Primários:
        1. Defender que o Sistema de Mandatos seja uma tutela genuína com o objetivo claro de preparar os povos para o autogoverno e eventual independência, sob estrita supervisão da Liga das Nações (Opção B da votação).
        2. Promover a "porta aberta" comercial em todos os territórios mandatados, evitando o monopólio da potência mandatária.
        3. Argumentar que o princípio da autodeterminação, a longo prazo, também se aplica aos povos colonizados.
      • Secundários:
        1. Questionar a duração indefinida dos mandatos e a falta de voz das populações locais na escolha da potência mandatária.
        2. Resistir à transformação dos mandatos em meras anexações coloniais disfarçadas.

Rodada 5: Criação da Liga das Nações (Esperança ou Ilusão?)

  • Seus Argumentos e Contexto Histórico DETALHADOS (EUA - Rodada 5):
    • "A Liga das Nações é a pedra angular da nova ordem mundial que os Estados Unidos vieram a Paris para construir (Ponto 14 dos 14 Pontos). É a nossa maior esperança para acabar com a guerra como instrumento de política e substituir a anarquia internacional por um sistema de segurança coletiva, diplomacia aberta e justiça baseada na lei. A Liga deve ser uma assembleia de nações, grandes e pequenas, onde as disputas são resolvidas por discussão e arbitragem, não pela força. O Artigo X do Pacto, que garante a integridade territorial e a independência política dos membros, é o coração da Liga. Entendemos as preocupações sobre soberania, mas algum grau de compromisso mútuo é essencial para a paz. A Liga não precisa de um exército próprio maciço; sua força virá da união moral e da cooperação de seus membros. Sua adesão deve ser o mais universal possível para ser verdadeiramente eficaz."
    • Ponto Histórico Relevante: Wilson considerava a Liga sua missão mais importante e estava disposto a fazer muitos compromissos em outras áreas para garantir sua criação. O Artigo X foi particularmente controverso no Senado dos EUA.
  • Mini-Dicionário da Rodada (EUA - Rodada 5):
    • Liga das Nações (Sociedade das Nações): Organização internacional proposta para:
      1. Prevenir guerras: Através de diplomacia, arbitragem (decisão por juiz neutro), mediação.
      2. Promover Segurança Coletiva: Ataque a um = ataque a todos (Artigo X). É fundamental que seus alunos entendam que a ideia era que, se um país atacasse outro membro da Liga, todos os outros membros deveriam agir juntos para deter o agressor, seja com sanções econômicas ou, em último caso, com força militar combinada (embora a Liga não tivesse seu próprio exército).
      3. Supervisionar Desarmamento: Incentivar a redução de armas.
      4. Resolver Disputas Internacionais.
      5. Promover Cooperação (saúde, trabalho, etc.).
    • Pacto da Liga: O documento/constituição da Liga das Nações.
    • Artigo X (do Pacto): Cláusula chave que comprometia os membros a "respeitar e preservar contra agressão externa a integridade territorial e a independência política existente de todos os Membros da Liga". Foi muito criticado nos EUA por parecer um compromisso de entrar em guerra automaticamente.
    • Soberania Nacional: A autoridade suprema de um Estado, que alguns temiam ser diminuída pela Liga.
    • Arbitragem: Método de resolver disputas onde as partes concordam em submeter seu caso a um terceiro neutro (árbitro) e aceitar sua decisão.
    • Universalidade: O princípio de que a Liga deveria incluir o maior número possível de nações para ser eficaz.
  • Questões-Chave para Debate (Comuns a Todos os Países):
    1. Qual deve ser a estrutura de poder e o processo decisório da Liga das Nações? (Assembleia soberana ou Conselho dominante? Voto igual ou ponderado? Unanimidade ou maioria?)
    2. A Liga das Nações deve possuir sua própria força militar para impor a paz e suas resoluções? (Órgão diplomático apenas? Força militar permanente? Forças nacionais à disposição?)
    3. Quem poderá (ou deverá) fazer parte da Liga das Nações e em que condições? (Adesão universal? Restrita a vencedores/neutros? Condições para derrotados?)
  • Seus Objetivos DETALHADOS (EUA - Rodada 5):
    • Sobre Estrutura de Poder e Votação (Questão 5.1):
      • Primários:
        1. Defender uma estrutura equilibrada, onde a Assembleia Geral (com voto igual para todos os membros) tenha um papel significativo em debates e recomendações, e o Conselho Executivo (com as Grandes Potências como membros permanentes) lide com questões de paz e segurança, idealmente com decisões importantes necessitando de um alto grau de consenso, mas não necessariamente unanimidade paralisante (Opção C da votação, ou A com modificações).
        2. Resistir à dominação total do Conselho pelas Grandes Potências ou a um poder de veto irrestrito que possa impedir a ação da Liga.
      • Secundários:
        1. Promover a transparência nos procedimentos da Liga.
        2. Assegurar que os EUA tenham um papel de liderança apropriado, mas não hegemônico.
    • Sobre Forças Militares da Liga (Questão 5.2):
      • Primários:
        1. Defender que a Liga NÃO tenha sua própria força militar permanente, mas dependa da cooperação dos Estados membros, sanções econômicas e da força moral de suas decisões para manter a paz (Opção A da votação).
        2. Argumentar que o Artigo X já implica um compromisso de ação coletiva, sem a necessidade de um exército da Liga, que seria complexo de gerenciar e uma ameaça à soberania.
      • Secundários:
        1. Considerar a Opção C (Forças Nacionais à Disposição) apenas se os compromissos forem claramente definidos e não automáticos, e com aprovação do Congresso dos EUA para cada caso.
        2. Enfatizar o desarmamento (Ponto 4) como a melhor garantia de paz, mais do que uma força militar da Liga.
    • Sobre Critérios de Adesão (Questão 5.3):
      • Primários:
        1. Advogar pela maior universalidade possível da Liga, com a adesão aberta a todas as nações autogovernadas que se comprometam com seus princípios, incluindo as nações derrotadas (após a assinatura da paz e demonstração de intenções pacíficas) e, eventualmente, a Rússia (Opção B da votação).
        2. Argumentar que uma Liga exclusiva dos vencedores não será eficaz a longo prazo e parecerá uma mera aliança para manter o status quo.
      • Secundários:
        1. Aceitar um período probatório para a Alemanha, mas com um caminho claro para a adesão.
        2. Promover a Liga como um instrumento de reconciliação e integração, não de exclusão.




Alemanha

Seu Papel Geral na Conferência: Você representa a nova República de Weimar, estabelecida após a abdicação do Kaiser e o fim da guerra. Vocês foram convidados a Versalhes não para negociar, mas para ouvir os termos da paz impostos pelos Aliados. Sua principal esperança reside nos "14 Pontos" do Presidente Wilson, que pareciam prometer uma paz justa e sem anexações punitivas. Seu objetivo é protestar contra os termos mais duros, limitar os danos à economia e à soberania alemã, e argumentar pela preservação da unidade nacional.

  • Gustav Stresemann (Porta-voz) – Mestre em negociações.
  • Paul von Hindenburg (Estrategista Militar) – "O exército não aceitará humilhação!".
  • Walther Rathenau (Estrategista Econômico) – Planeja pagamentos em longo prazo.
  • Matthias Erzberger (Política Externa) – Assinou o armistício; agora é odiado por nacionalistas.

Seu Sucesso em pontos:

  • "Sucesso" Relativo (Minimização de Danos) (Ex: 80-100 pts - lembre-se, a pontuação aqui é invertida, mais pontos se os termos forem MAIS BRANDOS para a Alemanha): "Uma Paz Difícil, Mas Não Destrutiva."
    • Interpretação: Embora com perdas, a Alemanha conseguiu evitar os termos mais esmagadores. Reparações são altas, mas talvez pagáveis a longo prazo. Perdas territoriais dolorosas, mas o núcleo do país está intacto. A "culpa de guerra" pode ter sido atenuada. Há alguma esperança de recuperação.
  • Danos Significativos, Mas Sobrevivência (Ex: 55-79 pts): "O Fardo de Versalhes."
    • Interpretação: Termos duros, reparações pesadas, perdas territoriais significativas (Corredor, partes da Silésia). A Cláusula de Culpa foi imposta. A República de Weimar enfrenta um futuro muito difícil, mas não impossível. (Próximo da realidade histórica em muitos aspectos).
  • Paz Punitiva (Ex: 30-54 pts): "O Diktat da Humilhação."
    • Interpretação: O tratado é percebido como totalmente imposto e vingativo. Reparações esmagadoras, desmembramento territorial severo, humilhação militar completa. O ressentimento é profundo.
  • Destruição Nacional (Ex: 0-29 pts): "Alemanha Aniquilada."
    • Interpretação: Os termos são tão extremos que a Alemanha é efetivamente desmembrada, sua economia destruída, e seu povo mergulhado na miséria e no desespero. Não há perspectiva de recuperação. (Um cenário pior que o histórico).

Rodada 1: Reparações e Restrições Militares Iniciais

  • Seus Argumentos e Contexto Histórico DETALHADOS (Alemanha - Rodada 1):
    • Sobre Reparações:
      • "A Alemanha aceitou o armistício com base nos 14 Pontos do Presidente Wilson, que não mencionavam reparações punitivas ou a atribuição de culpa exclusiva pela guerra. Estamos dispostos a pagar pela reconstrução dos danos causados em territórios invadidos na Bélgica e no norte da França, como é justo. No entanto, as somas astronômicas que estão sendo ventiladas, incluindo os custos totais da guerra e pensões para os soldados Aliados, são completamente irreais e visam apenas esmagar a Alemanha economicamente. A chamada 'Cláusula de Culpa de Guerra' (Artigo 231) é uma falsificação histórica e uma humilhação moral que o povo alemão nunca aceitará. Nossa economia já está em ruínas devido à guerra e ao bloqueio naval Aliado, que vergonhosamente continua. Impor uma carga de dívida impagável levará à miséria, à fome, ao caos social e, possivelmente, à queda da nossa jovem república nas mãos de extremistas, sejam eles bolcheviques ou nacionalistas radicais. Isso não trará paz à Europa, apenas mais instabilidade."
      • Ponto Histórico Relevante: A Alemanha realmente se sentiu traída, pois acreditava que a paz seria baseada nos 14 Pontos. O bloqueio Aliado continuou após o armistício, causando fome. A "Kriegsschuldlüge" (mentira da culpa de guerra) tornou-se um poderoso slogan nacionalista.
    • Sobre Restrições Militares:
      • "A Alemanha está disposta a reduzir seus armamentos como parte de um desarmamento geral, conforme o Ponto 4 de Wilson. No entanto, as propostas de desarmamento unilateral que estão sendo discutidas são excessivas e visam nos deixar completamente indefesos. Nenhum país soberano pode ser privado do direito de ter um exército suficiente para sua própria defesa e para manter a ordem interna, especialmente em tempos de grande instabilidade como o atual, com a ameaça bolchevique no Leste e agitação interna. A desmilitarização total da Renânia e sua possível ocupação por tropas estrangeiras é uma violação da nossa soberania e uma humilhação nacional. Proibir todas as armas modernas enquanto nossos vizinhos se rearmam não é uma receita para a paz, mas para a insegurança e o ressentimento. Exigimos um tratamento justo e equitativo, não uma paz de vingança."
      • Ponto Histórico Relevante: O exército alemão foi drasticamente reduzido, sua marinha afundada ou entregue, e a Renânia desmilitarizada e ocupada. Isso foi uma fonte profunda de humilhação e contribuiu para o mito da "punhalada nas costas".
  • Mini-Dicionário da Rodada (Alemanha - Rodada 1):
    • 14 Pontos: Proposta de paz de Wilson, vista pela Alemanha como base para o armistício.
    • Reparações: Compensações financeiras/bens exigidas.
    • Artigo 231 (Cláusula de Culpa de Guerra / Kriegsschuldlüge): Cláusula que declara a Alemanha responsável pela guerra; "Kriegsschuldlüge" significa "mentira da culpa de guerra".
    • Bloqueio Naval Aliado: Bloqueio marítimo imposto pelos Aliados à Alemanha durante e após a guerra, causando severa escassez.
    • Bolchevismo: Ideologia comunista russa.
    • República de Weimar: O governo democrático alemão estabelecido após a queda do Império Alemão em 1918.
    • Renânia: Região fronteiriça alemã com a França.
    • Soberania: Autoridade suprema de um Estado dentro de seu território.
    • Diktat: Termo alemão para descrever o Tratado de Versalhes como uma paz imposta, não negociada.
  • Questões-Chave para Debate (Comuns a Todos os Países):
    1. Qual deve ser a base para calcular as reparações devidas pela Alemanha (e, potencialmente, Áustria e Turquia)? (Danos diretos? Custos totais/pensões? Culpa de guerra?)
    2. Cláusula de Culpa de Guerra (Artigo 231): A Alemanha (e seus aliados) devem ser formalmente declarados os únicos responsáveis por causar todas as perdas e danos da guerra? (Implicações morais/legais? Condição para reparações?)
    3. Como as reparações devem ser pagas e qual a capacidade real de pagamento da Alemanha (e dos outros derrotados)? (Riscos de carga insustentável? Dinheiro/bens? Garantias?)
    4. Quais restrições militares iniciais devem ser impostas à Alemanha, Áustria e Turquia? (Tamanho dos exércitos? Armamentos proibidos? Desmilitarização de zonas?)
  • Seus Objetivos DETALHADOS (Alemanha - Rodada 1):
    • Sobre Reparações (Questões 1.1, 1.2, 1.3):
      • Primários:
        1. REJEITAR CATEGORICAMENTE o Artigo 231 (Cláusula de Culpa de Guerra) como uma imposição injusta e historicamente falsa. Argumentar que a responsabilidade pela guerra é complexa e compartilhada.
        2. Insistir que as reparações se limitem estritamente aos danos materiais diretos causados pela Alemanha em territórios civis invadidos (Bélgica e Norte da França), conforme a interpretação dos 14 Pontos e das notas pré-armistício.
        3. Demonstrar a total incapacidade da Alemanha de pagar as somas astronômicas exigidas pelos Aliados, devido ao colapso econômico, ao bloqueio e à perda de territórios produtivos.
      • Secundários:
        1. Propor que qualquer pagamento de reparações seja feito em longo prazo e, preferencialmente, em bens e recursos naturais, não em moeda forte que a Alemanha não possui.
        2. Alertar para as consequências de uma "paz cartaginesa": colapso social, fome, fortalecimento de movimentos extremistas (comunismo, nacionalismo radical) e instabilidade duradoura na Europa.
        3. Buscar o apoio dos EUA (Wilson) e de setores mais moderados do Reino Unido (Keynes) contra as exigências francesas mais radicais.
    • Sobre Restrições Militares (Questão 1.4):
      • Primários:
        1. PROTESTAR contra a natureza unilateral e excessivamente severa das restrições militares propostas, argumentando que violam a soberania alemã e a deixam indefesa.
        2. Defender a necessidade de a Alemanha manter um exército de tamanho razoável (muito acima de 100.000 homens) para garantir a ordem interna (contra levantes comunistas e separatistas) e uma capacidade mínima de defesa nacional.
        3. Argumentar que o desarmamento alemão só é aceitável como parte de um processo de desarmamento GERAL e recíproco por todas as nações, conforme o Ponto 4 de Wilson.
      • Secundários:
        1. Opor-se veementemente à desmilitarização completa da Renânia e, especialmente, à sua ocupação por tropas estrangeiras, vendo isso como uma humilhação e uma ameaça à integridade territorial.
        2. Tentar negociar a permissão para manter certos tipos de armamentos defensivos e uma pequena marinha costeira.
        3. Apontar que um vácuo de poder militar na Alemanha pode ser perigoso para a estabilidade da Europa Central, especialmente com a ameaça bolchevique.

Rodada 2: O Destino dos Impérios (Austro-Húngaro, Otomano e Alemão)

  • Seus Argumentos e Contexto Histórico DETALHADOS (Alemanha - Rodada 2):
    • Sobre o Império Austro-Húngaro (Futuro da Áustria):
      • "O povo austríaco é alemão em língua e cultura. Negar-lhes o direito de se unirem à Alemanha (Anschluss), se essa for sua vontade democrática, é uma violação flagrante do princípio de autodeterminação que o Presidente Wilson tanto defende. Apoiamos totalmente o direito da Áustria de escolher seu próprio destino, incluindo a união conosco. Forçar uma separação artificial apenas criará ressentimento e instabilidade. Uma Áustria alemã unida à Alemanha seria um fator de estabilidade, não uma ameaça, em uma Europa reorganizada com base na justiça."
      • Ponto Histórico Relevante: A República de Weimar e muitos na Áustria apoiavam o Anschluss, mas ele foi proibido pelos Aliados, principalmente pela França.
    • Sobre o Império Otomano (Futuro Político da Turquia):
      • "Embora a Turquia tenha sido nossa aliada, reconhecemos que o antigo Império Otomano enfrenta uma reestruturação. No entanto, qualquer solução deve respeitar a soberania do povo turco em suas terras ancestrais na Anatólia. A partilha arbitrária de territórios turcos ou a imposição de um regime fantoche pelos Aliados seria mais uma injustiça e uma fonte de conflito futuro. Apoiamos uma solução que permita à Turquia encontrar seu próprio caminho político dentro de fronteiras justas."
      • Ponto Histórico Relevante: A Alemanha tinha laços com o Império Otomano, mas seu principal interesse em Versalhes era seu próprio destino. Poderia usar a questão turca para apontar a hipocrisia Aliada.
    • Sobre o Império Alemão (Regime Político Alemão):
      • "A Alemanha já passou por uma transformação política profunda. O Kaiser abdicou, e uma República democrática (Weimar) foi proclamada, baseada na vontade popular. Este novo governo é o interlocutor legítimo e está comprometido em construir uma Alemanha pacífica. Qualquer tentativa dos Aliados de intervir em nossos assuntos internos, impor uma constituição ou apoiar movimentos separatistas seria uma violação inaceitável de nossa soberania e apenas fortaleceria os extremistas que se opõem à paz e à democracia. A estabilidade da Alemanha depende do respeito à sua nova forma republicana e da não interferência externa em sua política."
      • Ponto Histórico Relevante: A República de Weimar enfrentava enormes desafios internos (extremistas de esquerda e direita) e temia que os Aliados tentassem desmembrar ainda mais a Alemanha ou impor um regime mais fraco.
  • Mini-Dicionário da Rodada (Alemanha - Rodada 2):
    • Anschluss: União política Áustria-Alemanha.
    • Autodeterminação: Direito de um povo escolher seu destino político.
    • República de Weimar: Governo democrático alemão pós-1918.
    • Soberania: Autoridade suprema de um Estado.
    • Militarismo Prussiano: Tradição militarista autoritária associada ao antigo Império Alemão.
    • Kaiser: Título do Imperador alemão.
    • Anatólia: Parte asiática da Turquia moderna.
  • Questões-Chave para Debate (Comuns a Todos os Países):
    1. Império Austro-Húngaro: Com a dissolução do império, qual deve ser o destino político da Áustria "remanescente"? (Nome, forma de governo? Anschluss permitido/proibido? Impacto nos vizinhos?)
    2. Império Otomano: Qual será o futuro político da Turquia e o status de seu líder tradicional? (Sultanato/Califado vs. República? Quem representa a Turquia: Sultão ou Kemal? Influência na aceitação dos termos?)
    3. Império Alemão: Com a abdicação do Kaiser, qual forma de governo a Alemanha deve consolidar para ser aceita na nova ordem europeia? (República de Weimar é legítima? Aliados devem impor condições constitucionais? Risco de extremismo?)
  • Seus Objetivos DETALHADOS (Alemanha - Rodada 2):
    • Sobre o Império Austro-Húngaro (Questão 2.1 - Futuro da Áustria):
      • Primários:
        1. Defender vigorosamente o direito da Áustria à autodeterminação, incluindo o direito de realizar um plebiscito sobre o Anschluss (união com a Alemanha).
        2. Argumentar que a proibição do Anschluss é uma violação dos 14 Pontos e visa apenas enfraquecer artificialmente o povo alemão.
        3. Apoiar o estabelecimento de uma forma de governo na Áustria que seja escolhida pelo povo austríaco, preferencialmente uma república que possa se alinhar com a Alemanha.
      • Secundários:
        1. Protestar contra a cessão de territórios de maioria alemã da ex-Áustria-Hungria para outros estados (Tirol do Sul para Itália, Sudetos para Tchecoslováquia).
        2. Buscar relações estreitas com qualquer governo austríaco que surja.
    • Sobre o Império Otomano (Questão 2.2 - Futuro Político da Turquia):
      • Primários:
        1. Apoiar o direito do povo turco à soberania sobre os territórios centrais da Anatólia e a escolher sua própria forma de governo.
        2. Criticar a interferência excessiva das potências Aliadas na definição do futuro político da Turquia ou a imposição de um regime fantoche.
        3. (Taticamente) Usar a questão turca para apontar a aplicação seletiva dos princípios Aliados (autodeterminação vs. interesses imperialistas).
      • Secundários:
        1. Não ter grande interesse direto na forma de governo turca, mas opor-se a um desmembramento que sirva apenas aos interesses de UK/França/Itália.
        2. Manter uma postura de observador crítico.
    • Sobre o Império Alemão (Questão 2.3 - Regime Político Alemão):
      • Primários:
        1. Afirmar a legitimidade da República de Weimar como o governo democrático e representativo da Alemanha, escolhido pelo povo alemão.
        2. REJEITAR QUALQUER tentativa dos Aliados de intervir nos assuntos internos da Alemanha, ditar sua constituição ou apoiar movimentos separatistas.
        3. Argumentar que a estabilidade da República de Weimar e seu compromisso com a paz dependem de um tratado justo, não de imposições externas sobre sua estrutura política.
      • Secundários:
        1. Garantir aos Aliados que a nova república rompeu com o militarismo do passado e busca a cooperação.
        2. Alertar que a desestabilização da República de Weimar pelos Aliados apenas abrirá caminho para o extremismo (bolchevismo ou nacionalismo radical).

Rodada 3: Questões de Fronteiras e Territórios (Redesenhando o Mapa)

  • Seus Argumentos e Contexto Histórico DETALHADOS (Alemanha - Rodada 3):
    • Sobre as Fronteiras do Império Alemão:
      • "A proposta de nos arrancar territórios históricos e vitais como a Alta Silésia (nosso coração industrial), o Sarre (rico em carvão), e criar um 'Corredor Polonês' artificial que divide a Prússia Oriental do resto da Alemanha, entregando Dantzig (uma cidade inquestionavelmente alemã) a controle estrangeiro, é uma afronta à justiça, à autodeterminação e à viabilidade econômica da Alemanha. A Alsácia-Lorena é uma questão dolorosa, mas se for para ser decidida, que seja por um plebiscito verdadeiramente livre, não por imposição. A Renânia é território alemão; sua desmilitarização e ocupação são uma violação de nossa soberania. Exigimos que os 14 Pontos, que prometiam fronteiras baseadas em linhas de nacionalidade claramente reconhecíveis, sejam respeitados."
      • Ponto Histórico Relevante: A Alemanha perdeu todos esses territórios, o que causou enorme ressentimento e foi um dos principais argumentos revanchistas posteriores.
    • Sobre o Desmembramento do Império Austro-Húngaro:
      • "O povo austríaco é alemão. Negar-lhes o direito de se unirem à sua pátria mãe, a Alemanha (Anschluss), é a mais cínica das violações do princípio de autodeterminação. Apoiamos o direito da Áustria de decidir seu próprio futuro. Da mesma forma, protestamos contra a entrega de milhões de alemães dos Sudetos à nova Tchecoslováquia e do Tirol do Sul à Itália, sem consulta popular. Isso não é paz, é a criação de novas injustiças."
      • Ponto Histórico Relevante: A Alemanha apoiava o Anschluss, que foi proibido. A questão dos alemães nos Sudetos e no Tirol do Sul tornou-se um grande foco de tensão no período entre guerras.
    • Sobre a Partilha do Império Otomano:
      • "Embora não sejamos diretamente afetados pela partilha do Império Otomano, observamos com preocupação como os Aliados parecem aplicar seus princípios de forma seletiva. Se a autodeterminação vale para alguns, deve valer para todos, incluindo os povos turcos e árabes. A imposição de Mandatos que parecem meras fachadas para o colonialismo mina a credibilidade de toda esta conferência."
      • Ponto Histórico Relevante: A Alemanha usava a inconsistência Aliada como argumento para criticar o tratado.
  • Mini-Dicionário da Rodada (Alemanha - Rodada 3):
    • Alsácia-Lorena: Região reivindicada pela França.
    • Bacia do Sarre: Região alemã rica em carvão.
    • Renânia: Região alemã fronteiriça com a França.
    • Corredor Polonês e Dantzig (Gdańsk): Territórios para dar acesso polonês ao mar.
    • Alta Silésia: Região industrial com população mista.
    • Plebiscito: Votação popular.
    • Anschluss: União Áustria-Alemanha.
    • Sudetos (Sudetenland): Regiões de língua alemã na Tchecoslováquia.
    • Tirol do Sul: Região de língua alemã anexada pela Itália.
    • Mandato: Administração de território por uma potência vencedora.
  • Questões-Chave para Debate (Comuns a Todos os Países):
    1. Fronteiras do Império Alemão: Quais territórios a Alemanha deve ceder na Europa e qual o status de zonas estratégicas como a Renânia e o Sarre? (Alsácia-Lorena? Sarre? Renânia ocupada/desmilitarizada/independente? Corredor Polonês/Dantzig/Alta Silésia/Memel? Plebiscitos?)
    2. Desmembramento do Império Austro-Húngaro e Fronteiras da Europa Central/Bálcãs: Como as novas fronteiras dos estados sucessores (Áustria, Hungria, Tchecoslováquia, Polônia, Iugoslávia) e dos vizinhos vitoriosos (Itália, Romênia) devem ser traçadas? (Pacto de Londres vs. Nacionalidade? Fiume? Minorias?)
    3. Partilha do Império Otomano e o Oriente Médio: Qual será o destino final da Anatólia e dos vastos territórios árabes do Império Otomano? (Grécia em Esmirna? Zonas de influência na Anatólia? Mandatos árabes? Armênia/Curdistão?)
  • Seus Objetivos DETALHADOS (Alemanha - Rodada 3):
    • Sobre as Fronteiras do Império Alemão (Questão 3.1):
      • Primários:
        1. MANTER a integridade territorial da Alemanha o máximo possível, opondo-se à cessão do Sarre, da Alta Silésia e de Dantzig.
        2. REJEITAR a criação de um Corredor Polonês que divida fisicamente a Alemanha (Prússia Oriental); propor direitos de trânsito para a Polônia (Opção B da votação sobre Corredor).
        3. Opor-se à ocupação da Renânia e à sua separação da Alemanha; aceitar apenas a desmilitarização (Opção B da votação sobre Renânia).
      • Secundários:
        1. Exigir plebiscitos justos e imparciais em TODAS as áreas territoriais disputadas (Alsácia-Lorena, Eupen-Malmedy, Schleswig, Silésia, etc.).
        2. Protestar contra a perda de Memel para a Lituânia.
        3. Argumentar que as perdas territoriais propostas visam destruir a Alemanha economicamente, não apenas garantir a segurança.
    • Sobre o Desmembramento do Império Austro-Húngaro (Questão 3.2):
      • Primários:
        1. APOIAR o direito da Áustria à autodeterminação, incluindo o direito ao Anschluss (união com a Alemanha), e denunciar qualquer proibição como violação dos 14 Pontos (Opção C da votação sobre Anschluss, se possível, ou B).
        2. PROTESTAR contra a entrega de populações alemãs dos Sudetos à Tchecoslováquia e do Tirol do Sul à Itália sem consulta popular.
      • Secundários:
        1. Não ter interesse direto nas outras fronteiras da ex-Áustria-Hungria, mas usar as injustiças cometidas contra populações alemãs como argumento geral contra os Aliados.
    • Sobre a Partilha do Império Otomano (Questão 3.3):
      • Primários:
        1. Manter uma posição de crítica à partilha imperialista do Império Otomano pelos Aliados, apontando a contradição com o princípio de autodeterminação.
        2. Não ter reivindicações diretas, mas usar a situação para expor a política de poder dos vencedores.
      • Secundários:
        1. Apoiar, em princípio, a soberania turca sobre a Anatólia.
        2. Questionar a legitimidade dos Mandatos sobre os territórios árabes.


Rodada 4: Autodeterminação dos Povos (Ideal vs. Realidade)

  • Seus Argumentos e Contexto Histórico DETALHADOS (Alemanha - Rodada 4):
    • Sobre Plebiscitos (Questão 4.1):
      • "Se os plebiscitos devem ser usados, que sejam verdadeiramente justos, imparciais e aplicados a TODAS as áreas disputadas onde há populações alemãs significativas – incluindo Alsácia-Lorena, Eupen-Malmedy, Schleswig, Alta Silésia, Dantzig e o Corredor Polonês! Os resultados devem ser respeitados integralmente. Tememos que os Aliados usem os plebiscitos apenas onde lhes convém e manipulem os resultados ou as condições para nos prejudicar, como parece ser o caso na Alta Silésia."
      • Ponto Histórico Relevante: A Alemanha exigiu plebiscitos em muitas áreas, mas sentiu que nem sempre foram justos ou que seus resultados foram ignorados quando desfavoráveis aos Aliados.
    • Sobre Aplicação Universal aos Derrotados (Questão 4.2):
      • "Esta é a prova da hipocrisia Aliada! O Presidente Wilson fala de autodeterminação, mas este princípio é sistematicamente negado ao povo alemão! Milhões de alemães nos Sudetos estão sendo entregues à Tchecoslováquia sem consulta. Alemães no Tirol do Sul à Itália! Dantzig, uma cidade alemã, é separada de nós! E a Áustria, nossa irmã alemã, é proibida de se unir a nós (Anschluss), mesmo que essa seja a vontade de ambos os povos. A 'culpa de guerra' não pode ser um pretexto para esmagar o direito fundamental de um povo de decidir seu próprio futuro. Exigimos a aplicação universal e justa da autodeterminação!"
      • Ponto Histórico Relevante: Este foi um dos principais pontos de amargura e crítica da Alemanha ao Tratado – a percepção de que a autodeterminação só valia para os outros.
    • Sobre Conflitos com Acordos/Estratégia (Questão 4.3):
      • "Os Aliados não podem, de um lado, proclamar nobres princípios como a autodeterminação e, do outro, justificar a partilha de territórios e povos com base em acordos secretos de guerra (como o Pacto de Londres) ou em seus próprios interesses estratégicos egoístas. Se a 'nova diplomacia' de Wilson significa algo, ela deve repudiar essas práticas da velha política de poder. A vontade dos povos deve prevalecer sobre os conchavos dos gabinetes."
      • Ponto Histórico Relevante: A Alemanha usou a existência de acordos secretos Aliados para argumentar que a guerra não foi causada apenas por ela e que os Aliados tinham seus próprios objetivos imperialistas.
    • Sobre Colônias (Questão 4.4):
      • "A tomada de todas as nossas colônias sob o pretexto de 'Mandatos' é um confisco puro e simples, uma hipocrisia monumental. Se a autodeterminação é um princípio, por que não se aplica aos povos de nossas ex-colônias? Ou será que os Aliados se consideram mais 'aptos' para governá-los do que nós? O sistema de Mandatos é apenas uma nova roupagem para o velho imperialismo, e a Alemanha foi injustamente despojada de suas possessões ultramarinas sem qualquer consulta às populações locais ou compensação justa."
      • Ponto Histórico Relevante: A Alemanha perdeu todas as suas colônias, que se tornaram Mandatos administrados principalmente por UK e França, o que foi visto na Alemanha como uma grande injustiça e hipocrisia.
  • Mini-Dicionário da Rodada (Alemanha - Rodada 4):
    • Autodeterminação: Direito dos povos de escolherem seu destino político.
    • Plebiscito: Votação popular direta.
    • Anschluss: União Áustria-Alemanha.
    • Sudetos (Sudetenland) / Tirol do Sul: Regiões com população alemã fora da Alemanha/Áustria.
    • Dantzig (Gdańsk) / Corredor Polonês / Alta Silésia: Territórios disputados com a Polônia.
    • Mandato: Administração de território ex-inimigo por vencedor.
    • Imperialismo: Política de expansão e domínio de um país sobre outros.
    • Hipocrisia: Fingir ter crenças ou virtudes que não se possui.
  • Questões-Chave para Debate (Comuns a Todos os Países):
    1. Plebiscitos são justos e eficazes para determinar a soberania em territórios etnicamente mistos ou disputados? (Imparcialidade? Vinculação dos resultados? Sobreposição por história/estratégia?)
    2. O princípio da autodeterminação deve ser aplicado universalmente, inclusive aos povos das nações derrotadas e às suas minorias étnicas? (Anschluss? Sudetos/Tirol? Culpa de guerra anula autodeterminação?)
    3. Como resolver conflitos entre o princípio da autodeterminação e promessas de guerra secretas (Pacto de Londres) ou interesses estratégicos/econômicos das Grandes Potências? (Qual princípio prevalece? Fiume? Corredor Polonês?)
    4. Qual deve ser o status dos povos sob domínio colonial das nações derrotadas (ex-colônias alemãs) e, por extensão, das próprias potências vencedoras? (Mandatos são tutela ou neocolonialismo? Direito igual à autodeterminação?)
  • Seus Objetivos DETALHADOS (Alemanha - Rodada 4):
    • Sobre Plebiscitos (Questão 4.1):
      • Primários:
        1. EXIGIR plebiscitos JUSTOS e IMPARCIAIS, supervisionados por entidades neutras (e não pelos Aliados diretamente envolvidos), em TODAS as áreas territoriais que a Alemanha está sendo forçada a ceder (Alsácia-Lorena, Eupen-Malmedy, Schleswig, Alta Silésia, Sarre, Dantzig, Corredor Polonês).
        2. Defender que os resultados dos plebiscitos sejam ESTREITAMENTE VINCULANTES e determinem a soberania final desses territórios (Opção A da votação).
      • Secundários:
        1. Denunciar qualquer tentativa de adiar, manipular ou ignorar os resultados de plebiscitos que possam ser favoráveis à Alemanha.
        2. Argumentar que a recusa em realizar plebiscitos justos é uma prova da má-fé Aliada.
    • Sobre Aplicação Universal aos Derrotados (Questão 4.2):
      • Primários:
        1. DEFENDER que o princípio da autodeterminação seja aplicado UNIVERSALMENTE e com IGUALDADE ao povo alemão e austríaco, assim como aos povos das nações vitoriosas ou recém-criadas (Opção C da votação).
        2. Exigir o direito ao Anschluss se essa for a vontade expressa dos povos alemão e austríaco.
        3. Denunciar a transferência de milhões de alemães (Sudetos, Tirol, Dantzig, etc.) para domínio estrangeiro como uma violação fundamental dos 14 Pontos e um ato de opressão.
      • Secundários:
        1. Argumentar que a "culpa de guerra" não pode anular o direito humano à autodeterminação.
        2. Apelar diretamente a Wilson para que defenda seus próprios princípios em relação à Alemanha.
    • Sobre Conflitos com Acordos/Estratégia (Questão 4.3):
      • Primários:
        1. Argumentar que o princípio da AUTODETERMINAÇÃO e os 14 Pontos (que foram a base do armistício) DEVEM TER PRECEDÊNCIA sobre quaisquer acordos secretos Aliados ou interesses estratégicos unilaterais (Opção C da votação).
        2. Denunciar a hipocrisia dos Aliados ao usarem "interesses estratégicos" para justificar anexações que violam a vontade popular.
      • Secundários:
        1. Tentar explorar as divisões entre os Aliados (Ex: EUA vs. Itália sobre o Pacto de Londres) para enfraquecer a frente unida contra a Alemanha.
    • Sobre Colônias (Questão 4.4):
      • Primários:
        1. CONDENAR a tomada de TODAS as colônias alemãs como um ato de imperialismo e confisco, não de "tutela".
        2. Argumentar que o sistema de Mandatos é uma fachada para a anexação colonial pelas potências vencedoras (Opção C da votação, na perspectiva de que é neocolonialismo a ser rejeitado).
        3. Exigir que, se a autodeterminação for um princípio válido, ela também se aplique aos povos das ex-colônias alemãs, que deveriam ter o direito de escolher seu próprio futuro, inclusive a possibilidade de manter laços com a Alemanha.
      • Secundários:
        1. Apontar a contradição dos Aliados em se apresentarem como libertadores enquanto expandem seus próprios impérios coloniais.
        2. Buscar, no mínimo, garantias para os direitos e propriedades de cidadãos alemães nas ex-colônias.

Rodada 5: Criação da Liga das Nações (Esperança ou Ilusão?)

  • Seus Argumentos e Contexto Histórico DETALHADOS (Alemanha - Rodada 5):
    • "A Alemanha, agora uma república democrática, vê com interesse a proposta de uma Liga das Nações. Em princípio, apoiamos qualquer organização que promova a paz genuína, a justiça internacional e a igualdade entre as nações. No entanto, temos sérias preocupações. Se a Liga for apenas um 'clube dos vencedores', usado para impor e perpetuar os termos duros e injustos deste tratado, então ela não servirá à paz, mas ao ressentimento. Para que a Alemanha possa confiar e participar plenamente da Liga no futuro, ela deve ser um fórum verdadeiramente imparcial, onde a voz da Alemanha derrotada seja ouvida e onde as injustiças do tratado possam, eventualmente, ser revistas pacificamente. Exigimos saber: quando e em que condições a Alemanha será admitida como membro igualitário? E a Liga terá poder para proteger nações mais fracas de imposições arbitrárias das grandes potências, ou apenas para garantir o status quo dos vitoriosos?"
    • Ponto Histórico Relevante: A Alemanha foi inicialmente excluída da Liga, o que aumentou seu sentimento de isolamento e de que a Liga era um instrumento dos Aliados. Só foi admitida em 1926.
  • Mini-Dicionário da Rodada (Alemanha - Rodada 5):
    • Liga das Nações (Sociedade das Nações): Organização internacional proposta para:
      1. Prevenir guerras: Através de diplomacia, arbitragem, mediação.
      2. Promover Segurança Coletiva: Ataque a um = ataque a todos (Artigo X).
      3. Supervisionar Desarmamento.
      4. Resolver Disputas.
      5. Promover Cooperação (saúde, trabalho, etc.).
    • Pacto da Liga: Documento fundamental da Liga.
    • Status Quo: O estado atual das coisas, a situação existente.
    • Imparcialidade: Qualidade de não tomar partido, ser justo e neutro.
    • Revisão do Tratado: A ideia de que os termos do Tratado de Versalhes poderiam ser modificados no futuro, uma esperança alemã.
  • Questões-Chave para Debate (Comuns a Todos os Países):
    1. Qual deve ser a estrutura de poder e o processo decisório da Liga das Nações? (Assembleia soberana ou Conselho dominante? Voto igual ou ponderado? Unanimidade ou maioria?)
    2. A Liga das Nações deve possuir sua própria força militar para impor a paz e suas resoluções? (Órgão diplomático apenas? Força militar permanente? Forças nacionais à disposição?)
    3. Quem poderá (ou deverá) fazer parte da Liga das Nações e em que condições? (Adesão universal? Restrita a vencedores/neutros? Condições para derrotados?)
  • Seus Objetivos DETALHADOS (Alemanha - Rodada 5):
    • Sobre Estrutura de Poder e Votação (Questão 5.1):
      • Primários:
        1. Defender uma Liga onde a Assembleia Geral (com voto igual para todos) tenha poder significativo, para evitar a dominação completa pelas Grandes Potências vitoriosas (Opção A da votação).
        2. Questionar qualquer sistema de veto ou voto ponderado no Conselho que perpetue a desigualdade entre nações.
      • Secundários:
        1. Advogar por mecanismos de arbitragem obrigatória e imparcial para a resolução de disputas.
        2. Insistir na transparência dos processos decisórios da Liga.
    • Sobre Forças Militares da Liga (Questão 5.2):
      • Primários:
        1. Se a Alemanha for desarmada unilateralmente, questionar a necessidade de uma força militar da Liga controlada pelos Aliados, que poderia ser usada contra a Alemanha.
        2. Argumentar que a verdadeira segurança vem do desarmamento GERAL e recíproco, supervisionado pela Liga (Opção A, com ênfase no desarmamento geral).
      • Secundários:
        1. Se houver uma força, exigir que sua composição e comando sejam verdadeiramente internacionais e não dominados por uma ou duas potências.
        2. Preocupar-se que uma força militar da Liga possa ser usada para impor o cumprimento de cláusulas injustas do Tratado.
    • Sobre Critérios de Adesão (Questão 5.3):
      • Primários:
        1. EXIGIR um caminho claro e um cronograma definido para a ADMISSÃO DA ALEMANHA na Liga das Nações como membro pleno e igualitário, o mais rápido possível após a assinatura da paz.
        2. Argumentar que a exclusão da Alemanha (ou de outras nações importantes) enfraquecerá a Liga e sua pretensão de universalidade (criticar a Opção A, defender a Opção B).
        3. Rejeitar qualquer "período probatório" humilhante ou condições de adesão que sejam mais rigorosas para a Alemanha do que para outros.
      • Secundários:
        1. Ver a adesão à Liga como uma forma de a Alemanha gradualmente recuperar seu status e voz na comunidade internacional.
        2. Esperar que, como membro, a Alemanha possa usar a Liga para buscar a revisão pacífica dos termos mais onerosos do Tratado no futuro.

Áustria

Seu Papel Geral na Conferência: Você representa a pequena República Austríaca, um estado recém-formado das ruínas do vasto Império Austro-Húngaro. Seu país enfrenta uma crise econômica desesperadora, fome em Viena e a perda de vastos territórios para novos estados vizinhos e para a Itália. Sua principal preocupação é a sobrevivência econômica, a minimização das perdas territoriais (especialmente aquelas com população de língua alemã), evitar qualquer responsabilidade por reparações de guerra e, se possível, obter o direito de união (Anschluss) com a Alemanha, visto por muitos austríacos como única esperança.

  • Karl Renner (Porta-voz) – Tenta salvar a Áustria alemã.
  • Otto Bauer (Estrategista Militar) – "Sem exército, seremos engolidos!".
  • Joseph Schumpeter (Estrategista Econômico) – "Hiperinflação é inevitável sem ajuda externa!".
  • Ignaz Seipel (Política Externa) – Busca apoio da Santa Sé.

Seu Sucesso em pontos:

  • "Sucesso" Relativo (Sobrevivência e Limitação de Perdas) (Ex: 60-80 pts): "Uma Nova Nação Frágil, Mas com Alguma Esperança."
    • Interpretação: Perdas territoriais dolorosas, mas o núcleo austríaco sobrevive como república independente. Reparações evitadas ou mínimas. Talvez alguma ajuda econômica obtida. Anschluss ainda proibido, mas talvez com alguma ambiguidade futura.
  • Paz Dura, Futuro Incerto (Ex: 35-59 pts): "O Peso de Saint-Germain."
    • Interpretação: Perdeu Tirol do Sul, Sudetos, acesso ao mar. Anschluss firmemente proibido. Reparações evitadas, mas economia em crise. Sobrevive, mas severamente diminuída. (Próximo da realidade histórica).
  • Desmembramento e Desespero (Ex: 0-34 pts): "Áustria Sacrificada."
    • Interpretação: Perdas territoriais ainda maiores, possivelmente com imposição de reparações ou controle financeiro. Sem esperança de Anschluss. A viabilidade do estado está seriamente comprometida.

Rodada 1: Reparações e Restrições Militares Iniciais

  • Seus Argumentos e Contexto Histórico DETALHADOS (Áustria - Rodada 1):
    • Sobre Reparações:
      • "A República Austríaca é um Estado novo, nascido do colapso de um império multiétnico. Não podemos e não devemos ser responsabilizados pelas ações e dívidas de guerra do antigo Império Habsburgo, do qual éramos apenas uma parte. Nossa população, especialmente em Viena, está à beira da fome. Nossa indústria está paralisada pela perda de territórios ricos em recursos e mercados. Exigir reparações de um país nestas condições não é apenas cruel, é absurdo. Em vez de credores, somos suplicantes por ajuda humanitária e econômica para evitar o colapso total. Qualquer tentativa de nos impor uma 'Cláusula de Culpa' ou obrigações financeiras seria uma injustiça flagrante contra um povo que já sofreu imensamente."
      • Ponto Histórico Relevante: A Áustria pós-guerra estava em uma situação econômica catastrófica, com hiperinflação e dependência de ajuda externa. Os Aliados, de fato, não impuseram reparações significativas à Áustria, reconhecendo sua inviabilidade, mas sim a desmembraram.
    • Sobre Restrições Militares:
      • "Como uma nova e pequena república cercada por vizinhos muitas vezes hostis e com uma situação interna instável (incluindo a ameaça comunista da Hungria de Béla Kun), a Áustria necessita de um exército modesto para garantir sua ordem interna e a defesa mínima de suas fronteiras. Não temos ambições agressivas; nosso único desejo é sobreviver. Impor um desarmamento total nos deixaria completamente vulneráveis e poderia levar à nossa desintegração. As restrições devem ser proporcionais à nossa situação e capacidade, e não uma punição cega baseada nas ações do antigo império. Não somos uma ameaça militar para ninguém; somos uma nação lutando pela sua existência."
      • Ponto Histórico Relevante: O exército austríaco foi limitado a 30.000 voluntários, uma força pequena destinada principalmente à manutenção da ordem interna.
  • Mini-Dicionário da Rodada (Áustria - Rodada 1):
    • República Austríaca: O novo estado formado pela parte de língua alemã do antigo Império Austro-Húngaro após 1918.
    • Império Habsburgo (ou Áustria-Hungria): O vasto império multiétnico governado pela dinastia Habsburgo, que se desintegrou ao final da PGM.
    • Anschluss: Termo alemão para a união política da Áustria com a Alemanha, desejada por muitos austríacos.
    • Béla Kun: Líder comunista que proclamou uma República Soviética na Hungria em 1919.
    • Hiperinflação: Aumento extremamente rápido e descontrolado dos preços, destruindo o valor da moeda.
    • Tirol do Sul: Região alpina de maioria alemã, parte do antigo Império Austro-Húngaro, reivindicada e anexada pela Itália.
    • Sudetos (Sudetenland): Regiões fronteiriças da Boêmia e Morávia com população predominantemente de língua alemã, incorporadas à nova Tchecoslováquia.
  • Questões-Chave para Debate (Comuns a Todos os Países):
    1. Qual deve ser a base para calcular as reparações devidas pela Alemanha (e, potencialmente, Áustria e Turquia)? (Danos diretos? Custos totais/pensões? Culpa de guerra?)
    2. Cláusula de Culpa de Guerra (Artigo 231): A Alemanha (e seus aliados) devem ser formalmente declarados os únicos responsáveis por causar todas as perdas e danos da guerra? (Implicações morais/legais? Condição para reparações?)
    3. Como as reparações devem ser pagas e qual a capacidade real de pagamento da Alemanha (e dos outros derrotados)? (Riscos de carga insustentável? Dinheiro/bens? Garantias?)
    4. Quais restrições militares iniciais devem ser impostas à Alemanha, Áustria e Turquia? (Tamanho dos exércitos? Armamentos proibidos? Desmilitarização de zonas?)
  • Seus Objetivos DETALHADOS (Áustria - Rodada 1):
    • Sobre Reparações (Questões 1.1, 1.2, 1.3):
      • Primários:
        1. NEGAR CATEGORICAMENTE qualquer responsabilidade da nova República Austríaca por pagar reparações de guerra. Argumentar que o Estado responsável (Império Austro-Húngaro) não existe mais e que a Áustria é uma vítima da guerra, não uma agressora a ser punida financeiramente.
        2. Demonstrar a absoluta incapacidade econômica da Áustria de arcar com quaisquer pagamentos, devido ao colapso industrial, perda de territórios e recursos, e crise de fome.
        3. Em vez de pagar, SOLICITAR AJUDA ECONÔMICA E HUMANITÁRIA URGENTE dos Aliados para evitar o colapso total do Estado e da sociedade austríaca.
      • Secundários:
        1. Evitar a aplicação de qualquer "Cláusula de Culpa" à nova república.
        2. Resistir ao confisco de quaisquer ativos estatais ou privados remanescentes da Áustria como forma de "reparação indireta".
        3. Desvincular completamente o caso financeiro da Áustria do caso da Alemanha.
    • Sobre Restrições Militares (Questão 1.4):
      • Primários:
        1. Argumentar pela necessidade de a Áustria manter um exército pequeno, mas funcional (ex: 30.000-50.000 homens), para garantir a ordem interna (contra agitação comunista, especialmente da Hungria) e a defesa mínima de suas novas e vulneráveis fronteiras.
        2. Buscar o direito de possuir armamentos leves e defensivos, adequados para essas tarefas, resistindo à proibição total de uma força aérea ou blindados leves para controle de fronteiras.
        3. Evitar a desmilitarização de qualquer território austríaco remanescente, argumentando que o país já é pequeno e vulnerável demais.
      • Secundários:
        1. Buscar um tratamento diferenciado em relação à Alemanha nas questões militares, enfatizando o caráter não agressivo da nova república.
        2. Apelar por um entendimento sobre a necessidade de proteger a Áustria da ameaça representada pela Hungria Soviética de Béla Kun.
        3. Resistir à entrega de equipamentos militares que ainda sejam úteis para a nova força de defesa.

Rodada 2: O Destino dos Impérios (Austro-Húngaro, Otomano e Alemão)

  • Seus Argumentos e Contexto Histórico DETALHADOS (Áustria - Rodada 2):
    • Sobre o Império Austro-Húngaro (Futuro da Áustria):
      • "Nós, os austríacos de língua alemã, somos agora um pequeno povo cercado. O grande império do qual fazíamos parte se desfez. Nosso direito mais fundamental, conforme os princípios do Presidente Wilson, é o da autodeterminação. Isso significa que temos o direito de escolher nossa própria forma de governo – e aspiramos ser uma república democrática. Mais crucialmente, se o povo austríaco desejar, temos o direito de nos unir aos nossos irmãos alemães no Reich (Anschluss). Proibir essa união é negar nossa identidade e nossa vontade, condenando-nos a uma existência economicamente inviável e politicamente frágil. Os novos estados que surgem em nossas antigas fronteiras devem respeitar os direitos das minorias alemãs que lá ficaram."
      • Ponto Histórico Relevante: A Áustria recém-formada era economicamente muito frágil e muitos austríacos viam o Anschluss como a única salvação. A proibição foi uma grande fonte de frustração.
    • Sobre o Império Otomano (Futuro Político da Turquia):
      • "Observamos o destino do Império Otomano com a preocupação de quem também enfrenta o desmembramento. Esperamos que qualquer solução para a Turquia respeite minimamente a vontade de seu povo central e não leve a mais caos e sofrimento na região. No entanto, nossa prioridade é a nossa própria sobrevivência e destino."
      • Ponto Histórico Relevante: A Áustria não tinha interesses diretos na Turquia, mas podia simpatizar com a situação de um império sendo desmembrado.
    • Sobre o Império Alemão (Regime Político Alemão):
      • "Apoiamos o direito do povo alemão de escolher sua forma de governo. A emergência da República de Weimar é um sinal de que a Alemanha busca um caminho democrático. Se os Aliados minarem essa república ou impuserem condições políticas humilhantes, isso apenas dificultará a estabilização da Europa Central. Para nós, austríacos, uma Alemanha democrática e estável com a qual possamos nos unir (se permitido) seria o ideal."
      • Ponto Histórico Relevante: A estabilidade da Alemanha era vista como importante por muitos na Áustria, especialmente aqueles que defendiam o Anschluss.
  • Mini-Dicionário da Rodada (Áustria - Rodada 2):
    • Anschluss: União política da Áustria com a Alemanha.
    • Autodeterminação: Direito de um povo escolher seu destino político.
    • República: Forma de governo onde o chefe de estado não é um monarca e é geralmente eleito.
    • Irredentismo: Desejo de um país de anexar territórios vizinhos com base em laços étnicos ou históricos.
    • Tirol do Sul: Região alpina de maioria alemã, parte da Áustria-Hungria, anexada pela Itália.
    • Sudetos (Sudetenland): Regiões fronteiriças da Boêmia/Morávia com população alemã, incorporadas à Tchecoslováquia.
  • Questões-Chave para Debate (Comuns a Todos os Países):
    1. Império Austro-Húngaro: Com a dissolução do império, qual deve ser o destino político da Áustria "remanescente"? (Nome, forma de governo? Anschluss permitido/proibido? Impacto nos vizinhos?)
    2. Império Otomano: Qual será o futuro político da Turquia e o status de seu líder tradicional? (Sultanato/Califado vs. República? Quem representa a Turquia: Sultão ou Kemal? Influência na aceitação dos termos?)
    3. Império Alemão: Com a abdicação do Kaiser, qual forma de governo a Alemanha deve consolidar para ser aceita na nova ordem europeia? (República de Weimar é legítima? Aliados devem impor condições constitucionais? Risco de extremismo?)
  • Seus Objetivos DETALHADOS (Áustria - Rodada 2):
    • Sobre o Império Austro-Húngaro (Questão 2.1 - Futuro da Áustria):
      • Primários:
        1. Exigir o direito à AUTODETERMINAÇÃO para o povo austríaco, o que inclui o direito de realizar um PLEBISCITO sobre a união com a Alemanha (Anschluss).
        2. Lutar pelo estabelecimento de uma República Austríaca independente e soberana (chamada Deutschösterreich - Áustria Alemã), caso o Anschluss seja inicialmente vetado, mas com a porta aberta para união futura.
        3. PROTESTAR veementemente contra a proibição imposta do Anschluss, vendo-a como uma violação dos 14 Pontos e uma tentativa de manter a Áustria artificialmente fraca.
      • Secundários:
        1. Garantir que o nome oficial do novo estado reflita sua identidade alemã.
        2. Buscar reconhecimento diplomático rápido para o novo governo austríaco.
        3. Argumentar que uma Áustria economicamente inviável e politicamente isolada será um foco de instabilidade.
    • Sobre o Império Otomano (Questão 2.2 - Futuro Político da Turquia):
      • Primários:
        1. Manter uma posição neutra ou de observador sobre a forma de governo interna da Turquia, focando nos problemas austríacos.
        2. (Taticamente) Apoiar o princípio de autodeterminação para o povo turco na Anatólia como forma de reforçar o argumento para a autodeterminação austríaca.
        3. Evitar qualquer envolvimento ou responsabilidade nos assuntos do ex-aliado otomano.
      • Secundários:
        1. Observar como os Aliados lidam com a questão do Califado, pois pode ter implicações para a estabilidade regional.
    • Sobre o Império Alemão (Questão 2.3 - Regime Político Alemão):
      • Primários:
        1. Apoiar o reconhecimento da República de Weimar como o governo legítimo da Alemanha.
        2. Defender o direito do povo alemão de escolher sua própria forma de governo sem interferência externa Aliada.
        3. Argumentar que uma Alemanha democrática e estável é um pré-requisito para qualquer possibilidade futura de Anschluss pacífico.
      • Secundários:
        1. Expressar solidariedade com a Alemanha contra tentativas de desmembramento interno ou imposição constitucional.
        2. Ver a estabilidade da Alemanha como indiretamente benéfica para a estabilidade da Áustria.

Rodada 3: Questões de Fronteiras e Territórios (Redesenhando o Mapa)

  • Seus Argumentos e Contexto Histórico DETALHADOS (Áustria - Rodada 3):
    • Sobre as Fronteiras do Império Alemão:
      • "Apoiamos o direito da Alemanha a fronteiras justas e baseadas na autodeterminação. O destino de territórios como o Sarre ou a Alta Silésia deve ser decidido pela vontade de suas populações. Qualquer tentativa de desmembrar a Alemanha ou impor condições territoriais excessivamente punitivas apenas gerará instabilidade, o que também nos afetará."
    • Sobre o Desmembramento do Império Austro-Húngaro:
      • "Este é o nosso maior sofrimento! O Império do qual éramos o centro se esfacelou. Exigimos que o princípio de autodeterminação, tão alardeado pelo Presidente Wilson, seja aplicado ao povo austríaco de língua alemã. Isso significa: o Tirol do Sul NÃO PODE ser entregue à Itália – é terra austríaca há séculos! Os Sudetos, com seus três milhões de alemães, não podem ser subjugados pela Tchecoslováquia! E, acima de tudo, se o povo austríaco desejar, através de um plebiscito livre, devemos ter o DIREITO de nos unir à Alemanha (Anschluss). Proibir isso é uma tirania e uma negação de nossa identidade. As fronteiras que estão sendo impostas a nós pelos novos estados vizinhos (Tchecoslováquia, Iugoslávia, Polônia, Romênia, Hungria) estão nos deixando sem recursos, sem acesso ao mar e economicamente inviáveis."
      • Ponto Histórico Relevante: A Áustria perdeu o Tirol do Sul para a Itália e os Sudetos para a Tchecoslováquia, e o Anschluss foi estritamente proibido, causando enorme frustração e dificuldades econômicas.
    • Sobre a Partilha do Império Otomano:
      • "Observamos a partilha do Império Otomano com a perspectiva de quem também está sendo desmembrado. Se os princípios de justiça e autodeterminação não forem aplicados lá, que esperança temos nós? Qualquer solução deve buscar a estabilidade e evitar a criação de novas fontes de conflito."
  • Mini-Dicionário da Rodada (Áustria - Rodada 3):
    • Autodeterminação: Direito dos povos de escolherem seu destino.
    • Tirol do Sul: Região alpina de maioria alemã, reivindicada e anexada pela Itália.
    • Sudetos (Sudetenland): Regiões fronteiriças da Boêmia/Morávia com população alemã, incorporadas à Tchecoslováquia.
    • Anschluss: União política da Áustria com a Alemanha.
    • Plebiscito: Votação popular.
    • Estados Sucessores: Novos países formados a partir da dissolução de um império (Ex: Tchecoslováquia, Iugoslávia).
    • Fiume (Rijeka): Cidade portuária disputada.
  • Questões-Chave para Debate (Comuns a Todos os Países):
    1. Fronteiras do Império Alemão: Quais territórios a Alemanha deve ceder na Europa e qual o status de zonas estratégicas como a Renânia e o Sarre? (Alsácia-Lorena? Sarre? Renânia ocupada/desmilitarizada/independente? Corredor Polonês/Dantzig/Alta Silésia/Memel? Plebiscitos?)
    2. Desmembramento do Império Austro-Húngaro e Fronteiras da Europa Central/Bálcãs: Como as novas fronteiras dos estados sucessores (Áustria, Hungria, Tchecoslováquia, Polônia, Iugoslávia) e dos vizinhos vitoriosos (Itália, Romênia) devem ser traçadas? (Pacto de Londres vs. Nacionalidade? Fiume? Minorias?)
    3. Partilha do Império Otomano e o Oriente Médio: Qual será o destino final da Anatólia e dos vastos territórios árabes do Império Otomano? (Grécia em Esmirna? Zonas de influência na Anatólia? Mandatos árabes? Armênia/Curdistão?)
  • Seus Objetivos DETALHADOS (Áustria - Rodada 3):
    • Sobre as Fronteiras do Império Alemão (Questão 3.1):
      • Primários:
        1. Apoiar o direito da Alemanha a um tratamento justo em suas fronteiras, especialmente onde há populações alemãs significativas, como forma de fortalecer o princípio da autodeterminação que beneficia a Áustria.
      • Secundários:
        1. Não ter interesse direto na maioria das fronteiras alemãs, mas usar qualquer injustiça contra a Alemanha como argumento contra as injustiças cometidas contra a Áustria.
    • Sobre o Desmembramento do Império Austro-Húngaro (Questão 3.2):
      • Primários:
        1. LUTAR com todas as forças contra a anexação do Tirol do Sul pela Itália e exigir um plebiscito na região.
        2. PROTESTAR contra a inclusão dos Sudetos na Tchecoslováquia e exigir um plebiscito para a população alemã local.
        3. DEFENDER o DIREITO INALIENÁVEL ao Anschluss (união com a Alemanha) se essa for a vontade do povo austríaco, denunciando qualquer proibição como antidemocrática (Opção C da votação sobre Anschluss é o ideal, ou B).
      • Secundários:
        1. Tentar minimizar perdas territoriais para a Iugoslávia, Polônia, Romênia e Hungria, buscando fronteiras baseadas em linhas étnicas ou plebiscitos.
        2. Buscar garantias para os direitos das minorias alemãs que ficarem fora das novas fronteiras austríacas.
        3. Argumentar que as fronteiras impostas estão tornando a Áustria economicamente inviável e dependente.
    • Sobre a Partilha do Império Otomano (Questão 3.3):
      • Primários:
        1. Manter uma posição de observador, mas usar o debate sobre a Turquia para reforçar a importância do princípio de autodeterminação e a injustiça de partilhas impostas por potências externas.
      • Secundários:
        1. Não ter reivindicações territoriais, mas apoiar soluções que promovam a estabilidade e evitem o imperialismo flagrante.

Rodada 4: Autodeterminação dos Povos (Ideal vs. Realidade)

  • Seus Argumentos e Contexto Histórico DETALHADOS (Áustria - Rodada 4):
    • Sobre Plebiscitos (Questão 4.1):
      • "Se há alguma justiça nesta conferência, ela deve se manifestar através de plebiscitos livres e justos para todas as populações de língua alemã da antiga Monarquia Habsburgo que estão sendo arrancadas de nós! Exigimos plebiscitos no Tirol do Sul, nos Sudetos, na Caríntia meridional e em qualquer outra área onde a vontade do povo seja duvidosa. Os resultados devem ser a palavra final, não pretextos para justificar anexações predeterminadas."
      • Ponto Histórico Relevante: A Áustria defendeu plebiscitos (e venceu um na Caríntia contra a Iugoslávia), mas perdeu o Tirol do Sul e os Sudetos sem consulta popular significativa.
    • Sobre Aplicação Universal aos Derrotados (Questão 4.2):
      • "O princípio da autodeterminação, proclamado pelo Presidente Wilson, é nossa principal esperança. Ele DEVE ser aplicado ao povo austríaco! Isso significa, antes de tudo, nosso direito inalienável de nos unirmos à Alemanha (Anschluss) se essa for a nossa escolha democrática. Proibir o Anschluss é uma negação brutal desse princípio e uma sentença de inviabilidade econômica para a nossa pequena república. Não somos culpados pela guerra do Império; somos um novo estado buscando nosso lugar no mundo com base na vontade de nosso povo."
      • Ponto Histórico Relevante: O desejo de Anschluss era forte na Áustria pós-guerra, e sua proibição foi vista como uma grande injustiça e violação da autodeterminação.
    • Sobre Conflitos com Acordos/Estratégia (Questão 4.3):
      • "Não podemos ser sacrificados no altar de acordos secretos como o Pacto de Londres, que prometeu nosso território (Tirol do Sul) à Itália sem nosso consentimento! Os interesses estratégicos da Itália ou de qualquer outra potência não podem anular o direito fundamental de um povo de viver sob a soberania de sua escolha. Se os 14 Pontos significam algo, eles devem se sobrepor a esses arranjos da velha diplomacia."
      • Ponto Histórico Relevante: A Áustria foi diretamente afetada pelo Pacto de Londres.
    • Sobre Colônias (Questão 4.4):
      • "A Áustria-Hungria não possuía colônias ultramarinas como a Alemanha. No entanto, observamos com interesse se o princípio da autodeterminação será estendido aos povos colonizados. Se for negado a eles, isso apenas reforçará nossa percepção de que os Aliados aplicam seus 'nobres princípios' de forma altamente seletiva e hipócrita."
      • Ponto Histórico Relevante: A Áustria não tinha colônias, mas podia usar o debate para apontar a hipocrisia Aliada.
  • Mini-Dicionário da Rodada (Áustria - Rodada 4):
    • Autodeterminação: Direito dos povos de escolherem seu destino político.
    • Plebiscito: Votação popular direta.
    • Anschluss: União política Áustria-Alemanha.
    • Tirol do Sul: Região alpina de maioria alemã, anexada pela Itália.
    • Sudetos (Sudetenland): Regiões de língua alemã na Tchecoslováquia.
    • Caríntia: Região sul da Áustria, parte disputada com a Iugoslávia (onde um plebiscito favoreceu a Áustria).
    • Pacto de Londres (1915): Acordo secreto prometendo territórios à Itália.
  • Questões-Chave para Debate (Comuns a Todos os Países):
    1. Plebiscitos são justos e eficazes para determinar a soberania em territórios etnicamente mistos ou disputados? (Imparcialidade? Vinculação dos resultados? Sobreposição por história/estratégia?)
    2. O princípio da autodeterminação deve ser aplicado universalmente, inclusive aos povos das nações derrotadas e às suas minorias étnicas? (Anschluss? Sudetos/Tirol? Culpa de guerra anula autodeterminação?)
    3. Como resolver conflitos entre o princípio da autodeterminação e promessas de guerra secretas (Pacto de Londres) ou interesses estratégicos/econômicos das Grandes Potências? (Qual princípio prevalece? Fiume? Corredor Polonês?)
    4. Qual deve ser o status dos povos sob domínio colonial das nações derrotadas (ex-colônias alemãs) e, por extensão, das próprias potências vencedoras? (Mandatos são tutela ou neocolonialismo? Direito igual à autodeterminação?)
  • Seus Objetivos DETALHADOS (Áustria - Rodada 4):
    • Sobre Plebiscitos (Questão 4.1):
      • Primários:
        1. EXIGIR a realização de plebiscitos JUSTOS e supervisionados internacionalmente em TODAS as áreas de fronteira disputadas com população de língua alemã (especialmente Tirol do Sul, Sudetos, partes da Caríntia).
        2. Defender que os resultados desses plebiscitos sejam o fator DETERMINANTE para a definição das fronteiras (Opção A da votação).
      • Secundários:
        1. Protestar contra qualquer tentativa de negar ou manipular plebiscitos em territórios reivindicados pela Áustria.
        2. Lembrar o caso da Caríntia (onde um plebiscito favoreceu a Áustria) como um modelo a ser seguido.
    • Sobre Aplicação Universal aos Derrotados (Questão 4.2):
      • Primários:
        1. DEFENDER o DIREITO INALIENÁVEL do povo austríaco à autodeterminação, incluindo o direito de escolher livremente a união com a Alemanha (Anschluss) através de um plebiscito (Opção C da votação é o ideal).
        2. Argumentar que a proibição do Anschluss é uma violação direta dos 14 Pontos e uma imposição política injusta.
        3. Insistir que os alemães dos Sudetos e do Tirol do Sul também têm direito à autodeterminação.
      • Secundários:
        1. Rejeitar qualquer argumento de "culpa de guerra" do antigo Império como justificativa para negar a autodeterminação à nova República Austríaca.
    • Sobre Conflitos com Acordos/Estratégia (Questão 4.3):
      • Primários:
        1. CONDENAR o Pacto de Londres e outros acordos secretos que prometem territórios austríacos (como o Tirol do Sul) à Itália ou outros, como violações da moralidade internacional e do direito dos povos.
        2. Insistir que a AUTODETERMINAÇÃO deve ter ABSOLUTA PRECEDÊNCIA sobre tais acordos ou sobre os interesses estratégicos das potências vencedoras (Opção C da votação).
      • Secundários:
        1. Apelar à delegação dos EUA (Wilson) para que defenda seus próprios princípios contra os arranjos da "velha diplomacia".
    • Sobre Colônias (Questão 4.4):
      • Primários:
        1. Manter uma posição de que, se a autodeterminação é um princípio universal, ela deveria, em teoria, aplicar-se também aos povos colonizados.
        2. Usar o debate sobre colônias para apontar a hipocrisia das potências Aliadas que mantêm vastos impérios enquanto negam a autodeterminação a europeus como os austríacos.
      • Secundários:
        1. Não ter interesse direto em mandatos, mas observar como o sistema é implementado.

Rodada 5: Criação da Liga das Nações (Esperança ou Ilusão?)

  • Seus Argumentos e Contexto Histórico DETALHADOS (Áustria - Rodada 5):
    • "Para uma nação pequena, recém-formada e economicamente devastada como a Áustria, a Liga das Nações representa uma centelha de esperança. Esperamos que ela seja um fórum onde a voz de nações menores seja ouvida e onde a justiça possa prevalecer sobre a força bruta das Grandes Potências. A Liga deve garantir a independência e a integridade territorial de todos os seus membros, incluindo a Áustria. Precisamos desesperadamente ser admitidos o mais rápido possível para que possamos apelar à Liga por mediação em nossas disputas de fronteira, por ajuda econômica e pela proteção dos direitos das minorias austríacas que ficaram em outros países. Se a Liga for apenas um instrumento dos vencedores, então não haverá esperança para nós."
    • Ponto Histórico Relevante: A Áustria, como outros pequenos estados, via a Liga com uma mistura de esperança (proteção, voz) e ceticismo (domínio das Grandes Potências). Foi admitida em 1920.
  • Mini-Dicionário da Rodada (Áustria - Rodada 5):
    • Liga das Nações (Sociedade das Nações): Organização internacional proposta para:
      1. Prevenir guerras: Através de diplomacia, arbitragem, mediação.
      2. Promover Segurança Coletiva: Ataque a um = ataque a todos (Artigo X).
      3. Supervisionar Desarmamento.
      4. Resolver Disputas.
      5. Promover Cooperação (saúde, trabalho, etc.).
    • Pacto da Liga: Documento fundamental da Liga.
    • Integridade Territorial: O princípio de que as fronteiras de um país devem ser respeitadas e não violadas.
    • Minorias (Nacionais/Étnicas): Grupos de pessoas que vivem em um país mas têm uma identidade cultural ou étnica diferente da maioria da população.
    • Mediação: Intervenção em uma disputa para ajudar as partes a chegarem a um acordo.
  • Questões-Chave para Debate (Comuns a Todos os Países):
    1. Qual deve ser a estrutura de poder e o processo decisório da Liga das Nações? (Assembleia soberana ou Conselho dominante? Voto igual ou ponderado? Unanimidade ou maioria?)
    2. A Liga das Nações deve possuir sua própria força militar para impor a paz e suas resoluções? (Órgão diplomático apenas? Força militar permanente? Forças nacionais à disposição?)
    3. Quem poderá (ou deverá) fazer parte da Liga das Nações e em que condições? (Adesão universal? Restrita a vencedores/neutros? Condições para derrotados?)
  • Seus Objetivos DETALHADOS (Áustria - Rodada 5):
    • Sobre Estrutura de Poder e Votação (Questão 5.1):
      • Primários:
        1. Defender uma Liga onde a Assembleia Geral, com voto igual para todas as nações (incluindo pequenas como a Áustria), tenha poderes significativos e não seja apenas um órgão consultivo do Conselho das Grandes Potências (Opção A da votação).
        2. Argumentar contra o poder de veto excessivo das Grandes Potências no Conselho, que poderia paralisar a Liga ou usá-la para seus próprios fins.
      • Secundários:
        1. Buscar mecanismos dentro da Liga para que pequenas nações possam apresentar queixas e buscar reparação contra injustiças.
        2. Apoiar a tomada de decisões por maioria (qualificada) em vez de unanimidade total, para tornar a Liga mais eficaz.
    • Sobre Forças Militares da Liga (Questão 5.2):
      • Primários:
        1. Ver com cautela uma força militar permanente da Liga dominada pelas Grandes Potências, temendo que possa ser usada para impor decisões injustas.
        2. Preferir que a Liga foque em diplomacia, arbitragem e sanções econômicas, e que qualquer ação militar seja estritamente consensual e defensiva (Opção A ou C da votação, com ressalvas sobre C).
      • Secundários:
        1. Se houver uma força, garantir que não possa ser usada para intervir nos assuntos internos da Áustria ou forçar o cumprimento de cláusulas do tratado consideradas injustas.
    • Sobre Critérios de Adesão (Questão 5.3):
      • Primários:
        1. LUTAR pela ADMISSÃO IMEDIATA ou o mais rápido possível da Áustria na Liga das Nações como membro pleno e igualitário, sem um "período probatório" humilhante.
        2. Argumentar que a participação da Áustria na Liga é essencial para sua segurança, estabilidade econômica e para a resolução pacífica de disputas com seus vizinhos (Opção B da votação, aplicada à Áustria).
      • Secundários:
        1. Apoiar a adesão de outras pequenas nações e nações neutras para fortalecer o bloco dos "não-grandes".
        2. Ver a Liga como um fórum onde a Áustria pode, no futuro, levantar a questão do Anschluss ou dos direitos das minorias alemãs, se as condições mudarem.



Turquia

Seu Papel Geral na Conferência: Você representa o Império Otomano, um vasto império multiétnico que está em seus momentos finais, derrotado e sob ocupação Aliada. No entanto, há uma divisão interna crucial:

  • O Governo do Sultão Mehmed VI em Istambul (Constantinopla), que está sob controle Aliado e disposto a aceitar termos duros para tentar salvar o trono e alguma forma de Estado.
  • O Movimento Nacionalista Turco, liderado na Anatólia (parte asiática da Turquia) pelo General Mustafa Kemal (futuro Atatürk), que rejeita a autoridade do Sultão sob ocupação e se opõe veementemente à partilha da pátria turca.
    Você deve tentar representar essa dualidade, com o Porta-voz talvez refletindo a posição do Sultão (mais conciliadora) e os estrategistas trazendo a perspectiva de Kemal (mais resistente).
  • Mehmet VI (Porta-voz) – Sultão fraco, pressionado por nacionalistas.
  • Mustafa Kemal (Ataturk) (Estrategista Militar) – "Lutaremos até o fim!".
  • İsmail Enver (Estrategista Econômico) – Ex-membro dos Jovens Turcos.
  • Ahmet Tevfik Pasha (Política Externa) – Negocia com Aliados.

Seu Sucesso em pontos:

  • (Avaliar em duas frentes: Gov. Sultão vs. Visão Kemal)
  • Gov. Sultão - "Sucesso" (Manutenção do Trono/Istambul) (Ex: 40-60 pts): "Dinastia Salva, Império Perdido."
    • Interpretação: O Sultão permanece em Istambul, o Califado talvez intacto, mas vastos territórios foram perdidos e a soberania é limitada pela ocupação/controle Aliado. (Reflete o melhor que o Sultão poderia esperar de Sèvres).
  • Gov. Sultão - Fracasso (Deposição/Exílio/Partição Total) (Ex: 0-39 pts): "Fim do Império e da Dinastia."
    • Interpretação: O Sultão é deposto ou Istambul é totalmente controlada pelos Aliados, sem autonomia otomana. Sèvres é imposto na sua forma mais dura.
  • Visão Kemal - "Sucesso" (Sementes de Lausanne) (Ex: 70-90 pts - se as decisões da simulação enfraquecerem Sèvres e fortalecerem a posição nacionalista): "Resistência Justificada, Pátria Turca Intacta!"
    • Interpretação: As decisões da conferência (talvez por divisões Aliadas ou reconhecimento da força de Kemal) levaram a termos menos duros para a Anatólia, rejeição de zonas de influência, ou questionamento da ocupação grega. A luta de Kemal é validada.
  • Visão Kemal - Fracasso (Sèvres Imposto e Resistência Esmagada) (Ex: 0-39 pts): "Anatólia Dividida, Esperança Perdida."
    • Interpretação: Sèvres é imposto com força total, a resistência nacionalista parece fadada ao fracasso, e a partilha da pátria turca é consolidada.

Rodada 1: Reparações e Restrições Militares Iniciais

  • Seus Argumentos e Contexto Histórico DETALHADOS (Turquia - Rodada 1):
    • Sobre Reparações:
      • (Posição do Governo do Sultão): "O Império Otomano está economicamente arruinado após anos de guerra e má administração interna. Não temos capacidade de pagar reparações financeiras significativas. Nossa maior preocupação é a sobrevivência básica do Estado e do povo. No entanto, estamos dispostos a discutir formas de compensação que não levem ao colapso total, talvez através da renegociação de dívidas antigas ou concessões econômicas limitadas, desde que nossa soberania essencial seja respeitada. Pedimos a abolição das Capitulações, que por séculos sufocaram nossa economia."
      • (Perspectiva de Kemal - interna/resistência): "Reparações? Por um tratado que visa nos destruir e que é negociado por um governo fantoche em Istambul? Jamais! A nação turca não pagará um centavo pela sua própria partilha! Nossa luta será pela independência total, livre de dívidas impostas e da exploração estrangeira simbolizada pelas Capitulações."
      • Ponto Histórico Relevante: O Império Otomano estava falido. O Tratado de Sèvres impôs controle financeiro Aliado, mas a Turquia de Kemal, no Tratado de Lausanne (1923), conseguiu evitar reparações de guerra significativas e aboliu as Capitulações.
    • Sobre Restrições Militares:
      • (Posição do Governo do Sultão): "Aceitamos que as forças armadas otomanas precisam ser reorganizadas e limitadas sob supervisão Aliada. Estamos dispostos a cooperar para garantir a segurança regional e o controle dos Estreitos, talvez sob um regime internacional, desde que Istambul permaneça a capital e o Sultão-Califa seja respeitado."
      • (Perspectiva de Kemal - interna/resistência): "Desarmar o povo turco enquanto invasores gregos, apoiados pelos Aliados, massacram nossos compatriotas em Esmirna? Nunca! Precisamos de todas as armas e homens para defender a Anatólia, o coração da nossa pátria. Qualquer exército limitado imposto pelos Aliados será apenas para policiar a ocupação. O verdadeiro exército turco está se formando em Ancara para lutar pela libertação!"
      • Ponto Histórico Relevante: Sèvres impôs severas restrições militares. Kemal construiu um novo exército nacionalista que lutou e venceu a Guerra de Independência Turca (1919-1922).
  • Mini-Dicionário da Rodada (Turquia - Rodada 1):
    • Reparações: Compensações financeiras/bens exigidas.
    • Capitulações: Acordos históricos que concediam privilégios legais e fiscais a cidadãos de potências europeias dentro do Império Otomano, limitando a soberania otomana.
    • Governo do Sultão: O governo imperial otomano baseado em Istambul (Constantinopla), liderado pelo Sultão Mehmed VI, que estava sob forte influência e ocupação Aliada.
    • Mustafa Kemal (Atatürk): General otomano que se tornou o líder do movimento nacionalista turco na Anatólia, rejeitando o governo do Sultão e o Tratado de Sèvres, e fundando a República da Turquia.
    • Anatólia: A grande península que forma a maior parte da Turquia moderna (também conhecida como Ásia Menor).
    • Esmirna (Izmir): Importante cidade portuária na costa do Mar Egeu da Anatólia, com significativa população grega, ocupada pela Grécia em 1919 com apoio Aliado.
    • Estreitos (Turcos): Os estreitos de Bósforo e Dardanelos, que conectam o Mar Negro ao Mediterrâneo e controlam o acesso a Istambul. De imensa importância estratégica.
    • Califado: Instituição e título do líder religioso e político (temporal) do mundo muçulmano sunita, historicamente detido pelos Sultões Otomanos.
  • Questões-Chave para Debate (Comuns a Todos os Países):
    1. Qual deve ser a base para calcular as reparações devidas pela Alemanha (e, potencialmente, Áustria e Turquia)? (Danos diretos? Custos totais/pensões? Culpa de guerra?)
    2. Cláusula de Culpa de Guerra (Artigo 231): A Alemanha (e seus aliados) devem ser formalmente declarados os únicos responsáveis por causar todas as perdas e danos da guerra? (Implicações morais/legais? Condição para reparações?)
    3. Como as reparações devem ser pagas e qual a capacidade real de pagamento da Alemanha (e dos outros derrotados)? (Riscos de carga insustentável? Dinheiro/bens? Garantias?)
    4. Quais restrições militares iniciais devem ser impostas à Alemanha, Áustria e Turquia? (Tamanho dos exércitos? Armamentos proibidos? Desmilitarização de zonas?)
  • Seus Objetivos DETALHADOS (Turquia - Rodada 1):
    • Sobre Reparações (Questões 1.1, 1.2, 1.3):
      • Primários:
        1. (Gov. Sultão): Tentar evitar ou minimizar drasticamente quaisquer reparações financeiras impostas ao Império Otomano, argumentando o estado de colapso econômico e a desintegração do império.
        2. (Visão Kemal): Rejeitar liminarmente qualquer obrigação de pagar reparações que venha a ser imposta por um tratado que desmembre a pátria turca (como o futuro Tratado de Sèvres).
        3. (Ambos, com diferentes ênfases): Lutar vigorosamente pela abolição imediata e completa das Capitulações, vistas como o principal instrumento de exploração econômica estrangeira e uma violação da soberania.
      • Secundários:
        1. Proteger os ativos e recursos remanescentes do Estado Otomano/Turco de serem confiscados como forma de reparação.
        2. Argumentar que a perda de vastos territórios imperiais já constitui uma punição econômica severa.
        3. Evitar a imposição de uma "Cláusula de Culpa" que justifique exigências financeiras.
    • Sobre Restrições Militares (Questão 1.4):
      • Primários:
        1. (Gov. Sultão): Aceitar as restrições militares impostas pelos Aliados como inevitáveis, mas tentar negociar a manutenção de uma pequena força para segurança interna e proteção do Sultão e de Istambul.
        2. (Visão Kemal): Rejeitar qualquer limitação imposta externamente ao direito da nação turca de ter um exército capaz de defender a integridade territorial da Anatólia contra invasores (especialmente a Grécia) e de manter a ordem interna.
        3. (Ambos, com diferentes ênfases): Contestar ou tentar negociar os termos do controle Aliado sobre os Estreitos Turcos, buscando manter alguma forma de soberania ou, no mínimo, um regime internacional que não seja totalmente hostil.
      • Secundários:
        1. (Gov. Sultão): Tentar preservar o prestígio das forças armadas ligadas ao Califado.
        2. (Visão Kemal): Garantir que as forças nacionalistas em formação na Anatólia tenham acesso a armas e não sejam desmobilizadas.
        3. Evitar a desmilitarização de áreas chave da Anatólia que sejam vitais para a defesa nacional.


Rodada 2: O Destino dos Impérios (Austro-Húngaro, Otomano e Alemão)

  • Seus Argumentos e Contexto Histórico DETALHADOS (Turquia - Rodada 2):
    • Sobre o Império Austro-Húngaro (Futuro da Áustria):
      • (Posição Geral): "Observamos com atenção o destino da Áustria, outra nação que enfrenta o desmembramento de um antigo império. Se o princípio de autodeterminação for aplicado a eles, deve também ser aplicado a nós. A proibição do Anschluss, se ocorrer, será mais uma prova da seletividade dos Aliados."
      • Ponto Histórico Relevante: A Turquia podia usar o caso austríaco para argumentar por analogia sobre seu próprio direito à integridade territorial na Anatólia.
    • Sobre o Império Otomano (Futuro Político da Turquia):
      • (Posição do Governo do Sultão): "O Sultanato e o Califado são instituições veneráveis que representam a continuidade e a liderança espiritual. Buscamos preservar essas instituições em Istambul, mesmo sob um novo acordo com as Potências Aliadas. Estamos dispostos a reformas, mas a derrubada completa da ordem estabelecida levaria ao caos. Representamos a legitimidade e a tradição."
      • (Perspectiva de Kemal - interna/resistência): "O governo do Sultão em Istambul está cativo dos Aliados e não representa mais a vontade da nação turca! A soberania reside no povo, e uma nova forma de governo, republicana e nacional, está emergindo em Ancara para defender a pátria. O Sultanato e o Califado, como estão, são obstáculos à nossa independência e modernização. A única autoridade legítima é a Grande Assembleia Nacional da Turquia!"
      • Ponto Histórico Relevante: Esta era a principal divisão. Sèvres foi assinado pelo governo do Sultão. Kemal liderou a resistência que levou à abolição do Sultanato (1922) e do Califado (1924) e à fundação da República.
    • Sobre o Império Alemão (Regime Político Alemão):
      • (Posição Geral): "A forma de governo da Alemanha é uma questão interna alemã. No entanto, como ex-aliados, esperamos que qualquer novo regime alemão seja tratado com um mínimo de justiça e não seja submetido a condições que impossibilitem sua estabilidade. A instabilidade na Alemanha pode ter repercussões negativas para toda a Europa."
      • Ponto Histórico Relevante: Embora formalmente aliados, a Turquia pós-guerra estava mais preocupada com sua própria sobrevivência do que com a política interna alemã.
  • Mini-Dicionário da Rodada (Turquia - Rodada 2):
    • Sultanato: Monarquia liderada por um Sultão (Império Otomano).
    • Califado: Liderança religiosa do Sultão sobre muçulmanos sunitas.
    • Mustafa Kemal (Atatürk): Líder nacionalista turco.
    • Anatólia: Parte asiática da Turquia moderna.
    • Grande Assembleia Nacional da Turquia: Parlamento revolucionário estabelecido por Kemal em Ancara em 1920.
    • República de Weimar: Governo democrático alemão pós-1918.
    • Anschluss: União Áustria-Alemanha.
  • Questões-Chave para Debate (Comuns a Todos os Países):
    1. Império Austro-Húngaro: Com a dissolução do império, qual deve ser o destino político da Áustria "remanescente"? (Nome, forma de governo? Anschluss permitido/proibido? Impacto nos vizinhos?)
    2. Império Otomano: Qual será o futuro político da Turquia e o status de seu líder tradicional? (Sultanato/Califado vs. República? Quem representa a Turquia: Sultão ou Kemal? Influência na aceitação dos termos?)
    3. Império Alemão: Com a abdicação do Kaiser, qual forma de governo a Alemanha deve consolidar para ser aceita na nova ordem europeia? (República de Weimar é legítima? Aliados devem impor condições constitucionais? Risco de extremismo?)
  • Seus Objetivos DETALHADOS (Turquia - Rodada 2):
    • Sobre o Império Austro-Húngaro (Questão 2.1 - Futuro da Áustria):
      • Primários:
        1. Observar o tratamento dado à Áustria como um precedente para o tratamento da Turquia, especialmente em relação à autodeterminação e à integridade territorial.
        2. (Taticamente) Apoiar o direito da Áustria à autodeterminação (incluindo o Anschluss, se a Áustria o defender) para fortalecer o argumento geral pelo princípio.
      • Secundários:
        1. Não ter interesse direto na forma de governo austríaca, mas opor-se a soluções que criem instabilidade regional que possa afetar os Bálcãs ou o Mar Negro.
    • Sobre o Império Otomano (Questão 2.2 - Futuro Político da Turquia):
      • Primários:
        1. (Gov. Sultão): Lutar pela manutenção do Sultanato e do Califado como instituições centrais, mesmo com poderes reduzidos e sob tutela Aliada, argumentando que são essenciais para a estabilidade e a identidade religiosa.
        2. (Visão Kemal): Defender que a soberania reside na nação turca representada pela Grande Assembleia Nacional em Ancara, e que uma forma de governo republicana e secular é necessária para a modernização e independência da Turquia. Rejeitar a legitimidade do governo do Sultão sob ocupação.
        3. (Ambos, em disputa): Disputar quem tem a legitimidade para representar os interesses turcos e assinar qualquer tratado de paz.
      • Secundários:
        1. (Gov. Sultão): Tentar garantir a segurança pessoal do Sultão e a manutenção de Istambul como capital.
        2. (Visão Kemal): Consolidar o poder político e militar na Anatólia, independente das decisões tomadas em Paris sobre o Sultão.
    • Sobre o Império Alemão (Questão 2.3 - Regime Político Alemão):
      • Primários:
        1. Observar como os Aliados tratam a nova República de Weimar, especialmente em termos de reconhecimento e interferência interna, como um indicador de suas intenções gerais para com os países derrotados.
        2. Defender (de forma geral) o direito da Alemanha de escolher sua própria forma de governo sem imposição externa.
      • Secundários:
        1. Não ter grande interesse direto na política interna alemã, mas opor-se a um precedente de desmembramento forçado ou imposição de regime que possa ser aplicado à Turquia.
        2. Manter uma postura de ex-aliado, mas focado primariamente na própria sobrevivência turca.

Rodada 3: Questões de Fronteiras e Territórios (Redesenhando o Mapa)

  • Seus Argumentos e Contexto Histórico DETALHADOS (Turquia - Rodada 3):
    • Sobre as Fronteiras do Império Alemão e Desmembramento do Império Austro-Húngaro:
      • (Posição Geral/Kemal): "Observamos com atenção como os Aliados redesenham o mapa da Europa. Se princípios como autodeterminação e justiça não forem aplicados consistentemente lá, que esperança temos nós? O destino imposto à Alemanha e Áustria servirá de aviso para a nação turca sobre as verdadeiras intenções dos vencedores."
      • (Gov. Sultão): Pode tentar usar os debates sobre Alemanha/Áustria para pedir um tratamento menos severo para a Turquia, apelando à "magnanimidade" dos Aliados.
    • Sobre a Partilha do Império Otomano e o Oriente Médio:
      • (Visão Kemal - Central e Dominante nesta rodada): "A Anatólia é o coração inegociável da nação turca! A ocupação grega de Esmirna, com o beneplácito Aliado, é uma agressão intolerável e um massacre contra nosso povo. Rejeitamos qualquer zona de influência italiana ou francesa em solo anatólico. A ideia de criar uma Armênia ou um Curdistão em nossas terras ancestrais é uma fantasia perigosa que levará a mais derramamento de sangue. Os Estreitos (Bósforo e Dardanelos) e Istambul devem permanecer sob plena soberania turca. Quanto aos territórios árabes, embora sua perda seja lamentável, nossa prioridade absoluta é a defesa da pátria turca. Os Mandatos são apenas uma nova forma de colonialismo."
      • (Posição do Governo do Sultão - Enfraquecida): "Buscamos preservar o que for possível da integridade do Império sob a liderança do Sultão-Califa. Istambul deve permanecer nossa capital. Estamos dispostos a discutir um regime especial para os Estreitos e a autonomia para os territórios árabes sob a Liga, mas a partilha da Anatólia é inaceitável."
      • Ponto Histórico Relevante: O Tratado de Sèvres (1920) previa a ocupação grega de Esmirna, zonas de influência, internacionalização dos Estreitos e a criação de Armênia/Curdistão. Kemal e os nacionalistas lutaram contra isso, levando ao Tratado de Lausanne (1923) que estabeleceu as fronteiras da Turquia moderna.
  • Mini-Dicionário da Rodada (Turquia - Rodada 3):
    • Anatólia: A maior parte da Turquia moderna (Ásia Menor).
    • Esmirna (Izmir): Cidade portuária na Anatólia com significativa população grega, ocupada pela Grécia.
    • Trácia Oriental: Parte europeia da Turquia, incluindo Istambul.
    • Mandatos: Administração de territórios árabes (Síria, Líbano, Iraque, Palestina) por França e UK.
    • Armênia/Curdistão: Regiões onde se propunha criar estados independentes, em parte sobre território otomano.
    • Estreitos Turcos (Bósforo e Dardanelos): Passagens marítimas estratégicas.
    • Mustafa Kemal (Atatürk): Líder do movimento nacionalista turco.
    • Governo do Sultão: Governo imperial em Istambul.
    • Soberania: Poder supremo de um Estado.
    • Lausanne (Tratado de, 1923): Tratado que substituiu Sèvres e definiu as fronteiras da Turquia moderna.
  • Questões-Chave para Debate (Comuns a Todos os Países):
    1. Fronteiras do Império Alemão: Quais territórios a Alemanha deve ceder na Europa e qual o status de zonas estratégicas como a Renânia e o Sarre? (Alsácia-Lorena? Sarre? Renânia ocupada/desmilitarizada/independente? Corredor Polonês/Dantzig/Alta Silésia/Memel? Plebiscitos?)
    2. Desmembramento do Império Austro-Húngaro e Fronteiras da Europa Central/Bálcãs: Como as novas fronteiras dos estados sucessores (Áustria, Hungria, Tchecoslováquia, Polônia, Iugoslávia) e dos vizinhos vitoriosos (Itália, Romênia) devem ser traçadas? (Pacto de Londres vs. Nacionalidade? Fiume? Minorias?)
    3. Partilha do Império Otomano e o Oriente Médio: Qual será o destino final da Anatólia e dos vastos territórios árabes do Império Otomano? (Grécia em Esmirna? Zonas de influência na Anatólia? Mandatos árabes? Armênia/Curdistão?)
  • Seus Objetivos DETALHADOS (Turquia - Rodada 3):
    • Sobre as Fronteiras do Império Alemão e Desmembramento do Império Austro-Húngaro (Questões 3.1, 3.2):
      • Primários:
        1. Manter uma postura de observador crítico, usando qualquer injustiça ou aplicação seletiva de princípios contra Alemanha/Áustria como argumento para defender a integridade territorial turca.
      • Secundários:
        1. Não ter interesse direto, mas opor-se a um precedente de desmembramento punitivo que possa ser aplicado à Turquia.
    • Sobre a Partilha do Império Otomano e o Oriente Médio (Questão 3.3):
      • Primários:
        1. (Visão Kemal): REJEITAR TOTALMENTE a ocupação grega de Esmirna e qualquer cessão da Trácia Oriental. Exigir a retirada grega e a manutenção da soberania turca (Opção B da votação sobre Anatólia/Esmirna).
        2. (Visão Kemal): OPOR-SE VIGOROSAMENTE à criação de zonas de influência italianas ou francesas na Anatólia e à criação de Estados Armênio ou Curdo em território historicamente turco ou de maioria turca.
        3. (Gov. Sultão): Tentar negociar a manutenção de Istambul como capital e minimizar as perdas na Anatólia, aceitando a internacionalização dos Estreitos e a perda dos territórios árabes como inevitável (Opção A ou C da votação sobre Istambul/Estreitos; Opção A da votação sobre territórios árabes).
      • Secundários:
        1. (Ambos): Contestar a legalidade e a justiça dos Mandatos sobre os territórios árabes, defendendo maior autonomia para eles (Opção B ou C da votação sobre territórios árabes).
        2. (Visão Kemal): Buscar o reconhecimento da Grande Assembleia Nacional em Ancara como a única autoridade legítima para negociar o futuro da Turquia.
        3. (Gov. Sultão): Tentar preservar o Califado e a integridade da administração em Istambul.

Rodada 4: Autodeterminação dos Povos (Ideal vs. Realidade)

  • Seus Argumentos e Contexto Histórico DETALHADOS (Turquia - Rodada 4):
    • Sobre Plebiscitos (Questão 4.1):
      • (Visão Kemal): "Plebiscitos? Em Esmirna, sob ocupação grega e com a população turca aterrorizada? Em Trácia Oriental? Seriam uma farsa! A vontade do povo turco pela integridade de sua pátria já está clara pela nossa resistência. Se houver plebiscitos, devem ser em condições de total liberdade e imparcialidade, e não para legitimar anexações."
      • (Gov. Sultão): "Poderíamos considerar plebiscitos em algumas áreas periféricas do antigo império, como os territórios árabes, se isso levar a uma solução pacífica. Mas na Anatólia, a soberania do Sultão é a base."
    • Sobre Aplicação Universal aos Derrotados (Questão 4.2):
      • (Visão Kemal): "Se a autodeterminação vale para poloneses e tchecos, por que não para os turcos da Anatólia e Trácia? Somos um povo com uma pátria definida. Exigimos o mesmo direito de determinar nosso futuro em nossas terras, livres de ocupação estrangeira e da ameaça de partilha. A 'culpa de guerra' do Império Otomano não pode ser usada para justificar a destruição da nação turca."
      • (Gov. Sultão): "Buscamos um tratamento justo sob os princípios de Wilson. A nação turca merece seu lugar no mundo, mesmo após a derrota."
    • Sobre Conflitos com Acordos/Estratégia (Questão 4.3):
      • (Visão Kemal): "Acordos secretos como Sykes-Picot, que dividiram nossas terras árabes, e as ambições estratégicas da Grécia, Itália e França na Anatólia, são a negação da autodeterminação. A vontade do povo turco de defender sua pátria é mais forte que qualquer pacto secreto ou cálculo imperialista. Nossa estratégia é a independência total."
      • (Gov. Sultão): "Devemos reconhecer a realidade do poder Aliado, mas esperamos que os princípios de justiça do Presidente Wilson moderem os interesses estratégicos mais extremos."
    • Sobre Colônias (Questão 4.4):
      • (Visão Kemal): "O sistema de Mandatos sobre os territórios árabes é apenas o imperialismo britânico e francês com um novo nome. Esses povos também têm direito à autodeterminação, assim como nós. Os Aliados que falam de 'tutela' sobre ex-colônias alemãs deveriam olhar para seus próprios vastos impérios e aplicar o princípio lá também, se forem sinceros."
      • (Gov. Sultão): "Os territórios árabes sempre tiveram uma relação especial com o Califado. Se devem ser administrados por outros, que seja com respeito à sua cultura e visando seu bem-estar, sob a supervisão da Liga."
  • Mini-Dicionário da Rodada (Turquia - Rodada 4):
    • Autodeterminação: Direito dos povos de escolherem seu destino.
    • Plebiscito: Votação popular.
    • Esmirna (Izmir) / Trácia Oriental: Regiões com população turca e grega, reivindicadas/ocupadas pela Grécia.
    • Anatólia: Coração da pátria turca.
    • Sykes-Picot (Acordo): Acordo secreto UK-França para dividir o Oriente Médio.
    • Mandato: Administração de território ex-inimigo por vencedor.
    • Imperialismo: Política de expansão e domínio.
    • Califado: Liderança religiosa do Sultão Otomano.
  • Questões-Chave para Debate (Comuns a Todos os Países):
    1. Plebiscitos são justos e eficazes para determinar a soberania em territórios etnicamente mistos ou disputados? (Imparcialidade? Vinculação dos resultados? Sobreposição por história/estratégia?)
    2. O princípio da autodeterminação deve ser aplicado universalmente, inclusive aos povos das nações derrotadas e às suas minorias étnicas? (Anschluss? Sudetos/Tirol? Culpa de guerra anula autodeterminação?)
    3. Como resolver conflitos entre o princípio da autodeterminação e promessas de guerra secretas (Pacto de Londres) ou interesses estratégicos/econômicos das Grandes Potências? (Qual princípio prevalece? Fiume? Corredor Polonês?)
    4. Qual deve ser o status dos povos sob domínio colonial das nações derrotadas (ex-colônias alemãs) e, por extensão, das próprias potências vencedoras? (Mandatos são tutela ou neocolonialismo? Direito igual à autodeterminação?)
  • Seus Objetivos DETALHADOS (Turquia - Rodada 4):
    • Sobre Plebiscitos (Questão 4.1):
      • Primários:
        1. (Visão Kemal): REJEITAR a validade de quaisquer plebiscitos em Esmirna ou Trácia Oriental enquanto estiverem sob ocupação militar grega ou Aliada, argumentando que seriam manipulados.
        2. (Gov. Sultão): Aceitar plebiscitos apenas se supervisionados de forma neutra e se o resultado não levar ao desmembramento completo da Anatólia.
        3. (Ambos): Argumentar que a "vontade popular" turca pela integridade da Anatólia é evidente e não precisa de plebiscito.
      • Secundários:
        1. Questionar a aplicação de plebiscitos pelos Aliados apenas onde lhes convém.
    • Sobre Aplicação Universal aos Derrotados (Questão 4.2):
      • Primários:
        1. (Visão Kemal): EXIGIR a aplicação integral do princípio de autodeterminação para o POVO TURCO na Anatólia e Trácia Oriental, o que significa soberania turca e rejeição de ocupações ou enclaves estrangeiros (gregos, armênios, curdos impostos de fora). (Opção C da votação, na prática).
        2. Argumentar que a "culpa de guerra" do Império Otomano não pode justificar a destruição da nação turca.
      • Secundários:
        1. (Gov. Sultão): Apelar pela aplicação da autodeterminação de forma a preservar um núcleo territorial turco viável em torno de Istambul e da Anatólia.
    • Sobre Conflitos com Acordos/Estratégia (Questão 4.3):
      • Primários:
        1. **(Visão Kemal): Denunciar que os "interesses estratégicos" Aliados (controle dos Estreitos, acesso a recursos, apoio à Grécia/Armênia) estão sendo usados para justificar a violação da autodeterminação turca e a partilha da pátria.
        2. Argumentar que a vontade da nação turca de ser independente e soberana em suas terras DEVE TER PRECEDÊNCIA sobre quaisquer acordos secretos (Sykes-Picot) ou planos estratégicos Aliados (Opção C da votação).
      • Secundários:
        1. (Gov. Sultão): Tentar negociar para que os interesses estratégicos Aliados sejam acomodados de forma menos prejudicial à soberania otomana remanescente.
    • Sobre Colônias (Questão 4.4):
      • Primários:
        1. (Ambos, com diferentes ênfases): Denunciar o sistema de Mandatos sobre os territórios árabes como uma forma de neocolonialismo e uma traição às promessas de independência feitas aos árabes.
        2. Argumentar que, se a autodeterminação é válida, os povos árabes têm o direito de escolher seu próprio futuro sem a imposição de potências mandatárias (Opção C da votação).
      • Secundários:
        1. Usar a questão dos Mandatos árabes para expor a hipocrisia das potências coloniais (UK, França).
        2. (Visão Kemal): Focar na Anatólia, mas ver a luta árabe como paralela à luta turca contra o imperialismo.

Rodada 5: Criação da Liga das Nações (Esperança ou Ilusão?)

  • Seus Argumentos e Contexto Histórico DETALHADOS (Turquia - Rodada 5):
    • (Posição do Governo do Sultão): "O Império Otomano, ou o que restar dele, buscaria, em princípio, fazer parte de uma comunidade de nações que promovesse a paz. Se a Liga das Nações puder garantir nossa soberania remanescente, ajudar na nossa reconstrução econômica e nos tratar com um mínimo de justiça e respeito, então sua criação seria bem-vinda. Esperamos que a Liga possa supervisionar a justa administração dos territórios que não mais governamos e talvez até mesmo ajudar a abolir as onerosas Capitulações."
    • (Perspectiva de Kemal - interna/resistência): "A Liga das Nações? Criada pelas mesmas potências imperialistas que estão tentando esquartejar nossa pátria e impor um tratado vergonhoso (Sèvres)? É uma farsa! Será apenas mais uma ferramenta para legitimar o roubo de nossas terras e a subjugação de nosso povo. A verdadeira garantia de paz e independência para a Turquia virá de nossa própria força e determinação, não de um clube de hipócritas em Genebra. Enquanto estivermos sob ameaça de partilha, não podemos confiar em tal organização."
    • Ponto Histórico Relevante: O governo do Sultão poderia ver a Liga como uma forma de buscar alguma legitimidade. Kemal e os nacionalistas eram profundamente céticos e viam a Liga como um instrumento dos Aliados. A Turquia (republicana) só entrou na Liga em 1932.
  • Mini-Dicionário da Rodada (Turquia - Rodada 5):
    • Liga das Nações (Sociedade das Nações): Organização internacional proposta para:
      1. Prevenir guerras: Através de diplomacia, arbitragem, mediação.
      2. Promover Segurança Coletiva: Ataque a um = ataque a todos (Artigo X).
      3. Supervisionar Desarmamento.
      4. Resolver Disputas.
      5. Promover Cooperação (saúde, trabalho, etc.).
    • Pacto da Liga: Documento fundamental da Liga.
    • Soberania: Poder supremo de um Estado.
    • Capitulações: Privilégios legais/fiscais estrangeiros no Império Otomano.
    • Imperialismo: Política de expansão e domínio de um país sobre outros.
    • Tratado de Sèvres: Tratado de paz inicial imposto ao Império Otomano, muito duro, que previa seu desmembramento.
  • Questões-Chave para Debate (Comuns a Todos os Países):
    1. Qual deve ser a estrutura de poder e o processo decisório da Liga das Nações? (Assembleia soberana ou Conselho dominante? Voto igual ou ponderado? Unanimidade ou maioria?)
    2. A Liga das Nações deve possuir sua própria força militar para impor a paz e suas resoluções? (Órgão diplomático apenas? Força militar permanente? Forças nacionais à disposição?)
    3. Quem poderá (ou deverá) fazer parte da Liga das Nações e em que condições? (Adesão universal? Restrita a vencedores/neutros? Condições para derrotados?)
  • Seus Objetivos DETALHADOS (Turquia - Rodada 5):
    • Sobre Estrutura de Poder e Votação (Questão 5.1):
      • Primários:
        1. (Gov. Sultão): Se a Turquia for admitida, buscar uma estrutura que dê alguma voz a nações não-europeias ou menores, para evitar ser completamente dominada pelas Grandes Potências.
        2. (Visão Kemal): Criticar qualquer estrutura que pareça consolidar o poder das potências imperialistas (UK, França) que buscam desmembrar a Turquia. Argumentar que uma Liga dominada por elas não pode ser justa.
      • Secundários:
        1. (Ambos): Observar se a estrutura da Liga oferece algum mecanismo para a revisão de tratados ou a proteção de minorias (turcas em territórios perdidos).
    • Sobre Forças Militares da Liga (Questão 5.2):
      • Primários:
        1. (Gov. Sultão): Ver com apreensão uma força militar da Liga que possa ser usada para impor os termos de Sèvres. Preferir uma Liga focada em diplomacia.
        2. (Visão Kemal): REJEITAR qualquer força militar da Liga que possa intervir na Anatólia ou apoiar a ocupação grega. A única força legítima em solo turco é o exército nacional turco.
      • Secundários:
        1. (Ambos): Questionar quem controlaria tal força e contra quem ela seria usada.
    • Sobre Critérios de Adesão (Questão 5.3):
      • Primários:
        1. (Gov. Sultão): Buscar a admissão da Turquia (Otomana) na Liga o mais rápido possível, mesmo sob condições, como forma de obter alguma legitimidade internacional e proteção contra o desmembramento total.
        2. (Visão Kemal): Argumentar que a Turquia nacionalista e independente (de Ancara) só consideraria aderir a uma Liga justa e que respeitasse a soberania e integridade territorial turca, o que significaria a rejeição de Sèvres. A adesão não pode ser uma imposição.
      • Secundários:
        1. (Ambos): Questionar os critérios de "bom comportamento" ou "governo estável" se eles forem usados para excluir nações que desafiam os interesses das Grandes Potências.
        2. (Visão Kemal): Ver a exclusão da Rússia Soviética e da Alemanha como um sinal do caráter da Liga.

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